domingo, 30 de março de 2014

Inadimplência das empresas registra queda em fevereiro

O índice de inadimplência das empresas registrou queda de 14,8% em fevereiro, na comparação com janeiro deste ano, segundo a Serasa

Fernanda Cruz, da Agência Brasil
 
Sede da Serasa: na comparação com fevereiro de 2013, no entanto, o indicador apresentou alta de 7,6%
 

 

 

 

 

 

 

 

 



São Paulo - O índice de inadimplência das empresas registrou queda de 14,8% em fevereiro, na comparação com janeiro deste ano, segundo a empresa de consultoria Serasa Experian.
Na comparação com fevereiro de 2013, no entanto, o indicador apresentou alta de 7,6%.
No primeiro bimestre do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado, houve alta de 9,4%.
Os títulos protestados e as dívidas com os bancos foram os principais responsáveis pela queda de 14,8% registrada em fevereiro, em relação a janeiro. Eles tiveram, respectivamente, variações negativas de 29,4% e 18,9%.
Nessa mesma base comparativa, os cheques sem fundos apresentaram queda de 12,2%. As dívidas não bancárias (junto aos cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços) cresceram 0,7%.
O valor médio dos cheques sem fundos caiu 25,1% no primeiro bimestre de 2014, na comparação com o mesmo período do ano anterior. As dívidas com os bancos tiveram declínio de 2,2%%. Os títulos protestados e as dívidas não bancárias registraram alta de 9% e 11%, respectivamente.


Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/noticias/inadimplencia-das-empresas-registra-queda-em-fevereiro

segunda-feira, 24 de março de 2014

Receita Federal alerta contribuintes sobre e-mails falsos


22/03/2014 03h00 | Colaboração para a Folha


A Receita Federal distribuiu comunicado ontem alertando os contribuintes para tentativas de fraude eletrônica envolvendo o nome da instituição. Em época de declaração do Imposto de Renda, aumentam as tentativas de aplicação de golpes via e-mail, diz o comunicado.

Segundo a Receita, quadrilhas especializadas em crimes pela internet transmitem mensagens que servem como meio para os criminosos obterem ilegalmente informações fiscais, bancárias e cadastrais do contribuinte.

Ao clicar em links ou baixar anexos, o usuário tem seu computador infectado por vírus e programas que permitem acesso ilegal aos dados.

Em uma das modalidades de golpe, a pessoa recebe e-mail dizendo que a Receita analisou todas as declarações do IR 2012/2013 e encontrou inadimplência no CPF do usuário.

Ele deveria então clicar em um link para ver o demonstrativo dos números apresentados e das informações divergentes.

Outras mensagens fraudulentas indicam a necessidade de envio de uma declaração retificadora ou a existência de valores residuais de restituições do IR a serem recebidos pelo destinatário.

A Receita esclarece que não manda mensagens via e-mail sem autorização do contribuinte nem autoriza terceiros a fazê-lo em seu nome. A única forma de comunicação eletrônica com o contribuinte é por meio do Centro de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC), pelo site da Receita.

A Receita orienta ao internauta não responder, não abrir arquivos anexados nem acionar links para endereços da internet ao receber esse tipo de mensagem. O correto é excluir o e-mail.

Para esclarecimento de dúvidas ou informações adicionais, os contribuintes podem procurar as unidades da Receita, acessar o site ou ligar para o Receitafone (146).


39 - Fui demitido e recebi FGTS e seguro-desemprego. A Caixa tem de me enviar informes desses créditos? (C.M.C.).

Não. Os valores para a declaração estão nos recibos que a Caixa forneceu quando você efetuou os saques.


40 - Minha mãe tem 83 anos e sua pensão passa de três salários mínimos. Ajudo-a com R$ 1.000 por mês. Posso deduzir esse valor em minha declaração? (A.M.R.).

Não, pois a lei não permite. Os pais só podem ser considerados dependentes dos filhos se seus rendimentos, tributáveis ou não, forem inferiores a R$ 20.529,36. Sua mãe recebeu mais do que isso em 2013.

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/03/1429383-receita-federal-alertacontribuintes-sobre-e-mails-falsos.shtml
 

sexta-feira, 21 de março de 2014

Brasil cai 20 posições em ranking de logística
País desabou do 45º para o 65º posto, entre 160 países, na infraestrutura de
transporte

20 de março de 2014 | Alexa Salomão e Altamiro Silva Júnior


NOVA YORK - O Brasil caiu 20 posições no ranking mundial de logística do Banco Mundial (Bird), que mede a eficiência dos sistemas de transporte em 160 países. O relatório, divulgado nesta quinta-feira, leva em conta a percepção dos empresários em relação à eficiência da infraestrutura de transporte. O Brasil passou a ocupar o 65.º lugar no ranking. Trata-se da pior colocação desde que o ranking foi lançado, em 2007.
Paulo Fleury, diretor-geral do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), define o resultado como "desastroso" para o País. "A hora da verdade chegou: o Brasil investiu bilhões em obras de infraestrutura de transporte que, por problemas de gestão, não foram terminadas, e está aí o resultado."
Na avaliação de Fleury, o fato de o estudo não medir os avanços ou retrocessos físicos, mas a percepção dos empresários, é sintomático. Pouca coisa mudou na infraestrutura do País nos últimos anos, mas a posição do Brasil no ranking foi se alterando. Em 2007, quando a pesquisa foi lançada, o Brasil ocupava o 61.º lugar. Em 2010, ficou na sua melhor colocação: 41.º posto. Em 2012, caiu para a 45.ª posição. De lá para cá, despencou para a sua pior colocação.
Fleury atribui as oscilações às mudanças nos cronogramas das obras. "Quando a primeira pesquisa foi realizada, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) havia acabado de ser lançado e a expectativa de melhora empurrou o indicador para cima por um tempo", diz Fleury. "Como as obras não saem do papel, mas a demanda por transporte aumenta, estrangulando o sistema, a frustração só fez aumentar e nem as concessões no ano passado conseguiram melhorar os ânimos."
Levantamento do Ilos mostra que o atraso médio nas obras do PAC é de 48 meses. Há também enorme descompasso entre o custo orçado e o custo que se viu na prática. O aumento médio foi de 85%.
Muitas deficiências. O Banco Mundial também divulgou a classificação dos países em seis itens específicos na área de logística e transporte, usados em conjunto para determinar a classificação geral. O segmento que o Brasil está mais bem colocado é na "qualidade e competência logística" (50.ª posição) e o pior no "serviço de aduanas e alfândegas" (94.ª). Na categoria "rastreamento e monitoração" está na 62.ª e, nas "entregas internacionais", na 81.ª.
Outros países da América Latina estão em posições bem melhores que a do Brasil, como Chile (42.º lugar, o melhor classificado da região), México (50.º) e Argentina (60.º).
Desigualdades. As três primeiras posições do ranking são ocupadas por países desenvolvidos - Alemanha, Holanda e Bélgica. Entre os últimos estão Somália, Afeganistão e República Democrática do Congo. O Banco Mundial reconhece que reformas no setor são complexas e a melhora do transporte exige pesados investimentos, o que dificulta o avanço em países em desenvolvimento. Por essa razão, os países de alta renda são maioria entre os que ocupam as dez primeiras posições do ranking, destacou a instituição no material enviado à imprensa.
A principal conclusão do estudo é que a diferença na logística entre países com melhor sistema de transporte e aqueles com pior rede ainda é muito grande, apesar da ligeira melhora desde o início da pesquisa em 2007.
O Banco Mundial avalia vários fatores para montar o ranking geral - qualidade da infraestrutura de transporte, de serviços e a eficiência do processo de liberação nas alfândegas, rastreamento de cargas, cumprimento dos prazos das entregas e facilidade de encontrar fretes com preços competitivos. A instituição ouviu cerca de mil profissionais de logística pelo mundo. Com base nas entrevistas e na metodologia, o Banco Mundial desenvolveu o Índice de Desempenho Logístico (LPI, na sigla em inglês), que é usado para organizar o ranking.

http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,brasil-cai-20-posicoes-em-ranking-de-logistica,180088,0.htm

quinta-feira, 20 de março de 2014

Sistema financeiro mantém solvência elevada, diz BC

20 de março de 2014 | VICTOR MARTINS E EDUARDO RODRIGUES - Agencia Estado
 
SÃO PAULO - Segundo o Relatório de Estabilidade Financeira (REF), divulgado nesta quinta-feira, 20, pelo Banco Central, em nenhum dos cenários de inadimplência simulados haveria insuficiência de capital. Na avaliação da autoridade monetária, a inadimplência apresentou queda influenciada pelo melhor desempenho dos bancos privados, que ampliaram a participação de modalidades de menor risco de crédito na carteira, a exemplo financiamento imobiliário e crédito consignado. 
A solvência do sistema financeiro, de acordo com o BC, permaneceu elevada e apresentou adequada capacidade de suportar efeitos de choques decorrentes de cenários macroeconômicos adversos, de mudanças abruptas nas taxas de juros, de câmbio ou de inadimplência. O sistema também apresentou resistência frente a simulações de queda generalizada dos preços dos imóveis residenciais.
O Índice de Basileia (IB) do Sistema Financeiro Nacional atingiu 16,1% no segundo semestre de 2013, de acordo com o relatório do BC. O nível mínimo regulatório é de 11%. Esse patamar, aliado à elevação do ritmo de crescimento do Patrimônio de Referência (PR) e ao alto nível da relação capital próprio sobre os ativos, levou a autoridade monetária a concluir que "a solidez do sistema continua confortável" e a "solvência do sistema bancário permanece em patamar elevado".
De acordo com o REF, o Patrimônio de Referência do sistema bancário atingiu R$ 618,9 bilhões em novembro do ano passado, ficando R$ 13,3 bilhões acima do verificado em junho de 2013. De acordo com o BC, toda essa elevação se deveu ao capital nível I, enquanto houve redução no capital nível II.
"Vale destacar que o valor do capital principal está bem acima do mínimo requerido e inclusive supera o requerimento de capital total, que poderia ser parcialmente atendido com outros tipos de capitais de menor qualidade", acrescenta o BC.
 
http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral%2csistema-financeiro-mantem-solvencia-elevada-diz-bc%2c180039%2c0.htm
Brasileiro já compra até pastel na feira com cartão de crédito
País tem mais de 4,2 milhões de maquininhas de pagamento espalhadas pelo comércio; setor prevê transações na casa dos R$ 800 bilhões em 2013

29 de outubro de 2013 | Gustavo Santos Ferreira, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - É cada vez mais raro receber balas de troco ao comprar qualquer coisa no Brasil. As máquinas de cartão de débito e crédito estão em franca proliferação no comércio. Entre 2006 e o primeiro semestre deste ano, cresceu em 127% o número de aparelhos no País, aponta a Associação de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Há mais de 4,2 milhões de maquininhas. E, caso se confirmem os cerca de R$ 800 bilhões estimados em 2013, o valor transacionado nos aparelhos terá crescido pelo menos 276% em apenas sete anos.

O presidente da Abecs, Marcelo Noronha, atribui esse avanço no uso dos cartões, principalmente, à tecnologia. É ela quem permite, por exemplo, que um entregador de pizzas cobre pela redonda no cartão de débito ou crédito na porta da casa do cliente.

Outro ponto destacado pelo executivo é a expansão do número da massa de consumidores no Brasil. Mais de 40 milhões de cidadãos subiram da classe D à C nos últimos anos. E o afrouxamento do crédito explica em parte o fenômeno. Em 2007, a quantidade de crédito na praça em relação ao PIB (produção de bens e serviços) no País era de 35,5%. Atualmente, essa proporção pulou para 55,5%. 



Dados do Banco Central sinalizam alta de 90% na emissão dos cartões de crédito desde 2006; no caso dos cartões de débito, o aumento foi de 61%. Ao mesmo tempo, as transações em cheque caíram 35%. "Isso sinaliza a diminuição dos calotes", diz Noronha. O pagamento com cartão, ressalta ele, garante o recebimento ao comerciante, ao contrário de eventuais cheques voadores.

‘Fiado só amanhã’. Com as pessoas optando por sair de casa com poucas notas na carteira, as maquininhas estão ganhando terreno longe de supermercados, farmácias e restaurantes, presentes no comércio de rua.

Dono de uma barraca de peixes instalada às sextas-feiras em Higienópolis, Alexandre Maia - autoproclamado "o imperador dos pescados" -, de 41 anos, está no ramo há 25. De acordo com ele, ao aceitar cartões, lançou moda. "Fui o primeiro, faz uns 5 anos, depois disso os outros peixeiros tiveram de ter também." Mas, como diz, entre os vendedores de frutas, verduras e legumes a resistência ainda é grande. "O pessoal mais antigo tem a mente fechada, né, mas uma hora vão ter de mudar."


O ‘imperador dos pescados’ aceita cartões de débito e crédito há cinco anosGustavo Ferreira/Estadão


Cecília Nieko (primeira à esquerda): ‘Se os clientes estão sem dinheiro, agora eles passam no crédito’Gustavo Ferreira/Estadão

 
Há mais de 4,2 milhões de maquininhas no País, segundo a AbecsGustavo Ferreira/Estadão


Os pasteleiros já mudaram. Das cinco feiras livres visitadas pela reportagem, todas tinham barracas de pastel que aceitavam cartões de todas as bandeiras. A vendedora Cecília Nieko, de 40 anos, que há 3 meses tem a máquina de pagamento, comemora: "Se os clientes estão sem dinheiro, agora eles passam no crédito", diz. "Levam mais pasteis do que poderiam pagar com o dinheiro da carteira e pararam de pedir fiado."

Dono de outra barraca de pastel, Adriano Barreto, de 40 anos, está também faz 3 meses com máquinas de cartão. Resistiu durante um tempo à inovação, mas não teve como não ceder. "Quem não tiver a maquininha perde cliente", afirma. O "mal necessário", conta, preocupa pelo preço. De acordo com o comerciante, as empresas donas das máquinas ficam com 3,5% de todos os pagamentos feitos no débito; e com 4,0% no caso do crédito. "Sem falar que, se estivermos sem dinheiro no caixa e quisermos antecipar o recebimento, são cobrados mais 2,5%."

Queixas. Há máquinas - e reclamações - também fora da feira. Zenaide Rocha, de 53 anos, vendedora de artigos femininos em eventos e bazares, está descontente não só com as taxas das operadoras sobre as vendas, mas ainda com o aluguel pago pelas máquinas. "Acho muito caro, mas não tem o que fazer", diz. "A maioria das pessoas passa tudo no crédito, 90% delas, então tem dia que não entra nada a não ser nos cartões."

Uma das redes de bares, restaurantes e lanchonetes mais tradicionais de São Paulo, o Sujinho, até hoje não aceita o pagamento com cartão por causa das taxas. "Altas taxas cobradas pelas administradoras, que no caso aceitarmos (sic), teremos que repassar ao nosso cardápio, prejudicando os nossos clientes", informa a casa em sua carta de lanches. Suas mesas, no entanto, não ficam vazias por causa da medida.

A Rede (antiga Redecard) e a Cielo são as principais marcas de máquinas de cartões no Brasil. A Rede diz cobrar entre R$ 65 e R$ 119 por mês de seus clientes pelo aluguel dos aparelhos. O preço mais barato é cobrado de máquinas que usam linhas de telefone fixo; o mais caro, das sem fio. Nos primeiros 6 meses deste ano, acumulou R$ 278,6 milhões com o aluguel de 1,4 milhão de máquinas.

A Cielo, por sua vez, não informa à imprensa nem o valor cobrado pelos aluguéis das máquinas nem quanto ganha com isso. Comerciantes entrevistados falam em alugueis de R$ 100.

Novos mercados. Os taxistas também estão aderindo aos pagamentos com cartão. Para eles, os aplicativos para celular que permitem pedir um táxi de qualquer lugar de cidade são de grande importância. Isso porque o cliente não tem só a facilidade de chamar um motorista apenas com um toque, mas também a de escolher só os que aceitam pagamento no cartão. Entre os taxistas cadastrados no Easy Taxi, um dos líderes entre os aplicativos do tipo, 44% já aceitam passar a fatura da corrida no débito ou no crédito.

A Rede e Cielo estão de olho agora justamente no comércio itinerante. A Rede está lançando o Mobile Rede, aparelho que poderá ser plugado em celulares e tablets. O Cielo Mobile, já presente no mercado, cobra R$ 11,90 por mês de seus clientes. Para compras feitas no débito, será descontado do comerciante 3,19%; no crédito à vista, 4,05%; e no parcelo, 6,99%. A empresa afirma ter hoje 25 mil clientes.

Quem saiu na frente neste ramo - e deve tomar cuidado para não ser atropelada pelas gigantes - é a PagPop. Líder no segmento de leitores de cartões em smartphones, teve faturamento de 1,5 milhão em 2012 e planeja salto de 567% neste ano, até os R$ 10 milhões.

Se tomarmos como critério de análise o rápido avanço no número de clientes, o planejamento não parece tão distante assim de se tornar realidade. Entre 2011 e 2012, o número de profissionais registrados subiu de 4 mil para 28 mil. Até 2016, a empresa sonha em ter 300 mil clientes cadastrados. E, embora a taxa cobrada por valor transacionado seja superior à das máquinas tradicionais de Rede e Cielo, a PagPop quer compensar no preço da mensalidade: R$ 19,90.


http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios-comercio%2cbrasileiro-ja-compra-ate-pastel-na-feira-com-cartao-de-credito%2c168668%2c0.htm

Fim do Windows XP faz bancos correrem para atualizar caixas
A três semanas do fim das atualizações no Windows XP, sistema operacional de computador, os maiores bancos privados do Brasil se mobilizam para atualizar seus caixas eletrônicos, que utilizam esse programa.

A Microsoft encerrará mundialmente o suporte no próximo dia 8. Sem o serviço, os equipamentos ficam vulneráveis a ataques de hackers e vírus, expondo os consumidores a risco de fraudes, de acordo com consultores ouvidos pela Folha.

"Mesmo que os consumidores sejam ressarcidos caso sejam vítimas de fraude, terão uma bela dor de cabeça", diz Ricardo Alem, gerente sênior da empresa de software Citrix. 



O Windows XP é o sistema mais usado nos caixas do mundo, de acordo com a empresa
de tecnologia bancária alemã Wincor Nixdorf, segunda maior fornecedora global.

No Brasil, que possui cerca de 190 mil equipamentos, apenas o Banco do Brasil e a Caixa (ambos públicos), entre os cinco maiores bancos, não usam o Windows –mas o Linux, que é um sistema aberto, gratuito.

Para Marcos Birocchi, especialista em softwares da Wincor Nixdorf, os bancos têm de correr contra o tempo.

"Cada caixa precisa ser atualizado individualmente por uma equipe técnica. Não é possível fazer o trabalho remotamente", afirma.

O custo da operação é outro problema. Segundo a Folha apurou, os bancos podem ter de desembolsar cerca de R$ 200 pela atualização de cada caixa eletrônico, sem considerar o valor da licença do Windows 7, por exemplo.

Esta versão do programa da Microsoft é a alternativa que mais se adapta aos equipamentos, segundo consultores e bancos, e a que tem sido procurada por algumas instituições brasileiras, como o Bradesco.

Para um banco como o Bradesco, com cerca de 34 mil caixas, a despesa seria de, no mínimo, R$ 6,8 milhões.

De acordo com técnicos em manutenção de caixas eletrônicos, há ainda um valor adicional para fazer a chamada "sangria dos equipamentos", ou seja, retirar o dinheiro da máquina para a alteração do sistema. É que o processo de mudança exige a abertura do cofre, que precisa estar vazio.

No caso de um caixa eletrônico fora da agência, afirmam os técnicos, a retirada do dinheiro precisa ser feita por carro-forte, um meio caro de transporte de valores.

O Santander informou que a atualização dos caixas já está em andamento e que solicitou à Microsoft a prorrogação do suporte ao Windows XP até que o trabalho se conclua.

O Bradesco disse que está em processo de implantação do Windows 7, mas não informou quando a operação será concluída. E o Itaú Unibanco afirmou que está trabalhando na migração de sistemas e que a segurança dos clientes não será comprometida.


http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2014/03/1427558-bancos-tem-21-dias-para-atualizar-caixas.shtml