quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Como reduzir a inadimplência na sua empresa?
Por Dr. Denis Siqueira

Receber o pagamento pelos produtos e serviços que você fornece é tão importante quanto manter o volume de vendas e faturamento da sua empresa.
Mas, nenhuma empresa consegue eliminar 100% da inadimplência. Isso porque o risco de inadimplência é comum nas vendas a prazo. Se você vende a prazo é normal que você tenha clientes inadimplentes. O que você precisa fazer é entender esse risco de inadimplência e aprender a trabalhar com a gestão do risco de crédito e com a cobrança das dívidas para reduzir e controlar a inadimplência. Faz sentido pra você? Então fica comigo porque neste artigo vamos falar sobre como reduzir a inadimplência na sua empresa.
 

Fazer a análise de crédito

A primeira atitude que você precisa tomar é fazer a análise de crédito dos seus clientes.
Se você vai vender a prazo, seja no boleto, no cheque ou no carnê, você precisa analisar a capacidade de pagamento dos seus clientes. Para fazer isso, você precisa usar um serviço de consultas cadastrais. Pode ser o SPC, pode ser a Serasa, Cheque Express e muitas outras opções que existem no mercado. Além disso, crie critérios para concessão de crédito. Por exemplo, sempre que for iniciar o relacionamento comercial com o cliente, e tiver mesmo que vender a prazo para esse cliente novo, então comece com valores pequenos e depois aumente o crédito conforme esse cliente mostrar um bom comportamento nos pagamentos.
 

Crie um procedimento de cobrança

E o que fazer com os clientes que já estão em atraso?
Para tratar dos clientes que já estão em atraso, você precisa organizar um procedimento de cobrança para poder trabalhar a cobrança desses clientes.
 

O primeiro passo é ter um relatório de títulos não pagos.
Você tem que ter um relatório diário de títulos em atraso.
Você deve ter um relatório por ordem de vencimento, para você tomar as medidas de cobrança conforme a idade da dívida.

Quanto mais velha for a dívida, mais duras devem ser as medidas de cobrança que você vai tomar.
Mas, o que vai fazer toda diferença para combater a inadimplência é você registrar o histórico das cobranças.
Quando você começa a registrar o histórico das cobranças, você começa a entender a importância de ligar para o devedor assim que o título vence, você começa a entender a importância de bloquear o crédito do cliente quando ele está em atraso, você começa a perceber a importância de negativar o devedor que não responde as suas abordagens de cobrança.

O histórico de cobrança é importante porque ele vai mostrar que quando você toma estas medidas, você consegue receber mais rápido.
E o histórico também vai te mostrar que quando você não toma as medidas de cobrança, o cliente não te paga.
Vender a prazo ajuda muito nas metas de vendas, mas, para vender a prazo você precisa ter um processo de análise de crédito e de cobrança de dívidasna sua empresa.

http://www.creditoecobranca.com/artigos/como-reduzir-a-inadimplencia-na-sua-empresa

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

O que é inadimplência e como ela afeta sua vida?

Conheça também o perfil do consumidor inadimplente no Brasil.

O Brasil tem 61 milhões de consumidores inadimplentes, segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor. Esse é um recorde histórico e mostra que o desemprego e a recessão ainda estão afetando o orçamento das famílias.

Mas o que significa inadimplência e como ela afeta o dia a dia das pessoas? A inadimplência é o não pagamento de uma conta ou dívida. Assim, o consumidor inadimplente é aquele que está com uma dívida em aberto.

Ficar inadimplente e ter o nome na Serasa, além de restringir diretamente o acesso ao crédito e desorganizar a vida financeira das famílias, também afeta o score de crédito do consumidor.

“Vale lembrar que cada caso é um caso. A elevação ou decréscimo do score após entrada ou saída da lista de inadimplentes dependerá de uma série de fatores. Entre eles estão o valor da dívida, quantidade de parcelas em atraso e quanto tempo aquele CPF permaneceu na lista de inadimplência”, explica Carolina Aragão, diretora do SerasaConsumidor.

Perfil do consumidor inadimplente
Um estudo da área de análises de informações da Serasa Experian mostra o mais atualizado perfil do inadimplente brasileiro.
  • Os homens são maioria, com 50,9% dos inadimplentes;
  • As pessoas que ganham de 1 a 2 salários mínimos é a mais atingida (39,1%), seguida dos que ganham até 1 salário mínimo (38,8%);
  • A maioria dos inadimplentes possui apenas uma dívida (37,3%). Mas 30,7% dos consumidores negativados possuem quatro dívidas ou mais;
  • 19,4% dos inadimplentes têm idade entre 41 e 50 anos. Em segundo no ranking estão os jovens de 18 a 25 anos (14,9% do total).

Como evitar cair na inadimplência
  • Reúna a família e faça um levantamento de todos os gastos, inclusive com itens pequenos, como o cafezinho na padaria;
  • A família deve sempre decidir em conjunto quais gastos cortar, quanto guardar e onde aplicar o dinheiro poupado;
  • Abandone o consumismo. Tenha no máximo um cartão de crédito e só o leve na bolsa quando tiver planejado uma compra realmente necessária;
  • Pesquise preços antes de comprar qualquer produto e corte os gastos desnecessários.

https://ensina.serasaconsumidor.com.br/seu-nome-limpo/o-que-e-inadimplencia/

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Calote nos bancos públicos cresce R$ 10 bi em um ano.

Essa situação é a oposta a registrada pelos bancos privados, que entre julho do ano passado e julho deste ano, viram a inadimplência cair R$ 6,1 bilhões.

 

Por Estadão Conteúdo


CAIXA: funcionários do banco seguem regime celetista (Celso Toledo/Divulgação)

Brasília – Em um ano, os bancos públicos viram seus índices de inadimplência – atrasos superiores a 90 dias nos pagamentos de financiamentos – saltar de 2,8% para 3,5%.
Isso significa que, nesse período, os calotes nesses bancos – nos quais se incluem o Banco do Brasil, a Caixa e o BNDES – cresceram em R$ 10,4 bilhões.
O movimento é oposto ao registrado pelos bancos privados. Entre julho do ano passado e julho deste ano, essas instituições viram a inadimplência em sua carteira de crédito registrar uma queda de R$ 6,1 bilhões.

Com isso, o índice de calotes nos bancos privados nacionais caiu de 5,1% para 4,6% – historicamente, essas instituições sempre tiveram inadimplência maior. Entre os bancos privados estrangeiros, esse indicador passou de 3,4% para 3,1% no mesmo período.
Para especialistas, a piora na situação dos bancos públicos tem como causa principalmente a exposição a grandes empresas e setores que sucumbiram à crise ou ao envolvimento na Operação Lava Jato.

Um dos casos mais simbólicos é o de um antigo “campeão nacional”: a operadora de telefonia Oi. A empresa de telecomunicações, criada com a fusão da Telemar e da Brasil Telecom com uma forte ajuda do governo Lula, tomou mais de R$ 10 bilhões em crédito de bancos estatais.
Com a recuperação judicial pedida em junho do ano passado, essa dívida deixou de ser paga há um ano e as partes ainda negociam um acordo com a operadora.

Entre executivos do setor bancário, os empréstimos concedidos à Oi são citados como um exemplo de que as instituições públicas podem ter sido demasiadamente otimistas e talvez até minimizado riscos na operação. Essa percepção acontece especialmente porque instituições privadas também emprestaram à operadora.
O balanço dos concorrentes, porém, não revela problema tão expressivo, porque as operações tiveram formatação que protegeu esses credores.

Um exemplo são os empréstimos realizados por bancos por meio da compra de títulos de dívida – as debêntures. Segundo um executivo do setor, bancos privados que optaram por esse caminho emprestaram igualmente à operadora de telefonia.
A diferença é que o prejuízo não aparece no balanço porque esse título continua com valor de mercado – ainda que menor -, e não pode ser classificada como “default” ou calote. Procurada, a Oi não se pronunciou sobre o assunto.
 

Exposição
Também há problemas setoriais, como o da construção civil. Nesse segmento, algumas empreiteiras e fornecedores foram duramente prejudicados por envolvimento em esquemas descobertos pela Operação Lava Jato e deixaram de pagar seus empréstimos. Nesses casos, o reflexo é grande principalmente no BNDES, o principal financiador do setor.
Para piorar, há empresas que simplesmente não conseguiram aguentar a recessão persistente. Operadoras de rodovias e aeroportos estão entre os segmentos que tomaram crédito com a expectativa de movimento muito maior que o visto atualmente.

Com a frustração dessas estimativas, o fluxo de caixa é insuficiente para quitar dívidas feitas no auge do otimismo com o Brasil.
O resultado é conhecido: aeroportos que atrasam o pagamento das licenças, rodovias devolvidas ao governo e empresas que atrasam pagamento a fornecedores, incluindo os bancos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://exame.abril.com.br/economia/calote-nos-bancos-publicos-cresce-r-10-bi-em-um-ano/

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Inadimplentes: Mais de 59 milhões de brasileiros têm contas em atraso.

Por Brasil Econômico | 13/09/2017



Os dados apurados mostram que em agosto deste ano teve recuo de 0,41% no número de devedores, na comparação com igual período do ano passado

Dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) apontam que houve queda de no número de brasileiros inadimplentes. O índice apresentou leve recuo de 0,41% em agosto deste ano, na comparação com igual período do ano passado. Com o resultado, o indicador tem sua sexta queda consecutiva dentro da série histórica.

As entidades informaram que a última vez em que se observou um aumento no número de inadimplentes havia sido em fevereiro deste ano, quando a alta fora de 0,41%. A estimativa é que 59,1 milhões de pessoas tenham alguma restrição no CPF devido contas em atraso.

Segundo o presidente da CNDL , Honório Pinheiro, a queda no índice de inadimplência sinaliza cautela do consumidor em relação ao endividamento. “Se por um lado, as dificuldades do cenário recessivo fazem crescer o número de devedores, a maior restrição do crédito age na direção contrária, limitando a tomada de crédito e o crescimento da inadimplência”, afirma Pinheiro.

Os economistas das duas entidades afirmam que a tendência de queda na inadimplência se manterá, já que a economia começa a dar sinais de recuperação. “Com a retomada do ambiente econômico acontecendo de forma lenta, ainda demorará para termos um aumento expressivo do número de empregos e renda, fatores que impactam de forma positiva tanto no pagamento de pendências, quanto na propensão ao consumo por parte do consumidor e na concessão de crédito por parte das instituições financeiras. Mesmo sem o volume de inadimplentes crescer de forma significativa no curto prazo, o estoque de brasileiros nessa situação continua em patamar elevado”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.

A pesquisa identificou também o índice de inadimplência das cinco regiões brasileiras e foi apurada uma queda generalizada de consumidores endividados.  A queda mais acentuada foi na região sudeste, que apresentou queda de 5,07% em agosto frente o mesmo período do ano passado. Em segundo lugar ficou a região Sul, com recuo de 3,70% na quantidade de devedores. As variações também foram negativas no Centro-Oeste  com queda de 0,76%, Norte  com recuo de 0,65% e Nordeste com retração de 0,27%.

Em contrapartida a queda no índice de inadimplência, foi constatado que a região Sudeste tem mais concentração na quantidade de pessoas com contas em atraso, com 24,45 milhões, número esse que responde a 37% do total de devedores. A segunda região com maior número absoluto de devedores é o Nordeste, que conta com 16,32 milhões de negativados, ou 40% da população. Em seguida, aparece o Sul, com 8,02 milhões de inadimplentes (36% da população adulta).

Já em termos proporcionais, destaca-se o Norte, que, com 5,41 milhões de consumidores inadimplentes, possui 46% de sua população adulta incluída nas listas de negativados, o maior percentual entre as regiões pesquisadas. O Centro-Oeste, por sua vez, aparece com um total de 4,90 milhões de inadimplentes, ou 42% da população.

Fonte: Economia - iG @ http://economia.ig.com.br/2017-09-13/inadimplentes-no-brasil.html