terça-feira, 29 de novembro de 2016

Inadimplência de empresas desacelera em outubro.

Região Nordeste lidera a alta dos atrasos em nome de pessoas jurídicas.
Maior crescimento no nº de empresas devedoras é do setor de serviços.


Do G1, em São Paulo

O crescimento do número de empresas inadimplentes desacelerou em outubro em relação ao mês anterior, porém, segue apresentando taxas expressivas. De acordo com o indicador calculado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a alta foi de 7,27% na comparação com outubro do ano passado - em setembro a variação anual havia sido de 9,61%.

Além do aumento no número de empresas inadimplentes, houve também crescimento da quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas: 7,49% maior em outubro frente ao mesmo mês de 2015.

Regiões
Os dados levam em consideração todas as regiões brasileiras, incluindo o Sudeste. Segundo o indicador, a região em que mais aumentou o número de empresas inadimplentes no último mês foi o Nordeste, com avanço de 10,24% na comparação com igual período de 2015. Em seguida aparece o Norte, que registrou avanço de 9,62%, o Sul (6,8%), o Centro-Oeste (6,7%) e o Sudeste (5,65%).


Setores

De acordo com o indicador do SPC Brasil, no mês de outubro, o principal crescimento do número de empresas inadimplentes foi no setor de serviços, com variação de 10,40%. Em seguida, aparecem a indústria (7,38%), o comércio (6,30%) e a agricultura (-9,73%).

Com relação ao crescimento de dívidas de pessoas jurídicas pelo setor credor, ou seja, para quem as empresas estão devendo, o comércio aparece com a maior alta (12,86%), seguido pela indústria (9,85%). Completam o ranking de setor credor o segmento de serviços, que engloba bancos e financeiras (6,31%) e de agricultura (0,12%).

Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, ainda que o ambiente de maior restrição do crédito faça com que a inadimplência cresça com menos força, a recessão econômica afeta diretamente a capacidade das empresas de honrar seus compromissos, efeito que se soma aos juros elevados que encarecem o custo do capital. “Depois de acelerar no segundo semestre de 2015, a inadimplência de pessoas jurídicas voltou a desacelerar a partir março de 2016. Admitindo-se que a recuperação da economia se inicie no próximo ano e que o mercado de crédito ainda levará algum tempo até mostrar expansão novamente, a inadimplência das empresas, mesmo que continue crescendo, deverá manter a tendência de desaceleração em 2017”, explica Pinheiro.



http://g1.globo.com/economia/pme/noticia/2016/11/inadimplencia-de-empresas-desacelera-em-outubro.html

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Cai acesso de micro e pequenas empresas a créditos bancários.
 
Inadimplência desse grupo saltou de 3,1% para 8% em dois anos. 

 
por Renan Xavier*
21/11/2016 20:06


BRASÍLIA - O Banco Central divulgou nesta segunda-feira que diminuiu o acesso de micro e pequenas empresas a créditos bancários nos últimos dois anos. De julho de 2014 a agosto deste ano, a proporção de pequenos negócios com operações de crédito caiu de 43% para 39%. O levantamento foi feito em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

No mesmo período, a inadimplência dessas empresas subiu de 3,1% para 8%. Nesse dado são levados em conta os atrasos superiores a três meses. Já a taxa média de juros paga pelas micro e pequenas empresas passou de 25% ao ano para 43%. Segundo as organizações, os dados refletem a evolução do ciclo econômico no país, que tem enfrentado recessão econômica.

MUTIRÃO PARA RENEGOCIAÇÃO
Para evitar que esses índices piorem, o Sebrae deve fazer uma espécie de "mutirão" para a renegociação de débitos das micro e pequenas empresas. O diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do BC, Isaac Sidney Ferreira, disse em nota que é necessário um guia de educação financeira para essas empresas. "A educação financeira das MPE é fundamental para que as decisões que envolvam endividamento sejam conscientes e principalmente para que as empresas tenham maior resistência a enfrentar momentos adversos", informou.

O levantamento cruzou informações de aproximadamente três mil pequenos negócios. Os pequenos negócios correspondem a 98,5% das empresas do país.
Os dados foram divulgados no II Fórum de Cidadania Financeira, realizado na capital federal. Durante o evento, o BC anunciou que irá monitorar a situação de exclusão financeira social no país. O diagnóstico, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), será feito através do Cadastro Único para Programas Sociais, o CadÚnico.

*Estagiário sob supervisão de Eliane Oliveira


http://oglobo.globo.com/economia/cai-acesso-de-micro-pequenas-empresas-creditos-bancarios-20513539

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Bancos brasileiros fazem segunda maior reserva para calote em 10 anos.

Itaú, BB, Bradesco e Santander somaram provisões de R$ 22,76 bi no 3º tri.
Aumento da inadimplência justifica movimento, que reduziu lucro de bancos.

Cédulas de real. notas, dinheiro, reais, cotação, câmbio, valor, economia. -HN- (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)
Provisão para Devedores Duvidosos dos quatro maiores bancos do país é a segunda maior em 10 anos. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)
 
Com o avanço das taxas de inadimplência, os maiores bancos do país reservaram uma parte maior de recursos para arcar com calotes nas operações de crédito. Bradesco e Itaú creditaram parte de sua redução de lucros no terceiro trimestre deste ano ao aumento das provisões.

Nos balanços de Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander, há um aumento nos montantes da chamada Provisão para Devedores Duvidosos (PDD) – uma espécie de “fundo” que os bancos deixam reservado para se proteger em caso de possíveis calotes de seus clientes.
 

 

As provisões feitas pelos quatro bancos de julho a setembro somaram R$ 22,76 bilhões. O volume, 14% superior ao observado no trimestre anterior, é o segundo maior dos últimos dez anos. Os números são da provedora de informações financeiras Economatica.


O montante mais alto desde 2006 havia sido informado um ano atrás, no terceiro trimestre de 2015, quando atingiu R$ 27,73 bilhões. Foi no trimestre anterior daquele ano que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro recuou 1,9%, e o país entrou em recessão técnica.

“Temos um processo de retroalimentação. Os agentes financeiros aumentam a taxa de juros dos empréstimos ao incorporarem o risco do não recebimento de seus devedores duvidosos. Este movimento, por sua vez, encarece os empréstimos a famílias e empresas. Por fim, potencializa mais a inadimplência”, disse o economista Marcos Pedro, professor de finanças e coordenador da Trevisan Escola de Negócios – RJ.


 

Agência do Bradesco no centro do Rio de Janeiro (Foto: REUTERS/Pilar Olivares) 
Bradesco foi o banco que mais reservou dinheiro para possíveis calotes (Foto: REUTERS/Pilar Olivares)
 
O Bradesco, que divulgou o balanço do terceiro trimestre nesta quinta-feira (10), registrou a maior taxa de inadimplência entre os bancos. De 3,8% em setembro de 2015, o índice subiu para 5,4% um ano depois. Desconsiderando a inclusão do HSBC, comprado em julho de 2016, o Bradesco diz que sua taxa seria de 5,2%. Com isso, o banco acabou reservando o maior valor entre as instituições: R$ 7.468.222.
Na sequência, aparece o Itaú Unibanco. A taxa passou de 3% para 3,9%. Apesar de ter registrado o segundo maior índice, a provisão para créditos não foi a segunda entre os bancos. A provisão somou R$ 5.181.783.
O Banco do Brasil também viu o perfil da sua carteira piorar de novo, com o índice de inadimplência acima de 90 dias subindo 3,51%, ante 2,06% um ano antes. O total de provisão do banco foi o segundo mais alto entre os bancos e chegou a R$ 4.615.888.

A inadimplência no Santander também ficou acima de 3% no terceiro trimestre. De 3,2% em setembro de 2015, a taxa passou para 3,5%.  Por se tratar de um banco menor que os outros privados e estatais, a instituição reservou R$ 3.579.362 para créditos duvidosos.


Caixa Econômica Federal
Nesta segunda-feira (14), o balanço da Caixa Econômica Federal mostrou que no terceiro trimestre, a inadimplência dos clientes também cresceu, de 3,2% no final de junho, para 3,48%, em setembro.

Ao contrário dos demais bancos, que elevaram as provisões contra calote no terceiro trimestre do ano, a Caixa reduziu as reservas. O valor das provisões somou R$ 5,1 bilhões no trimestre, recuo de 18,4% em relação ao mesmo período de 2015.
Apesar de ter divulgado suas informações financeiras, o banco não entrou no levantamento da Economatica porque não tem capital aberto, ou seja, não possui ações negociadas na bolsa brasileira.

Inadimplência
Em setembro, a taxa de inadimplência dos clientes bancários pessoas físicas e das empresas, nas operações com recursos livres (exclui crédito imobiliário, rural e do BNDES), voltou a subir e atingiu 5,89%. Foi o maior patamar desde o início da série histórica do Banco Central, em março de 2011.


http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2016/11/bancos-brasileiros-fazem-segunda-maior-reserva-para-calote-em-10-anos.html

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Lucro líquido do Bradesco cai 21,5% no 3º tri; inadimplência sobe. 

Resultado ficou em R$ 3,236 bi, mas é o primeiro que considera a aquisição do HSBC; lucro ajustado foi de R$ 4,462 bi, recuo de 1,6% sobre um ano antes. 



Pessoas passam em frente à agência do banco Bradesco no centro de São Paulo
Foto: Reuters


SÃO PAULO - O Bradesco, segundo maior banco privado do país, anunciou nesta quinta-feira que teve lucro líquido de 3,236 bilhões de reais no terceiro trimestre, queda de 21,5 por cento ante mesma etapa de 2015.
Na métrica ajustada, o lucro do período foi de 4,462 bilhões de reais, recuo de 1,6 por cento sobre um ano antes. O resultado incluiu pela primeira vez os números do HSBC no Brasil, aquisição que o Bradesco concluiu no início de julho. A carteira de crédito da instituição fechou setembro em 521,77 bilhões de reais, um aumento de 10 por cento em 12 meses. 


O índice de inadimplência acima de 90 dias subiu para 5,4 por cento no período, ante 4,6 por cento no trimestre anterior e 3,8 por cento em igual etapa de 2015.
De julho a setembro, a despesa do Bradesco com provisão para perdas esperadas com calotes atingiu 5,742 bilhões de reais, aumento de 49,1 por cento em 12 meses, número fortemente influenciado por maiores provisões para a carteira do HSBC.
O banco teve rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido de 17,6 por cento no período, queda de 3,1 por cento sobre um ano antes.

(Por Aluísio Alves)
Reuters


http://www.dci.com.br/financas/lucro-liquido-do-bradesco-cai-21,5--no-3%C2%BA-tri;-inadimplencia-sobe-id586633.html

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Inadimplência no Brasil fica em 5,9% em setembro, diz BC.

Nível de inadimplência no Brasil ficou em 5,9% em setembro, maior nível desde o início da série histórica do BC, em 2011.

 

Por Reuters 



Inadimplência: o dado de agosto foi revisado de 5,7% para os mesmos 5,9% de setembro (David Sacks / ThinkStock/)

Brasília – A inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres repetiu em setembro o nível de 5,9 por cento, maior patamar da série histórica iniciada pelo Banco Central em março de 2011, divulgou a autoridade monetária nesta quarta-feira, após revisar a inadimplência de agosto de 5,7 para 5,9 por cento.

O estoque total de crédito no país, que inclui também o segmento de recursos direcionados, recuou 0,2 por cento em setembro sobre o mês anterior, a 3,110 trilhões de reais, ou 50,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).


http://exame.abril.com.br/economia/inadimplencia-no-brasil-fica-em-59-em-setembro-diz-bc/