segunda-feira, 28 de março de 2016

Bancos se preparam para supercalotes por conta da crise.

Thinkstock
homem cansado em frente ao computador, dívidas, trabalho, estresse, 
 
Mariana Desidério, de EXAME.com

São Paulo – Os bancos que atuam no Brasil estão se preparando para um aumento na inadimplência, por conta do mau desempenho da economia. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, os cinco maiores bancos do país separaram R$ 148 bilhões para cobrir os calotes levados em 2015 e se preparar para os esperados em 2016.
Desse montante, R$ 23 bilhões estão reservados para cobrir a inadimplência de clientes que hoje pagam em dia, informa o jornal. Desses “calotes potenciais”, a expectativa principal envolve contas de grandes empresas.
De acordo com a previsão da agência Fitch Ratings o PIB do país deve cair 4,5%, e a recessão deve levar a um aumento dos pedidos de recuperação judicial. 

http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/bancos-temem-supercalotes-por-conta-da-crise

sexta-feira, 18 de março de 2016

Inadimplência e falência em patamar recorde marcam ano de empresas na crise.
Companhias mostram mais dificuldades em conter custos em meio à recessão.


Empresas sofrem mais para ajustar as contas em meio à recessão (Shutterstock)

SÃO PAULO – Com mais dificuldades para colocar as contas em ordem em tempos de crise, as empresas bateram recorde de pedidos de recuperação judicial e falência no ano passado e o pior ainda não passou. Com o aprofundamento da recessão, esses números vão se deteriorar ainda mais. 
No ano passado, os pedidos de recuperação judicial atingiram recorde histórico e patamar 51% superior ao observado em 2014. As falências requeridas saltaram 16,4%, segundo a Boa Vista Serviços. 
“2015 foi um ano que não acabou ainda, ele deve continuar em 2016”, afirma Flávio Calife, economista da Boa Vista Serviços. Ele explica que uma sequência de dados negativos impactou a capacidade de geração de receita pelas empresas no ano passado, especialmente com o menor apetite pelo consumo. 

“Ao mesmo tempo os custos não diminuíram - com o aumento da inflação e de juros. Os custos com o trabalhador também não diminuem. Quando se tem diminuição de receita e os custos não caem, o fluxo de caixa piora bastante”, afirma Calife. 
Com o fluxo apontando para o negativo, as empresas saem em busca de novas fontes de recursos. No entanto, a capacidade de pagamento também está menor, dificultando o acesso a um crédito que, quando obtido, sai muito caro. 
“A avaliação é que as empresas sofrem mais do que o consumidor, que colocou o pé no freio e parou de consumir, parou de comprar. As empresas não têm esse artifício, não podem parar de funcionar”, diz Calife, que vê continuidade do aumento da inadimplência e da falência.
“Ano passado tivemos recorde histórico de pedidos de recuperação e neste ano devemos superar o recorde anterior”, acrescenta Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, sem arriscar uma projeção. 
Os primeiros números de 2016 confirmam a tendência. Os pedidos de falência aumentaram 16% nos últimos 12 meses até o mês passado e avançaram 4,8% em janeiro em relação a mesmo mês de 2015. As solicitações de recuperação judicial cresceram 56,6% em 12 meses e saltaram 112,1% em janeiro ante mesmo período do ano passado.

 
Inadimplência e juros em alta 
Neste ambiente, a inadimplência das empresas continuará a crescer mesmo em um momento em que os bancos estão limitando o acesso ao crédito. 
“A média da inadimplência das empresas saiu de 3,4% para 4,5% e vai aumentar porque vamos ter nova recessão da economia em 2016”, afirma Rabi. 
De acordo com Calife, a inadimplência de pessoas jurídicas, considerando recursos livres, deve terminar o ano em 5%. Se confirmado, será o maior patamar da série histórica, iniciada em março de 2011.

Juros em ascensão
A taxa média de juros cobrados de pessoas jurídicas atingiu o maior patamar desde 2009 no fim do ano passado e continua avançando.


“As perspectivas são de piora. Todos os fatores que levaram a essa alta de juros estarão presentes e agravados ao longo de 2016, com a piora do cenário econômico e queda da renda das famílias”, destaca Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). 
Oliveira prevê elevação do spread, redução nos prazos de financiamento e, como consequência, do aumento da inadimplência das empresas. “Será um ano de muitas dificuldades”, afirma.

http://www.financista.com.br/noticias/inadimplencia-e-falencia-em-patamar-recorde-marcam-ano-de-empresas-na-crise

sexta-feira, 11 de março de 2016

Inadimplência sobe 10,5%, diz Boa Vista.

Daniel Acker/Bloomberg
Pagamento: cartões de crédito
Cartões: indicador de registro de inadimplência é elaborado a partir da quantidade de novos registros de dívidas vencidas e não pagas 

Álvaro Campos, do Estadão Conteúdo
 
São Paulo - A inadimplência do consumidor subiu 10,5% em fevereiro ante o mesmo mês de 2015, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC. No acumulado em 12 meses, a alta é de 3,0%. Já em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, houve queda de 8,7%.
"O aumento da desocupação no mercado de trabalho, a queda dos rendimentos, a elevação dos juros e a inflação elevada têm contribuído decisivamente para diminuição do orçamento das famílias, levando ao atraso nos pagamentos", dizem os analistas da Boa Vista em relatório. Segundo a empresa, após três anos de estabilidade a inadimplência dos consumidores agora dá sinais nítidos de que deve aumentar de forma considerável em 2016.
Na divisão por regiões geográficas, a maior alta na comparação anual foi no Nordeste (17,7%), seguido do Norte (16,1%), Centro-Oeste (12,3%), Sudeste (8,3%) e Sul (6,6%). Já na comparação mensal, o recuo mais forte foi no Nordeste (-10,7%), com Centro-Oeste (-9,7%), Norte (-9,6%), Sudeste (-8,9%) e Sul (-3,6%) na sequência.
O indicador de registro de inadimplência é elaborado a partir da quantidade de novos registros de dívidas vencidas e não pagas informados à Boa Vista SCPC pelas empresas credoras.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/inadimplencia-sobe-10-5-diz-boa-vista

quinta-feira, 10 de março de 2016

Baixo preço das commodities deve gerar inadimplência de empresas em 2016.

Reuters

CINGAPURA (Reuters) - Os baixos preços das commodities deverão levar a uma alta na inadimplência de empresas no início deste ano, e o setor de petróleo poderá ver mais campos serem fechados devido à falta de lucratividade, disseram analistas nesta quarta-feira. 


A inadimplência em dívidas no setor de commodities subiu nos primeiros dois meses de 2016 ante o mesmo período do ano passado, disse a agência de avaliação de crédito Moody's. "Dos 18 defaults desde o início do ano, metade foi no setor de commodities", disse Sharon Ou, vice-presidente e executiva sênior de crédito da Moody's.
 

Cinco dos defaults foram no setor de petróleo e gás, enquanto quatro foram em metais e mineração, disse ela. Além disso, mais campos de petróleo poderão fechar após o preço do petróleo tocar o patamar de entre 30 e 40 dólares, disseram analistas da Bernstein em nota.
"Com apenas dois meses de 2016, vimos que o acumulado em campos fechados já atingiu 60 mil barris por dia (bpd) e mais de 260 milhões de barris em reservas."
Os campos fechados incluem tanto reservas em terra como em águas rasas em Noruega, Colômbia, Brasil, China e Timor Leste, segundo os analistas.

(Por Florence Tan)
Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/economia/baixo-preco-das-commodities-deve-gerar-inadimplencia-de-empresas-em-2016-18836040.html#ixzz42VJiDOp5

quarta-feira, 2 de março de 2016

Porcentual de cheques sem fundos recua para 2,35% em janeiro. 
 
Michael Kooiman/Wikimedia Commons
Cheque
Cheque: em janeiro, houve queda de 16,3% na quantidade de cheques sem fundos e de 15,9% na de movimentados
 
Mário Braga, do Estadão Conteúdo

São Paulo - O porcentual de cheques devolvidos pela segunda vez por falta de fundos recuou na passagem de dezembro para janeiro de 2,37% para 2,35%, segundo a Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC). 
Em janeiro de 2015, a taxa estava em 2,02%. No primeiro mês do ano, o total de cheques movimentados ficou em 47,963 milhões e o de devolvidos em 1,129 milhão.
Em janeiro, houve queda de 16,3% na quantidade de cheques sem fundos e de 15,9% na de movimentados.
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O Indicador de Cheques Devolvidos da Boa Vista SCPC é a proporção de cheques devolvidos pela segunda vez por falta de fundos sobre o total de cheques movimentados, que engloba o montante de cheques compensados somados aos devolvidos.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/porcentual-de-cheques-sem-fundos-recua-para-2-35-em-janeiro