sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

7 dicas de como cobrar clientes e evitar a inadimplência.

by Clico



A inadimplência pode ser causada por diversos fatores: a insatisfação do cliente por ver que o serviço contratado não foi entregue como o combinado, esquecimento da data do pagamento, o cliente não se organizou financeiramente para liquidar todos os valores devidos, dentre outros motivos. Hoje darei algumas dicas de como cobrar um cliente, evitar a inadimplência e não estragar sua relação comercial com essas pessoas e empresas.

A primeira coisa a ser considerada é que, infelizmente, a inadimplência é um problema e somente as empresas que possuem apenas a forma de pagamento à vista como opção é que poderão evitá-la (mas isso implica em abrir mão de conquistar outros bons clientes por conta dessa restrição). Apesar de ser um problema inevitável, temos mecanismo para diminuir a taxa de inadimplência. Então, vamos às dicas:
 

Conheça e atenda bem seus clientes
Uma vez que o cliente encontrou um parceiro (e não mero fornecedor) que entenda e atenda suas necessidades dentro do prazo estabelecido e com um preço justo, dificilmente ele sentirá necessidade de encontrar outro fornecedor. Afinal, há custos e riscos envolvidos na seleção. Por exemplo: ele gastará tempo para fazer novas pesquisas, pedir evidências de que o produto e o novo fornecedor são bons e ainda há o risco de atraso nas entregas, entre outros. Enfim, existe um gasto de tempo e até de dinheiro ao romper a relação com um bom parceiro de negócios. Por isso, cultivar uma boa relação com eles e atendê-los bem é importante para fidelizá-los.
 

Tenha um pós-vendas
Sua equipe pode agendar um contato (via telefone) com seu cliente alguns dias antes do vencimento do primeiro pagamento, pesquisando sua satisfação e reforçando o prazo. 


Algumas perguntas podem ser feitas, como, por exemplo:
  • O serviço prestado está de acordo com o que você esperava?
  • Você foi bem atendido pelo nosso técnico/especialista ou vendedor?
  • Você acredita que precisa de algum reparo no serviço prestado?
  • As condições estão boas para você? Caso a resposta seja negativa, é possível sugerir uma nova forma, com outras cláusulas.
Com certeza, seu cliente vai ficar impressionado com a eficiência de sua empresa e você saberá as intenções do cliente em pagar ou não pelo serviço e poderá tomar algum tipo de atitude.

Utilize boletos para cobrar os clientes
Boletos facilitam a identificação do pagamento em sua conta, inibem o atraso por parte dos clientes (pois podem conter instruções sobre cobrança de juros e multa) e são um documento que pode ser enviado como título para protesto. Certamente, seu cliente se esforçará ainda mais para manter os pagamentos em dia.
 

Use a tecnologia
Tenha um controle rígido sobre os vencimentos e recebimentos das parcelas, seja por meio de um software de gestão empresarial ou por uma planilha. Isso permite que você tome ações imediatamente e evita uma inadimplência prolongada.
 

Mas como cobrar um cliente que já estiver inadimplente?
 

Separei 3 dicas de como cobrar um cliente que já está inadimplente sem deixá-lo constrangido:
 

Faça o primeiro contato por e-mail
Se o seu cliente já está com o pagamento atrasado, faça o primeiro contato por e-mail e de maneira formal. É um meio impessoal de cobrança e seu cliente não se sentirá constrangido. Às vezes, o atraso ocorreu por uma desorganização do cliente e, após ler seu e-mail, ele entrará em contato para regularizar a situação ou pagará a dívida.
 

Faça a cobrança
Se o primeiro contato por e-mail não surtiu resultado, entre em contato por telefone e negocie com seu cliente. É importante que você já tenha em mãos algumas alternativas para oferecer, assim o cliente não terá muitas “desculpas” para não aceitar uma delas e cumprir com sua obrigação de efetuar o pagamento.
 

Descubra o que causou o atraso no pagamento
Falha na entrega do serviço, mercadoria com defeito, desorganização e problemas com o fluxo de caixa do cliente? Sabendo a causa do atraso, você terá diversas maneiras de auxiliá-lo e ele perceberá que você não o está cobrando, mas ajudando-o a resolver o problema. Nesse momento, ele passará a enxergá-lo como parceiro e a questão do atraso ficará a um passo de ser solucionada.

Tenho certeza que, se você colocar essas dicas em prática, a rentabilidade do seu negócio aumentará e a inadimplência cairá. Conte nos comentários como você faz para diminuir a inadimplência de sua empresa e continue acompanhando os conteúdos do blog!

http://www.guiaempreendedor.com/7-dicas-de-como-cobrar-clientes-e-evitar-a-inadimplencia/

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Copom inicia hoje reunião para definir taxa Selic.

Com a inflação em queda e a economia em recuperação, a expectativa é de continuidade no ciclo de cortes da Selic.


Por Agência Brasil 



Banco Central: autoridade monetária iniciou o ciclo de reduções na Selic em outubro do ano passado (Adriano Machado)

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) inicia hoje (21) a segunda reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13% ao ano. Instituições financeiras, consultadas pelo BC, esperam por mais um corte de 0,75 ponto percentual, como ocorreu em janeiro deste ano.

O BC iniciou o ciclo de reduções na Selic em outubro do ano passado, com um corte de 0,25 ponto percentual para 14% ao ano. Esse foi o primeiro corte em quatro anos. Na última reunião de 2016, em novembro, houve novo corte de 0,25 ponto percentual. Com a inflação em queda e a economia em recuperação, a expectativa é de continuidade no ciclo de cortes da Selic. Para o mercado financeiro, a taxa encerrará 2017 em 9,5% ao ano.

A Selic é um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação.

A reunião do Copom ocorre em dois dias. Hoje (21), pela manhã o presidente do BC, Ilan Goldfajn e os diretores fazem a análise de mercado. À tarde é feita a análise de conjuntura. No segundo dia de reunião, após análise da perspectiva para a inflação e das alternativas para a Selic, a diretoria do BC define a taxa.


http://exame.abril.com.br/economia/copom-inicia-hoje-reuniao-para-definir-taxa-selic-3/

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Como reduzir a inadimplência em seu negócio? 

O paulista Ricardo Souza, sócio da agência de turismo Totum Viagens, pediu ajuda a Exame PME para reduzir o número de pagamentos que recebe em atraso. Veja cinco recomendações que podem diminuir o risco de inadimplência.

 

Por Thaís Ferreira


Ricardo Souza, sócio da agência de turismo Totum Viagens: há dois anos a empresa teve problemas com a inadimplência. (Daniela Toviansky / EXAME PME)

São Paulo – Não receber um pagamento no dia marcado, além de ser um aborrecimento, pode colocar em risco a saúde financeira de uma empresa. “Os atrasos podem atrapalhar o fluxo de caixa e, em alguns casos, o dono precisa recorrer a empréstimos”, diz Márcio Iavelberg, sócio da consultoria Blue Numbers.

Ricardo Souza, de 39 anos, sócio da agência de turismo Totum Viagens, conviveu com esse problema. Em 2012, uma empresa ficou devendo 2 milhões de reais para a Totum. Por isso, ele recorreu a Exame PME para saber como evitar a inadimplência ao vender para outras empresas. Veja o que os especialistas recomendaram.

Ficha Limpa
O primeiro passo é consultar os serviços de análise de crédito para saber como anda a situação financeira do cliente. O empreendedor pode escolher entre diversos serviços. O mais simples é a consulta de cheques, que mostra se a empresa tem histórico de cheques sem fundo, sustados, roubados e extraviados.
Outro serviço é a consulta ao crédito, que revela pendências de pagamentos, protestos e participação dos sócios em outros negócios. A ferramenta mais completa é a de gestão de crédito (custa em torno de 30 reais por consulta), que monitora a carteira de clientes de uma empresa e aponta uma estimativa em pontos de quanto ela consegue honrar suas dívidas.
Atenção: É comum uma empresa fazer a consulta ao crédito antes de fechar o primeiro negócio e achar que está segura em futuras transações. O serviço mostra a situação da empresa naquele momento, mas esse retrato pode mudar. “Fique alerta e faça uma nova consulta quando achar prudente”, diz Daniela Falcão, da consultoria DFalcão.

Investigação
Outra fonte de informação é a internet. Numa busca online é possível descobrir pistas sobre a situação da empresa — verificar se há reclamações de clientes, conhecer a trajetória profissional dos sócios e ver imagens do escritório e das fábricas, por exemplo.
“Por meio de uma pesquisa na internet, descobri que uma empresa que se dizia de grande porte estava localizada numa pequena casa de um bairro residencial”, diz Souza. “Desconfiei e não fechei negócio.”
Atenção: Uma busca online é um bom recurso para clientes distantes, mas não substitui a visita presencial. “É possível descobrir se um negócio vai bem das pernas observando suas instalações e conversando com os funcionários”, diz Iavelberg.

Histórico
“Saber diferenciar os maus e os bons pagadores é fundamental para os negócios”, afirma Roberto Navarro, fundador do Instituto Coaching Financeiro. Para isso, é necessário ter um histórico de pagamentos. “O controle pode ser feito numa planilha ou em um software”, afirma Daniela, da DFalcão.
Os dados ajudam a separar quem sempre pagou direitinho, mas atrasou uma vez ou outra por problemas momentâneos, daqueles que realmente são inadimplentes de carteirinha. As informações são importantes para definir qual é a melhor estratégia de negociação em cada caso.
Atenção: Avalie quanto vale a pena manter um cliente que só dá dor de cabeça. “Em algumas situações, é melhor perder um contrato agora do que ter de enfrentar um processo judicial mais tarde”, diz Iavelberg.

Pagamentos
Uma das recomendações que ajudam a diminuir a inadimplência em empresas que já têm um fluxo de caixa mais complexo é definir uma política de pagamentos que premie os bons pagadores com descontos e parcelamentos mais flexíveis. E o oposto também.
“Além das multas legais por atraso no pagamento, a empresa pode reduzir o parcelamento para os inadimplentes e até negociar para receber antes da entrega do produto ou serviço”, diz Navarro.
Atenção: Não trate todos os devedores da mesma forma.“Procure saber o motivo do atraso nos pagamentos e, se possível, ofereça alternativas, como uma mudança na data de vencimento da fatura”, diz Daniela.

Cobrança
“Quanto maior é o atraso, mais distante fica a possibilidade de um inadimplente quitar a dívida”, afirma Iavelberg. É importante cobrar o pagamento desde o primeiro dia de atraso e continuar lembrando constatemente o cliente sobre a dívida. No entanto, existem leis que precisam ser seguidas.
O devedor não pode ser constrangido de nenhuma forma. “A notificação não pode conter ameaças, e a dívida não pode ser exposta a terceiros”, afirma Daniela.
Atenção: Quando as dívidas se prolongam durante muito tempo, o mais indicado é oferecer um abatimento. “Às vezes é melhor receber parte do pagamento do que arcar com o prejuízo integral”, diz Iavelberg. 


http://exame.abril.com.br/pme/como-reduzir-a-inadimplencia/

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Menos endividadas, empresas devem retomar crédito este ano.
 

Estudo do Santander prevê alta de empréstimos, graças a juro menor.
Por
Apesar do ceticismo do mercado, o caminho para novos empréstimos não está totalmente obstruído - O Globo
 

SÃO PAULO - O cenário de dificuldades de caixa e calotes em série de empresas, que derrubou os balanços dos bancos em 2016, pode estar começando a ficar para trás. Estudo do banco Santander avalia que a aceleração da queda dos juros permitirá que as companhias reduzam mais rapidamente seus níveis de endividamento, o que abriria caminho para que elas voltassem ao mercado de crédito ainda este ano, antes do que projetam os analistas.

Autor do estudo, o economista Everton Gomes afirma que, apesar do ceticismo do mercado, que entende que o endividamento ainda alto das companhias as impede de voltar a buscar crédito, o caminho para novos empréstimos não está totalmente obstruído.
— Os juros muito elevados fazem as empresas comprometerem muito o faturamento para pagar o serviço da dívida. E, quando os juros caem, o impacto é muito grande, especialmente aqui no Brasil — diz.
Gomes estima que o total de empréstimos no país voltará a subir este ano, embora talvez não ainda em termos reais. Mas deve acelerar em 2018.

RETOMADA POR PESSOAS FÍSICAS
O Santander projeta um avanço médio de 3,4% do crédito no sistema financeiro este ano, ainda abaixo da inflação, que deve ficar em torno de 4,5%. No mercado, os analistas são mais cautelosos em relação à retomada do crédito pelas empresas.

O economista-chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi, ressalva que 2016 terminou melhor em termos de indicadores de inadimplência para pessoas físicas do que para as empresas. Os dados da Serasa mostram que, em dezembro, havia 59,6 milhões de pessoas inadimplentes no país frente aos 60,4 milhões de janeiro de 2016.
Entre as empresas, os dados da Serasa mostram tendência contrária. Eram 4 milhões de empresas inadimplentes em janeiro do ano passado — número que atingiu 4,6 milhões em dezembro.


— Acredito que o crédito não vai crescer em termos reais este ano. Deve ficar próximo de zero. Mas a retomada virá pelas pessoas físicas, segmento em que as coisas começam a se normalizar, e as pessoas podem voltar a tomar empréstimos — explica Rabi.
Nos bancos privados, o Santander estima que o crédito deve avançar 6% no ano, enquanto nos públicos a estimativa é de expansão de apenas 1%, em razão da menor oferta pelo BNDES.

No Itaú, a previsão é que os empréstimos fiquem estáveis ou cresçam 4%, na melhor das hipóteses, enquanto no Bradesco a estimativa é de elevação entre 1% e 5%. O Santander não divulga projeções de crescimento de sua carteira.
No estudo, para embasar sua tese de uma retomada mais célere, o economista do Santander destaca, ainda, o fato de que, no Brasil, o total de empréstimos ao setor privado, como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), é muito menor que em outros países.
Enquanto no Japão, por exemplo, o crédito ao setor privado representa 194% do PIB, e na China, 155%, no Brasil essa relação é de 68%. Por isso, afirma Gomes, o processo de desalavancagem aqui é mais curto. Dessa forma, com os juros caindo mais rapidamente, as empresas terão mais facilidade de renegociar dívidas, a taxas menores.
Gomes lembra que, com a recessão estancada e a retomada gradual da economia, a geração de caixa das empresas tende a melhorar, e, na esteira desse movimento, os investimentos podem ser retomados. O Santander projeta expansão de 0,7% no PIB este ano, com alta de 3,5% nos investimentos.
— Com a melhora da atividade econômica, a confiança das empresas e dos consumidores deve aumentar, em resposta também à inflação mais baixa e às taxas de juros decrescentes — diz o economista.

Rabi, da Serasa Experian, concorda que a queda de juros deve ajudar as empresas a renegociarem suas dívidas em condições melhores, mas lembra que uma empresa inadimplente tem pelo menos 11 credores, entre bancos, fornecedores de matéria-prima e prestadores de serviços, e que apenas 25% das suas dívidas são junto às instituições financeiras:
— Com juros baixos, fica mais fácil renegociar dívidas. Mas, enquanto as pessoas físicas inadimplentes têm, em média, quatro credores, as empresas têm onze, o que pode dificultar o processo.

CENÁRIO POSITIVO À FRENTE
Para o economista Sergio Vale, da MB Associados, a queda dos juros e da inflação é essencial para dar fôlego às empresas este ano:
— A queda de inflação amplia o poder de compra da população, e a queda de juros permite que as empresas possam renegociar dívidas. Isso não impede que algumas empresas ainda enfrentem dificuldades e entrem em recuperação judicial, mas o pior parece ter passado.

A diferença, ressalta Vale, é que o cenário para a economia é positivo à frente, ao contrário do que ocorreu ao longo dos últimos dois anos.
— As condições estarão muito mais favoráveis para a volta do crédito no segundo semestre do ano, ainda em bases fracas, mas certamente em início de recuperação — completa.

http://oglobo.globo.com/economia/menos-endividadas-empresas-devem-retomar-credito-este-ano-20910415

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Inadimplência tem pico no Bradesco, mas mostra sinais de melhora. 

Para se proteger dos calotes, a provisão do Bradesco chegou a R$ 5,5 bilhões no fim do ano.

 

Por Karin Salomão


Bradesco: "A inadimplência está no pico, agora. Mas vamos começar a ver uma melhora", disse diretor

São Paulo – O Bradesco enfrenta seus maiores níveis de inadimplência nos últimos dois anos. O índice dos não pagamentos há mais de 90 dias subiu para 5,5%, por conta da crise econômica, falência e recuperação de empresas e do desemprego. Em março de 2015, esse número era de 3,6%.
As micro, pequenas e médias empresas são as que mais sofreram: a inadimplência entre esse grupo é de 8,62%. Para se proteger dos calotes, a provisão do Bradesco chegou a R$ 5,5 bilhões no fim do ano, 10,4% de suas operações de crédito. Esse valor é suficiente para cobrir 206,8% das perdas esperadas.
Um cliente específico, que o banco não revelou qual seria, causou um aumento no provisionamento de R$ 1,2 bilhão no primeiro semestre de 2016, o que foi divulgado hoje.
Estas despesas afetaram os ganhos do banco. Em 2016, o lucro líquido ajustado do Bradesco foi a R$ 17,121 bilhões em 2016, queda de 4,2% em relação a 2015, de R$ 17,873 bilhões. A carteira de crédito expandida do Bradesco também sofreu uma queda em relação ao trimestre anterior, de 1,3%.
 

Futuro otimista
Esses números, porém, tendem a melhorar nos próximos trimestres, afirmou Carlos Firetti, diretor de relações com o mercado do Bradesco.
“A inadimplência está no pico, agora. Mas vamos começar a ver uma melhora”, disse. Segundo ele, a inadimplência no curto prazo, já começa a dar sinais de melhora.
Com a queda nos calotes, também diminuem as provisões feitas pelo banco, o que deve acontecer no fim deste ano.
Com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de cortar a taxa básica de juros de 13,75% para 13%, diversos bancos também anunciaram cortes em suas taxas de juros. Firetti afirma, no entanto, que essa decisão não irá afetar os ganhos da empresa. Com um ambiente econômico mais favorável, a carteira de crédito deverá voltar a crescer e a inadimplência tende a cair.
 

Banco digital
Com o avanço da tecnologia no mercado financeiro, os bancos tradicionais precisam se atualizar.
As chamadas fintechs, startups do setor financeiro, que oferecem cartões sem anuidade, controle de gastos e a possibilidade de resolver tudo pelo celular, obrigaram os líderes do setor a se modernizarem.
Por isso, o Bradesco está criando um novo banco, totalmente digital. Ele deverá entrar em operação ainda esse semestre. A ideia é atrair o público jovem, de 25 a 35 anos, que já tem uma relação diferente com o setor financeiro.
O banco também incentiva o uso de agências digitais entre os clientes que já realizam a maior parte de suas transações por meios eletrônicos.


http://exame.abril.com.br/negocios/inadimplencia-tem-pico-no-bradesco-mas-mostra-sinais-de-melhora/

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Handbook amplia lista de varejistas em recuperação judicial.
 

Rede paulistana de moda jovem acaba de engrossar a lista das varejistas que precisam renegociar suas dívidas com credores.

Por Estadão Conteúdo


Handbook: dívida soma R$ 62,6 milhões, pouco abaixo do faturamento do grupo em 2016, de R$ 62,8 milhões (Facebook/Handbook/Reprodução) 


São Paulo – A rede paulista de moda jovem Handbook acaba de engrossar a lista de varejistas que precisaram recorrer à recuperação judicial por causa da retração nas vendas do comércio.
Diante das dificuldades, nada menos que 611 companhias do setor tiveram de pedir recuperação no ano passado, segundo a Serasa Experian. Trata-se de um número 51% maior do que o registrado em 2015.
A Handbook entrou com pedido de recuperação judicial na quarta-feira, na 1.ª Vara de Falências e Recuperação judicial da capital paulista. A dívida soma R$ 62,6 milhões, pouco abaixo do faturamento do grupo em 2016, de R$ 62,8 milhões. Entre os maiores credores da varejista estão os bancos Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil e grupos de shoppings, como BR Malls e Multiplan.
Criada há 25 anos em São Paulo, a Handbook está presente também em shoppings de Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Ceará e Distrito Federal. A companhia, ao pedir recuperação, seguiu várias outras do setor. Essa lista inclui GEP e Barred’s (de confecções); a B-Mart (brinquedos); e Darom Móveis e Eletrosom (móveis e eletrodomésticos).
Algumas empresas do ramo estão conseguindo evitar a recuperação judicial ao negociar a dívida diretamente com credores, sem a mediação da Justiça. É o caso da camisaria Colombo, que tem uma dívida de cerca de R$ 1,5 bilhão. O presidente da Colombo, Warley Pimentel, explicou que a negociação direta é facilitada quando a dívida está concentrada em poucos credores – o que é raro em empresas de menor porte.
Para o consultor Marcos Gouvêa de Souza, da GS&MD, a crise econômica foi particularmente prejudicial para pequenas e médias empresas, mais dependentes de crédito. “A recuperação que se verá pela frente será lenta e cautelosa.”

 

Dificuldades
Entre os problemas que afetaram a Handbook, que tem estrutura verticalizada de produção e criação, estão a queda nas vendas e os altos custos. Com o dólar mais alto, a vantagem econômica que a empresa ganhou ao transferir boa parte de sua produção do Brasil para a China se dissipou. Diante dos problemas, a companhia fechou lojas nos últimos meses não rentáveis – o total de unidades caiu de 51 para 37 – e mudou a estratégia de seu negócio.
De acordo com Sergio Setrak Zeitunlian, dono da Handbook, a companhia vai tentar se transformar em uma loja âncora para os shopping centers. A primeira experiência neste formato foi aberta em Goiânia, no fim de 2016. Além de roupas, a Handbook concentrará, nesses espaços, parceiros que venderão óculos, bijuterias e roupas de ginástica, por exemplo. “Uma loja âncora atrai muito mais consumidores, o que se reflete em vendas maiores.” A reestruturação da Handbook é assessorada pelo advogado Bruno Kurzweil, sócio do Thomaz Bastos, Waisberg e Kurzweil Advogados.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

http://exame.abril.com.br/negocios/handbook-amplia-lista-de-varejistas-em-recuperacao-judicial/