sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Confiança do comércio tem 6ª queda seguida em outubro e renova mínima histórica.

Índice caiu a 80,6 pontos, após marcar 82,5 pontos no mês anterior, informou a FGV.

Desembolsos do BNDES às pequenas empresas do comércio tiveram queda de 10%, entre 2013 e 2014
Desembolsos do BNDES às pequenas empresas do comércio tiveram queda de 10%, entre 2013 e 2014
Foto: Estadão Conteúdo/Felipe Rau

SÃO PAULO - O Índice de Confiança de Comércio (Icom) recuou pela sexta vez consecutiva em outubro, perdendo 2,3 por cento e renovando a mínima histórica.
O Icom caiu a 80,6 pontos, após marcar 82,5 pontos no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.

"O comércio entra no quarto trimestre do ano ainda bastante insatisfeito com os níveis de demanda e prevendo vendas fracas ao final do ano", afirmou o superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV/Ibre, Aloisio Campelo Jr., em comunicado.

O que pesou principalmente sobre o resultado foi o Índice de Expectativas (IE), com recuo de 3,7 por cento, para 110,3 pontos, o menor valor da série histórica.
A queda do IE foi mais do que suficiente para ofuscar o avanço de 0,8 por cento do Índice da Situação Atual (ISA), a 50,8 pontos, após duas fortes quedas consecutivas. Mesmo com o avanço, o ISA ainda se encontra no segundo menor nível nos registros da FGV.

Reuters
http://www.dci.com.br/comercio/confianca-do-comercio-tem-6%C2%AA-queda-e-renova-minima-historica-id506052.html

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Inadimplência em setembro fica estável e juros sobem, diz BC.

No período, dívidas do consumidor se mantiveram em 4,9%, mesmo patamar registrado em agosto.
inadimplência
Inadimplência
Foto: Dreamstime
BRASÍLIA - A inadimplência no mercado de crédito no país no segmento de recursos livres ficou estável em setembro, mantendo-se no nível mais alto em mais de dois anos, num mês em que o spread bancário caiu apesar do aumento dos juros médios em meio ao cenário de recessão e inflação e desemprego em alta.

No segmento de recursos livres, que conta com taxas definidas livremente pelas instituições financeiras, a inadimplência foi de 4,9 por cento em setembro, repetindo patamar de agosto, informou o Banco Central nesta terça-feira. Trata-se do nível mais alto desde maio de 2013, quando havia alcançado 5,1 por cento
Anteriormente, a autoridade monetária havia divulgado inadimplência de 4,8 por cento para agosto, estável sobre julho.

Seguindo a dinâmica dos meses anteriores, os juros médios no segmento de recursos livres subiram a 46,2 por cento em setembro, renovando o recorde da série histórica iniciada em março de 2011 apesar de a Selic seguir estável em 14,25 por cento ao ano há cerca de três meses. Por outro lado, o spread bancário --diferença entre o custo de captação e a taxa efetivamente cobrada pelos bancos ao consumidor final-- caiu a 31,5 pontos percentuais em setembro, contra 32 pontos percentuais em agosto.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada, o BC optou mais uma vez pela manutenção da taxa básica de juros, após elevá-la em 3,25 pontos percentuais de outubro do ano passado a julho deste ano.
O aperto monetário buscou combater a alta da inflação, que em 12 meses se aproxima de 10 por cento pelo IPCA, acima do teto da meta do governo, de 4,5 por cento, com margem de dois pontos para mais ou para menos.

Apesar de não mexer nos juros básicos, o BC deixou claro que a convergência da inflação para o centro da meta ficará não mais para 2016, mas para 2017, em meio ao cenário de indefinições fiscais e turbulências políticas no país.
Com isso, parte do mercado crê que a Selic vá permanecer no atual patamar por um tempo mais prolongado que o projetado anteriormente.

O BC informou ainda que, em setembro, o estoque total de crédito no Brasil, incluindo recursos livres e direcionados, subiu 0,8 por cento sobre agosto, a 3,160 trilhões de reais, ou 55,0 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
No acumulado do ano, o avanço foi de 4,7 por cento, sendo que o BC estima crescimento de 9 por cento no saldo total do crédito em 2015, desacelerando na comparação com o ritmo observado nos últimos anos.

Leia mais em:
Financiamento imobiliário sustenta expansão do crédito direcionado, diz BC
Reuters

http://www.dci.com.br/financas/inadimplencia-em-setembro-fica-estavel-e-juros-sobem,-diz-bc-id505105.html

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Confiança do consumidor cai 0,8% em outubro ante setembro, revela FGV. 

Índice de Confiança do Consumidor (ICC) fechou o mês em 75,7 pontos e renovou a mínima histórica da série.

Cenário só será revertido com maior confiança na economia
Cenário só será revertido com maior confiança na economia
Foto: Fotos Públicas
RIO - A confiança do consumidor recuou 0,8% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, informou na manhã desta segunda-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) fechou o mês em 75,7 pontos, renovando a mínima histórica da série, iniciada em setembro de 2005. No mês passado, o indicador havia cedido 5,3% contra agosto.

"A falta de sinalizações positivas no front econômico associada às incertezas políticas mantêm a confiança no mínimo histórico. Os consumidores continuam bastante insatisfeitos com o presente e pessimistas em relação ao futuro. Houve estabilidade do índice que mede as expectativas mas, após recuo de 5,4% no mês anterior, este movimento é ainda insuficiente para sugerir a possibilidade de uma mudança de tendência", avalia a economista Viviane Seda, coordenadora da Sondagem, em nota oficial.

O resultado de outubro foi influenciado pela percepção sobre o momento corrente. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 2,1 pontos ante setembro, ao passar de 67,1 pontos para 65,7 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) ficou estável (0,0%) no período, em 81,1 pontos. Ambos os indicadores estão em mínimas históricas.

Na comparação de outubro com igual mês de 2014, o ICC recuou 24,6%. O índice, calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), está desde novembro do ano passado abaixo dos 100 pontos, zona considerada desfavorável. Já a média histórica, que considera os últimos cinco anos, está em 109,4 pontos.
Segundo a FGV, o levantamento abrange amostra de mais de 2,1 mil domicílios em sete capitais, com entrevistas realizadas entre os dias 1 e 21 deste mês.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/economia/confianca-do-consumidor-cai-0,8-em-outubro-ante-setembro,-revela-fgv-id504776.html 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Déficit brasileiro em transações correntes é de US$3,076 bi.
 
Déficit
Déficit: o resultado de setembro veio pior que a estimativa
Da REUTERS
 
Brasília - O Brasil registrou déficit em transações correntes de 3,076 bilhões de dólares em setembro, somando em 12 meses um saldo negativo correspondente a 4,18 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central nesta sexta-feira.
O resultado de setembro veio pior que a estimativa de um déficit de 2,3 bilhões de dólares em pesquisa Reuters. Já os investimentos diretos no país (IDP) no mês somaram 6,037 bilhões de dólares, acima da expectativa de 4,5 bilhões de dólares.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/deficit-brasileiro-em-transacoes-correntes-e-de-us-3-076-bi

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Confiança da indústria sobe 2,4% em outubro ante setembro, aponta prévia da FGV.

Se confirmado, resultado vai interromper sequência de duas quedas em agosto (-1,6%) e setembro (-2,9%).
Confiança da indústria sobe 2,4% em outubro ante setembro
Confiança da indústria sobe 2,4% em outubro ante setembro
Foto: Divulgação
RIO - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de outubro subiu 2,4% na comparação com o resultado final de setembro, para 67,6 pontos, informou na manhã desta quinta-feira, 22, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado positivo, se confirmado no fim do mês, vai interromper a sequência de duas quedas em agosto (-1,6%) e setembro (-2,9%).
"O resultado da prévia de outubro foi determinado pela melhora das expectativas em relação aos meses seguintes", informou a FGV, em nota oficial.
A prévia de outubro mostra que o Índice de Expectativas (IE) subiu 7,2% ante setembro, para 68,6 pontos, o maior nível desde maio deste ano. Já o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 1,9% no período, para 66,6 pontos, o menor nível da série histórica.
Na comparação com outubro de 2014, sem ajuste, a prévia anunciada nesta manhã aponta recuo de 18,0% na confiança da indústria. Com o resultado, a média histórica recente do indicador está em 96,2 pontos.

Nuci
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria atingiu 76,8% em outubro, segundo a prévia da Sondagem da Indústria divulgada pela FGV. O resultado, já livre de influências sazonais, é maior do que o apurado no dado final da sondagem de setembro, que foi de 76,5%. Contudo, ainda é inferior ao observado em outubro de 2014 (82,0%).
A prévia dos resultados da Sondagem da Indústria abrange a consulta a 782 empresas entre os dias 1 e 19 deste mês. O resultado final da pesquisa referente a outubro será divulgado no próximo dia 28.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/industria/confianca-da-industria-sobe-2,4-em-outubro-ante-setembro-id504114.html

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Queda na taxa básica de juros deve ficar para 2016, Copom se reúne hoje.

Com câmbio elevado, preocupação com a inflação cresce, mas Selic deve seguir em 14,25% até dezembro. Para conter dívida e aquecer economia, mudança pode ocorrer no ano que vem.



São Paulo - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) termina hoje a penúltima reunião do ano para definir sobre a taxa básica de juros (Selic). Mas especialistas acreditam que mudanças devem ocorrer somente em 2016 - e com viés negativo.
O resultado do encontro desta quarta-feira será divulgado após o fechamento dos mercados. E a principal expectativa, segundo especialistas entrevistados pelo DCI, é sobre a manutenção da taxa básica em 14,25% ao ano.
"É necessária certa cautela por parte do Banco Central" , disse Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria. "A atividade econômica está se deteriorando e um novo aumento da taxa de juros poderia complicar ainda mais a situação", concluiu.
Para Mauro Rochlin, professor de economia da FGV, "a alta dos preços não é motivada, hoje, pelo descasamento entre oferta e demanda. O que mantem a inflação são duas fontes: o "fim" dos preços administrados e a pressão do dólar".
Agostinho Pascalicchio, professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, também ressaltou o impacto do real desvalorizado. "Realmente o dólar está causando a alta inflação, principalmente nos índices de preços de alimentos e de vestuário, influenciados pelo custo de importados", disse.

Estimativas
Se os especialistas entrevistados são unânimes sobre a manutenção da taxa Selic em 14,25% até o final de 2015, para o ano que vem, entretanto, as projeções são diferentes. Rochlin acredita que "se não houver novo rally do dólar, talvez cheguemos a 13% até o fim de 2016". Ribeiro também disse que a Selic pode baixar aos 13% no ano que vem, "começando a cair em setembro". Pascalicchio, por outro lado, acredita que a taxa pode chegar a 16,5% em 2016, "para conter a tendência da inflação, que deve continuar".
O relatório Focus, levantamento feito pelo BC com especialistas do mercado, aponta, para 2016, Selic em 12,75%.
As expectativas para o IPCA também foram abordadas. Rochlin disse que a inflação deve cair em 2016, mas não o suficiente para atingir a meta do governo, de 4,5%. Para ele, a alta dos preços pode ficar em 6% no ano que vem. Ribeiro tem opinião semelhante: "a inflação deve ficar em 6,5%, diferente do que o Banco Central está falando, de que haverá convergência para a meta". A economista acredita que o IPCA deve se aproximar dos 4,5% apenas em 2017.
Os especialistas do relatório Focus esperam IPCA em 6,12% até o final de 2016. 

Renato Ghelfi
http://www.dci.com.br/economia/-queda-na-taxa-basica-de-juros-deve-ficar-para-2016%2C-copom-se-reune-hoje-id503738.html

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Retração do PIB em 2015 passa de 2,97% para 3,00%, prevê Focus.

Para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,20% para -1,22%; quatro semanas atrás estava negativa em 0,80%.


moeda dinheiro crédito inflação contas públicas endividamento dívidas Tesouro Banco Central
Moeda dinheiro crédito inflação contas públicas endividamento dívidas Tesouro Banco Central
Foto: Sergio Moraes/Reuters
BRASÍLIA - Depois do terceiro recuo consecutivo na margem do IBC-Br de agosto, o Relatório de Mercado Focus trouxe mais uma revisão para o Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o documento divulgado nesta segunda-feira, 19, pelo Banco Central, a perspectiva de retração da economia este ano passou de 2,97% para 3,00% - um mês antes estava em queda de 2,70%. Para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,20% para -1,22%. Quatro semanas atrás estava negativa em 0,80%.
Segundo o IBGE, o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante o mesmo período de 2014. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano.
No caso da produção industrial, não houve mudanças nas previsões: a mediana das expectativas seguiu em baixa de 7,00% para 2015 e se manteve em queda de 1,00% para 2016. Há quatro semanas, as medianas destas previsões eram de, respectivamente, -6,45% e +0,20%.
Já a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, a projeção dos analistas passou por ajustes. Para 2015, caiu de 35,90% para 35,65% - quatro edições antes estava em 36,30%. Para 2016, a taxa saiu de 39,50% para 39,20%, mesma taxa vista quatro semanas atrás.

Superávit comercial
O Relatório de Mercado traz boas notícias do setor externo. De acordo com o documento, a mediana das estimativas para o superávit da balança comercial de 2015 subiu de US$ 12,99 bilhões para US$ 13,20 bilhões de uma semana para outra.
Quatro boletins atrás, estava em US$ 10 bilhões. Para 2016, houve estabilidade da estimativa mediana de US$ 25 bilhões de uma semana para outra - quatro edições atrás do documento, estava em US$ 21,30 bilhões.
No caso das previsões para a conta corrente, o mercado financeiro também seguiu com a tendência de ajustes para melhor: a expectativa de um déficit de US$ 65,50 bilhões foi substituída pela previsão de um rombo menor, de US$ 65 bilhões. Quatro semanas atrás, a projeção era de déficit de US$ 71 bilhões.
Já para 2016, a perspectiva de saldo negativo deu mais um passo largo esta semana, passando de US$ 50 bilhões para US$ 47,75 bilhões - um mês antes estava em US$ 65 bilhões.
Com esse movimento de redução, os analistas consultados semanalmente pelo BC estimam que o ingresso de investimentos para o setor produtivo já poderá cobrir integralmente o resultado deficitário em 2016, como já prevê o Banco Central para este ano.
Nos últimos meses, segundo participantes, os analistas tentam reestimar as projeções levando em consideração a mudança de metodologia da nota do setor externo, em abril. A mediana das previsões para o novo Investimento Direto no País (IDP) saiu de US$ 61,50 bilhões para US$ 62,50 bilhões para 2015. Para 2016, prosseguiu em US$ 60 bilhões de uma semana para outra.

IGPs
As projeções do mercado financeiro para os IGPs foram as que mais subiram em termos de inflação no Relatório de Mercado Focus. Para o IGP-DI de 2015, a mediana das estimativas passou de 9,15% para 9,46% - um mês atrás estava em 8,25%. Para 2016, a previsão central da pesquisa Focus avançou de 5,86% para 5,89% - quatro semanas atrás, estava em 5,75%.
No caso do IGP-M de 2015, a taxa mediana saltou de 9,15% para 9,33%, bem acima da expectativa apresentada um mês atrás, de 7,86%. Para 2016, o ponto central da pesquisa saiu de 5,93% para 5,96% - quatro edições anteriores estava em 5,76%.
Sobre o IPC-Fipe, que mede a inflação para as famílias de São Paulo, a estimativa para 2015 foi mantida em 9,86% de uma semana para outra. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 9,46%. Para 2016, a expectativa seguiu em 5,06% de uma semana para outra. Um mês antes, estava em 5,09%.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/economia/retracao-do-pib-em-2015-passa-de-2,97-para-3,-preve-focus-id503256.html

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Inadimplência na educação dispara.

No primeiro semestre, avanço dos mau pagadores foi de 22%. Crescimento foi verificado nas instituições de ensino fundamental, médio e superior.

Cabisbaixa: poder de compra corroído pressionou os estudantes
Cabisbaixa: poder de compra corroído pressionou os estudantes
Foto: Dreamstime
São Paulo - A economia desafiadora, somada à diminuição do poder de compra do brasileiro, atingiu em cheio as instituições educacionais. Segundo o Serasa Experian, de janeiro a julho, houve alta de 22% no número de inadimplentes.
O estudo, que abrange instituições de ensino fundamental, médio e superior de todo o Brasil aponta um cenário nebuloso. Segundo o estudo, no primeiro semestre de 2014, sobre um ano antes, a inadimplência no setor havia apresentado queda de 1,3%. Levando em conta apenas as escolas de ensino fundamental e médio, o aumento no primeiro semestre foi ainda maior: 25,9%. No primeiro semestre de 2014, comparado a 2013, a inadimplência nas escolas havia apresentado queda de 10,7%. Já nas universidades, o crescimento da inadimplência dos alunos foi de 22,4% no primeiro semestre de 2015.
No mesmo período de 2014, em comparação com o primeiro semestre de 2013, houve ligeira queda de 0,9%. Em nota, os economistas da Serasa creditam os dados ao momento desfavorável da economia brasileira.

Escolas
O movimento de alta na inadimplência dos alunos com as instituições de ensino no primeiro semestre teve impacto nas contas das escolas, que também ficaram inadimplentes. O estudo apontou que a inadimplência das escolas aumentou 26,7% no período em comparação com o primeiro semestre de 2014. Levando em conta só as escolas de ensino fundamental e médio, a situação piora: alta de 27,2% nos primeiros seis meses de 2015, sobre um ano antes. O crescimento da inadimplência das universidades no mesmo período foi de 25,3%.

Da redação
http://www.dci.com.br/servicos/inadimplencia-na-educacao-dispara--id502506.html
Monte de empréstimos inadimplentes mostra problema econômico. 

Filipe Pacheco, da Bloomberg

Dívidas, cartões de crédito
Dívidas: a pior recessão em 25 anos tem reduzido a capacidade de endividados em honrar com suas obrigações
O Brasil nunca teve tantos cidadãos e empresas com pagamentos de dívidas em atraso.
A Serasa Experian mostrou em um relatório na semana passada que o número de indivíduos e empresas inadimplentes por todo o país subiu para um recorde de 61,2 milhões no final de agosto.
Os bancos locais, por sua vez, registraram em agosto um volume total de R$ 96,2 bilhões (US$ 24,7 bilhões) em empréstimos com atraso, segundo dados do Banco Central.
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A pior recessão em 25 anos tem reduzido a capacidade de endividados em honrar com suas obrigações no maior país da América Latina.

É provável que a situação piore: analistas projetam que a contração se estenderá para 2016 e será a mais longa desde a Grande Depressão.
“Os índices de inadimplência explodiram recentemente”, disse Salvatore Milanese, que investe em carteiras de créditos inadimplentes no Brasil como sócio da CRS Investments.
“E essa tendência crescente não deverá mudar tão cedo. Os bancos verão a fatia desse tipo de crédito que tem dentro de seus portfólios crescer daqui para frente”.
Milanese, que anteriormente trabalhou na divisão de reestruturação e empréstimos inadimplentes da KPMG no Brasil, disse que os bancos poderiam ter até R$ 400 bilhões em empréstimos inadimplentes e que poderiam ser vendidos em seus portfólios.
Alguns bancos já estão tentando negociar tais carteiras.

O Itaú Unibanco Holding SA, maior banco da América Latina em valor de mercado, planeja vender uma carteira de empréstimos inadimplentes com um valor nominal de até R$ 3 bilhões antes do final do ano, segundo três fontes que pediram anonimato porque não estão autorizadas a falar sobre o assunto.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, poderia vender até R$ 6 bilhões, disseram as fontes.
 
Cenário difícil
A assessoria de imprensa do Itaú preferiu não comentar sobre a venda. A assessoria de imprensa do BNDES disse que não há um cronograma que defina quando o banco venderá parte de seu portfólio.
A economia do Brasil vai se contrair 2,97 por cento neste ano e 1,2 por cento em 2016, segundo analistas participantes de uma pesquisa do BC.
“O aumento da inadimplência de todos os tipos é totalmente consequência do cenário difícil atual no Brasil”, disse Carlos Castanho, que ajuda a gerenciar R$ 9 bilhões em ativos como sócio da firma de crédito focada em créditos inadimplentes Ipanema Credit Management, com sede em São Paulo.
“Não prevemos uma melhora no cenário a curto prazo, o que apresenta uma oportunidade para que os investidores se concentrem em ativos de liquidação duvidosa”.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/monte-de-emprestimos-inadimplentes-mostra-problema-economico

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Inadimplência de estudantes e universidades cresce no 1o semestre, diz Serasa.

Calotes dos estudantes do ensino superior cresceram 22,4% no período, ante o mesmo mês do ano passado.
Enem
Enem
Foto: Agência Brasil
SÃO PAULO - A inadimplência de alunos e de escolas de ensino superior do país subiu bem acima do restante da economia no primeiro semestre, informou nesta quarta-feira a empresa de informações de crédito Serasa Experian.
Os calotes dos estudantes do ensino superior cresceram 22,4 por cento no período ante mesma etapa do ano passado. Um ano antes, a inadimplência dos alunos tinha crescido 0,9 por cento sobre 2013.

Com isso, com aumento da inadimplência dos alunos, as escolas também passaram a atrasar as suas contas. No semestre, os atrasos nos pagamentos dessas instituições com seus fornecedores subiram 25,3 por cento, segundo os dados.

A Serasa não informou o volume de dívidas em atraso em ambos os casos.
Como comparação, no primeiro semestre o crescimento da inadimplência agregada de toda a economia foi de 16 por cento, afirmou o economista Luiz Rabi, da Serasa.

Nos outros segmentos do setor de educação também houve aumento de dois dígitos nos calotes. Entre os estudantes do ensino fundamental e médio, o crescimento da inadimplência foi de 25,9 por cento, ante queda de 10,7 por cento no primeiro semestre de 2014. Já nas escolas, a inadimplência teve aumento de 27,2 por cento.

Reuters
http://www.dci.com.br/economia/inadimplencia-de-estudantes-e-universidades-cresce,-diz-serasa-id502299.html

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Dólar dispara mais de 2% e bate em R$ 3,85 com China e incerteza política no Brasil.

Na semana passada, a moeda norte-americana acumulou queda de 4,74%.

Notas de dólar e real em casa de câmbio no Rio de Janeiro
Notas de dólar e real em casa de câmbio no Rio de Janeiro
Foto: Reuters
SÃO PAULO - O dólar disparava mais de 2 por cento em relação ao real nesta terça-feira, refletindo a aversão ao risco nos mercados globais após números mistos sobre a economia chinesa e a apreensão dos investidores com eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, que torna o ambiente político ainda mais conturbado.
Às 10:29, o dólar avançava 2,25 por cento, a 3,8433 reais na venda, chegando a 3,8524 reais na máxima do dia. Na semana passada, a moeda norte-americana acumulou queda de 4,74 por cento, maior baixa semanal desde o fim de 2011.
"A semana passada foi bastante positiva nos mercados externos, mas o humor virou hoje com os dados da China", disse o operador de uma corretora nacional, sob condição de anonimato, acrescentando que "a questão do impeachment vai ser o grande tema desta semana".
Uma queda mais forte nas importações da China, importante referência para investidores em mercados emergentes, em setembro deixou economistas divididos sobre a performance do setor comercial do país, apesar de as exportações terem caído menos que o esperado. Com isso, o dólar subia contra moedas como os pesos chileno e mexicano.
No Brasil, o cenário político conturbado também pressionava o câmbio. Segundo notícias veiculadas na imprensa brasileira, a oposição deve apresentar nesta terça-feira aditamento ao pedido de impeachment de Dilma para acrescentar argumento de que o governo manteve neste ano as chamadas pedaladas fiscais que levaram à reprovação das contas de 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Havia expectativa de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), possa dar resposta sobre o pedido de abertura de um processo de impedimento nesta terça-feira, mas o cenário ainda era bastante turvo. Ainda mais após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki de conceder liminar suspendendo decisões de Cunha sobre o impeachment levantadas por questões de ordem pela oposição.
"A semana começa quente em Brasília", resumiu o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.
Nesta manhã, o Banco Central dará continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, com oferta de até 10.275 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

Reuters
http://www.dci.com.br/financas/dolar-dispara-mais-de-2-e-bate-em-r$-3,85-id501983.html

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Inadimplência de empresas e consumidores cresce em agosto, diz Serasa.
 

Segundo estudo da entidade, o número de brasileiros inadimplentes chegou a 57,2 mi em agosto, gerando um total de 246 bi de reais em dívidas.

inadimplência falência endividamento dívidas contas
Inadimplência falência endividamento dívidas contas
Foto: Forest Path/Dreamstime
SÃO PAULO - A inadimplência de consumidores e empresas no Brasil cresceu em agosto, com as companhias do setor de comércio e serviços entre as principais com dívidas em atraso, disse a Serasa Experian nesta sexta-feira.
Segundo estudo da Serasa, o número de brasileiros inadimplentes chegou a 57,2 milhões em agosto, com um total de 246 bilhões de reais em dívidas.

O levantamento não é feito todos os meses, mas como base de comparação, o número de brasileiros com dívidas em atraso era de 54,1 milhões no final de junho do ano passado.
Já as 4 milhões de companhias inadimplentes possuíam 91 bilhões em dívidas em atraso em agosto. Em setembro do ano passado, o número de empresas era de 3,6 milhões.

Das empresas inadimplentes em agosto, 46 por cento pertencem ao setor de comércio, 44 por cento ao de serviços e 9 por cento ao industrial, informou a Serasa Experian.

(Por Priscila Jordão)
Reuters
http://www.dci.com.br/financas/inadimplencia-de-empresas-e-consumidores-cresce-em-agosto-id501570.html

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

TCU rejeita contas do governo Dilma de 2014 e aumenta pressão por impeachment.

Decisão unânime vale apenas como recomendação; cabe ao Congresso a responsabilidade constitucional de aprovar ou não as contas do Executivo.


TCU rejeita contas do governo Dilma de 2014
TCU rejeita contas do governo Dilma de 2014
Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

BRASÍLIA - O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou nesta quarta-feira, em decisão histórica e unânime, a rejeição das contas do governo de 2014, após considerar que houve irregularidades nas práticas contábeis no último ano do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff.
O relator do processo no TCU, ministro Augusto Nardes, disse em seu voto que as irregularidades apresentadas nas contas da presidente Dilma Rousseff em 2014 representam distorções da ordem de 106 bilhões de reais.
O parecer do TCU será enviado nesta quinta-feira ao Congresso Nacional, que tem a responsabilidade constitucional de aprovar ou não as contas do Executivo. A rejeição das contas pelo Legislativo pode dar força a um processo de impeachment contra a presidente Dilma por crime de responsabilidade fiscal.
Esta é a primeira vez desde 1937 que o TCU pede a rejeição das contas de um governo, e ocorre justamente em um momento em que a presidente Dilma está com a popularidade em níveis recordes de baixa e com a base política dividida.
Para tentar barrar movimentos nesse sentido, a presidente anunciou na semana passada reforma ministerial para reforçar sua base de apoio entre os parlamentares, sobretudo agradando ao PMDB. Mas a articulação não foi capaz de garantir quórum no Congresso para serem votados os vetos da presidente a projetos que oneram a União, em outra derrota amargada pelo Executivo nesta quarta-feira.
"Acho que isso soma (ao movimento pelo impeachment)... Joga pressão sobre o presidente da Câmara e sobre a Câmara como um todo", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), líder da oposição.
Em seu voto, Nardes disse que foi observado uma "política expansiva de gastos sem sustentabilidade fiscal e sem a devida transparência, posto que tais operações passaram ao largo das ferramentas de execução orçamentária e financeira regularmente instituídas".
O Palácio do Planalto, por sua vez, disse que os órgãos técnicos e jurídicos do governo têm plena convicção de que "não existem motivos legais para a rejeição das contas" e que a questão será amplamente discutida no Congresso Nacional.
Questionado após o julgamento sobre os próximos passos na defesa das contas do governo, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, apontou que há "sempre" espaço para recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
"O jogo não acabou", disse.
Até o último minuto o governo tentou postergar o julgamento do TCU, recorrendo ao próprio tribunal e ao Supremo Tribunal Federal para que Nardes fosse afastado da relatoria, sob o argumento de que o ministro teria adiantado seu voto.
Mas os argumentos do governo foram rejeitados pelo STF e o TCU, abrindo caminho para a votação. Nardes, que se disse aliviado com a decisão da corte, afirmou em coletiva de imprensa que não cabe nenhum tipo de recurso no TCU.
"É um parecer prévio. A decisão final e o julgamento final é no Congresso Nacional, vai para a Comissão Mista de Orçamento. Cabe qualquer tipo de recurso junto ao Congresso Nacional, aqui não cabe mais", afirmou.
Nardes não participou do início da sessão, quando os demais ministros do TCU votaram em unanimidade pela sua permanência como relator. Quando entrou no plenário após a decisão, chegou a ser aplaudido por parte dos presentes.
Líderes da oposição apoiaram o TCU, enquanto parlamentares da base buscaram apontar a politização do julgamento.
"O fato concreto é que fica comprovado que a presidente Dilma cometeu crime de responsabilidade e caberá agora ao Congresso Nacional determinar as sanções cabíveis", avaliou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), disse que os argumentos do TCU "reforçarão a tese do impeachment pela clara afronta à Constituição".
Já o deputado Henrique Fontana (PT-RS) afirmou que a decisão do tribunal contou com grau de politização "evidente".
"Isso não altera muito o cenário (em termos de impeachment). Uma parte da oposição vem trabalhando a ideia do golpe desde outubro", disse.
Antes mesmo do início da votação, Adams disse ao plenário do TCU que a decisão não poderia ser "artificiosamente" transformada num movimento de cassação do mandato presidencial.

Pedaladas
Um dos principais questionamentos feitos pelo TCU às contas do ano passado foram as chamadas "pedaladas fiscais", atraso no repasse de recursos da União para cobrir gastos de bancos públicos com programas do governo, numa tentativa de melhorar a situação das contas públicas. Segundo o relator, as pedaladas chegaram a 40 bilhões de reais.
O esforço do governo para tentar reverter a rejeição das contas pelo TCU também incluiu um decreto, divulgado na sexta-feira, impedindo que esse tipo de manobra seja adotado novamente.
A defesa do Executivo em relação às contas foi baseada no argumento de que as mesmas ferramentas foram utilizadas por outros governos sem terem sido consideradas ilegais.
Falando aos ministros do TCU, Adams argumentou que "não existe meia operação de crédito, assim como não existe meia gravidez", ao avaliar que as chamadas "pedaladas" do passado, embora de mesma natureza, não foram julgadas da mesma foram.
(Por Marcela Ayres, com reportagem de Alonso Soto, Maria Carolina Marcello e Leonardo Goy em Brasília; Eduardo Simões e Flavia Bohone, em São Paulo)

Reuters

http://www.dci.com.br/politica/tcu-rejeita-contas-de-dilma-e-eleva-pressao-por-impeachment-id501185.html

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Com rentabilidade negativa da Bolsa e da poupança, dólar tem ganho de 28%.

Segundo estudo exclusivo, Ibovespa, poupança e fundos de ações apresentaram quedas reais de 12,91%, 1,44% e 9,66%, respectivamente, contando com a inflação no período medida pelo IPCA
 

Alta de juros e o cenário de instabilidade no País, beneficiam fundos cambiais e aplicações em renda fixa
Alta de juros e o cenário de instabilidade no País, beneficiam fundos cambiais e aplicações em renda fixa
Foto: Dreamstime
São Paulo - Mesmo com a inflação em alta, algumas aplicações financeiras estão oferecendo rendimento. Enquanto os fundos de ações, a poupança e o Ibovespa apresentam perdas reais de investimento, o dólar segue em vantagem, com rentabilidade real superior a 28%.
A inflação acumulada em 2015 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegou em 7,06% até agosto deste ano.
Já pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), ficou em 7,36% no mesmo período.
Segundo especialistas ouvidos pelo DCI, a alta de juros e o cenário de instabilidade no País, automaticamente beneficiaram fundos cambiais e aplicações de renda fixa, as quais pagam determinadas porcentagens de Certificado de Depósitos Interbancários (CDI).
Em um estudo exclusivo feito pelo Instituto Assaf, os dados apontam que os destaques negativos se deram pelas perdas reais apresentadas pelos Fundos de Ações, por exemplo, que, em média, apresentaram rentabilidade já negativa de 3,28%. Acrescidos ainda com a inflação do IPCA, mostraram rentabilidade real negativa de 9,66%.
Além disso, o Ibovespa e a poupança também registraram perdas reais.
De janeiro a agosto deste ano, o Ibovespa apresentou uma perda real de 6,76%.
Ainda ao considerar a inflação no mesmo período, a rentabilidade chega a ser negativa em até 12,91%.
A poupança, por sua vez, que apresenta ganhos acumulados de 5,81% em 2015, está com uma perda real de 1,17% registrada pelo IPCA e de 1,44% pelo IPC/Fipe.
Segundo o professor Fabiano Guasti Lima, pesquisador do próprio Instituto Assaf, a indisposição dos investidores em colocar dinheiro em aplicações com desconto de imposto de renda foi um dos principais fatores contribuintes para a perda de competitividade da poupança nesse cenário.
"Além disso, a instabilidade da economia acaba se refletindo no cambio. O dólar é atrativo para quem vai para o exterior, e acaba sendo mais especulativo do que uma aplicação. E a mesma coisa aconteceu com o ouro. Isso acontece em períodos de crise, por maior preservação do poder monetário", avalia o especialista. Ainda de acordo com dados do estudo do instituto, além da rentabilidade do dólar - nominal de 37,29%, sendo que real foi de 28,23% - até agosto, o ouro, também no mesmo período de observação, teve um ganho nominal de 29,68% e real de 21,13%, adotando a inflação do IPCA e da Fipe respectivamente.
Para Lima, no entanto, apesar de o dólar representar a preservação do valor, é preciso cuidado ao enxergá-lo como forma de investimento.
"É necessário cuidado, porque existem cotações diferentes para compra e venda da moeda norte-americana. Precisa-se saber a hora certa de entrar e de sair, porque apesar de representar uma preservação de valor, o dólar é um pouco mais arriscado", afirmou ao DCI. "O recomendado seriam aplicações atreladas ao CDI", acrescentou o professor e pesquisador da Assaf.

Perspectivas
As expectativas, no entanto, permanecem estáveis para esse mercado. Diante o cenário de perdas reais visto na poupança, no Ibovespa e nos fundos de ações, os ganhos nominais no dólar e no ouro e a valorização em títulos públicos e em aplicações de renda fixa interligadas ao CDI, tendem a continuar no mesmo patamar.
Para João Medeiros, diretor de câmbio da corretora Pioneer, apesar de a moeda brasileira apresentar uma melhora dos altos patamares alcançados nos últimos dias, os níveis vistos atualmente devem continuar semelhantes.
"A situação que a gente vê do real ante o câmbio é de R$ 3,84. A moeda se desvalorizou muito ante a perda do grau de investimento brasileiro, a paralisia da economia e o núcleo de incertezas políticas. A não ser que a Dilma faça os vetos que precisa fazer e traga uma nova equipe econômica para governar efetivamente durante os três anos, esses níveis devem permanecer", avaliou.
Para Lima, o recomendável para o investidor são, exatamente, as aplicações que, no estudo, apresentaram um maior nível de rentabilidade.
"Enquanto a inflação não ceder, e o cenário interno do País não mudar, eu não vejo muitas perspectivas para o futuro. A inflação está batendo na porta e ela corrói o ganho das aplicações e o poder de compra das pessoas, o que mexe na economia. Dificilmente teremos uma queda de juros no curto prazo", disse.

Isabela Bolzani
http://www.dci.com.br/financas/com-rentabilidade-negativa-da-bolsa-e-da-poupanca%2C-dolar-tem-ganho-de-28-id500823.html

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Arábia Saudita corta preços de petróleo em meio a disputa por fatia de mercado.

LONDRES - A Arábia Saudita anunciou fortes reduções nos preços que cobra por seu petróleo, após decisões semelhantes tomadas por produtores rivais no Golfo Pérsico.

Integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que tem a Arábia Saudita como líder, vêm protagonizando uma disputa por participação de mercado nos países asiáticos onde a demanda ainda cresce.

Numa lista encaminhada ontem a clientes, a petroleira estatal saudita Saudi Aramco cortou o preço do petróleo leve fornecido à Ásia em US$ 1,70 por barril. Com isso, a Arábia Saudita passou a oferecer um desconto de US$ 1,60 por barril em relação ao petróleo de Dubai. Anteriormente, o petróleo leve saudita era US$ 0,10 mais caro que o do rival.

A Saudi Aramco também reduziu o preço do petróleo pesado em US$ 2,00 por barril para compradores do Extremo Oriente e em US$ 0,30 para clientes dos EUA.

No mês passado, Irã, Iraque e outros países do Oriente Médio foram mais agressivos na redução de preços do que a Arábia Saudita. Fonte: Dow Jones Newswires.

Estadão Conteúdo

http://www.dci.com.br/internacional/arabia-saudita-corta-precos-de-petroleo-em-meio-a-disputa-por-fatia-de-mercado-id500266.html

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Fipe indica alta da inflação em São Paulo.

Desde janeiro deste ano, a inflação na cidade acumula aumento de 8,06% e, desde setembro do ano passado, 9,76%.
Vista aérea de prédios na cidade de São Paulo
Vista aérea de prédios na cidade de São Paulo
Foto: Reuters
SÃO PAULO - Depois de baixar de 0,85% para 0,56%, na virada de julho para agosto, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na cidade de São Paulo, alcançou 0,66%, no fechamento de setembro. Desde janeiro deste ano, a inflação medida pela Fipe acumula aumento de 8,06% e, desde setembro do ano passado, 9,76%.
A maior pressão inflacionária continua sendo registrada no grupo habitação, com alta de 1,38%. Essa taxa, no entanto, indica redução na intensidade de aumento já que, em agosto, essa despesa teve alta de 1,51%. 

Desde setembro do ano passado, habitação acumula elevação de 12,19%.
Cinco dos sete grupos pesquisados indicaram avanços, entre eles alimentação. Na média, os alimentos ficaram 0,04% mais baratos. Em agosto, os preços recuaram de forma mais expressiva: 0,52%. Em despesas pessoais, o índice subiu de 0,95% para 0,99%; em vestuário, de 0,26% para 0,52%; em educação, de 0,11% para 0,29%; e, em transportes, de 0,05% para 0,14%.
Já em saúde, o IPC caiu de 1,1% para 0,78%.

Agência Brasil
http://www.dci.com.br/economia/fipe-indica-alta-da-inflacao-em-sao-paulo-id499904.html