segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Shopping centers mudam mix de lojas para elevar o fluxo de consumidores.

Com a desaceleração da economia e fechamento de pontos, centros comerciais começam a substituir operações para garantir a rotatividade e rentabilidade dos empreendimentos.
Neste primeiro semestre de 2015, o  Shopping Taboão  já substituiu 11 lojas , sendo seis de outro segmento
Neste primeiro semestre de 2015, o Shopping Taboão já substituiu 11 lojas , sendo seis de outro segmento
Foto: Divulgação
São Paulo - Com a economia menos pujante, alguns shoppings já começam a mexer no mix de lojas para elevar o fluxo de clientes e as vendas. Mesmo com o índice de vacância ainda sob controle, entre 3,5% e 4% de janeiro a maio, os empreendimentos tentam equilibrar a oferta com marcas que atraiam mais consumidores.
O Sonae Sierra Brasil - que administra dez centros de compras entre próprios e terceirizados e faz parte de um ranking com oito companhias do setor com capital aberto no País - acredita que a taxa de renovação no mix de lojas é reflexo de diversos fatores. Segundo o diretor de operações e leasing da empresa, Waldir Chao, o atual momento do mercado contribui para a saída de lojistas que tenham fraco desempenho e não consigam se manter, o que justamente permite acelerar a substituição de lojas conforme o planejamento dos empreendimentos em cada região.
"Acredito que as tendências de consumo, o comportamento do consumidor e a reformulação de determinada área contribuam para a busca de novas opções de lojas, já que os produtos e serviços nos shoppings sempre têm objetivo de oferecer as melhores opções aos clientes", ressalta. Na companhia, a substituição de mix de lojas no primeiro semestre em relação a 2014 foi de 10%. O Sonae não identificou segmentos com maior taxa de renovação e disse ter fechado o primeiro trimestre de 2015 com taxa de ocupação de 96,1%.
Segundo a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), apesar da crise econômica, ainda estão previstas a abertura de 16 centros de compras no País neste ano.
A perspectiva deve-se a manutenção do atual desempenho de espaços já estabelecidos, como Frei Caneca e Shopping Taboão.
Mesmo afirmando ter mantido a ocupação de lojas, os estabelecimentos já trabalham em cima da rotatividade, que segundo informam, tem obedecido ao planejamento estratégico definido pelo empreendimento. Ou seja, conforme planos traçados desde 2013, há previsão de revitalização de todo o mix.
O Frei Caneca afirma que substituiu operações que não atendiam à demanda do público. Com isso houve a entrada de nove lojas neste ano, frente às 32 entre 2013 e 2014.
Em Área Bruta Locável (ABL), o shopping da capital paulista afirma que o índice de vacância do primeiro semestre segue no mesmo patamar do ano passado, com apenas 2,11% de área livre.
Ocupação
Paralelamente, uma pesquisa do IBGE Inteligência constata que, com relação aos empreendimentos que foram inaugurados entre 2013 e 2014, a ocupação chegava a 57% em janeiro de 2015. Em junho, o número chegava a 60%. O estudo foi feito com 38 centros.
Com apenas um espaço de loja vazio, atualmente, o Shopping Taboão, administrado pelo grupo Aliansce é um empreendimento que tem passado por mudanças. Este ano, o local substituiu 11 operações - seis delas por outros segmentos. O superintendente do espaço, Carlos Alcântara diz, porém, que não existe uma escolha específica de substituição de mix. E concorda com o diretor do Sonae Sierra Brasil, Waldir Chao sobre os perfis das novas lojas: "As renovações dependem do desempenho, do trabalho das marcas e da avaliação dos consumidores".
Interior
Apesar do baixo nível de espaços vazios nos centros apontado pelas grandes empresas e pela Abrasce, no interior paulista e no Rio de Janeiro a desaceleração da economia parece ter afetado vários lojistas. Muitos tiveram de fechar as portas. Um desses exemplos foi em Sorocaba, no interior de São Paulo. Nos últimos três anos, o município recebeu cinco shoppings. Conforme informações do mercado um dos empreendimentos, o Shopping Plaza Itavuvu (inaugurado em 2012), contava com a maioria das lojas fechadas em junho. Na praça de alimentação só o Burger King funcionava. No total, a cidade tem oito espaços de compra para atender a 630 mil moradores. A reportagem tentou, sem sucesso, entrar em contato.

Ana Paula Silva
http://www.dci.com.br/comercio/-shopping-centers-mudam--mix-de-lojas-para-elevar-o-fluxo-de-consumidores--id485945.html

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