quinta-feira, 30 de julho de 2015

Atividade da indústria paulista apresenta queda de 3,3% no segundo trimestre.

Com resultados negativos em 14 setores, Fiesp espera piora do cenário nos próximos meses.

INA da indústria automotiva paulista encolheu 5,8% no segundo trimestre
INA da indústria automotiva paulista encolheu 5,8% no segundo trimestre
Foto: Fotos Públicas  
          
O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista registrou queda de 3,3% no segundo trimestre, segundo levantamento da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP e CIESP), divulgado nesta quinta-feira (30).
Com queda generalizada, atingindo 14 dos 20 setores analisados, a perspectiva é que o cenário piore, segundo Paulo Francini, diretor do departamento de pesquisas e estudos econômicos das entidades.
Com ajuste sazonal, o nível de atividade caiu 1,3% entre maio e junho. Na comparação sem ajuste, o indicador reduziu 2,9% sobre junho de 2014. No acumulado de 12 meses, encolheu 4,2%.
A indústria automotiva, que vem sofrendo quedas constantes, foi a mais afetada dentre todas as observadas no segundo trimestre, com variação negativa de 5,8%. Em seguida aparecem a indústria de derivados de petróleo e biocombustíveis, com queda de 4,8%, e de máquinas e equipamentos, com decréscimo de 4,1%.
Em ano difícil, com elevação da tarifa energética e de tributos, arrocho da política monetária e incerteza do cenário econômico, a perspectiva é que a indústria se enfraqueça nos próximos meses, observa Francini. "O mais dramático é que ao se olhar nos vários campos - na estrutura econômica, política, jurídica - que nos aguarda no futuro, percebe-se que vai piorar." Sobre o ano que vem, não há certezas, diz o diretor. "Se 2016 vai continuar caindo, isso só o tempo vai responder".

METALURGIA
Na metalurgia, apesar da alta no total de vendas reais (7,6%), o INA teve queda de 0,3% em junho contra maio, e o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) diminuiu 2,9%. Em relação a junho de 2014, o nível de atividade diminuiu 7,7%.
Embora o INA do setor moveleiro tenha sido positivo no segundo trimestre, em 2,6% com ajuste, caiu 5,1% em junho sobre maio. As vendas totais, na mesma relação, tiveram decréscimo de 9,6%. O Nuci do segmento ficou 0,9% menor na comparação mensal.
Apesar de também ter apresentado números negativos na variação do segundo trimestre, de 3,9%, a indústria farmacêutica teve crescimento de 5,2% nas vendas do período e alta de 2% na passagem de maio para junho. O Nuci ficou positivo em 0,2%. Porém, as entidades estão pessimistas em relação a este segmento para segundo semestre, devido à queda constante da renda da população e ao cenário econômico instável.

VENDAS
O índice Sensor apresentou queda no item vendas na comparação entre julho e junho, na série com ajuste sazonal, de 50,7 para 48,6 pontos. Para estoque, o indicador subiu de 41,8 para 48,0 pontos. As pontuações de mercado, emprego e investimento tiveram estabilidade.

Luana Meneghetti
http://www.dci.com.br/industria/atividade-da-industria-paulista-apresenta-queda-de-3,3-no-segundo-trimestre-id485503.html
PIB dos EUA cresce à taxa anualizada de 2,3% no 2º tri de 2015; previsão +2,7%.

WASHINGTON - A economia dos Estados Unidos cresceu 2,3% no segundo trimestre depois de um início lento em 2015, de acordo com dados divulgados pelo Departamento do Comércio. Economistas consultados pelo Wall Street Journal previam crescimento de 2,7%.

O Produto Interno Bruto (PIB) final do primeiro trimestre foi revisado para crescimento de 0,6%, ante contração de 0,2% divulgado anteriormente.

Apesar da melhora no segundo trimestre, o crescimento este ano está menor do que no ano passado, o que reflete um primeiro semestre morno, e está bem abaixo do ritmo de recuperação. Neste ano, o PIB cresceu a uma taxa média anual de 1,5%, em comparação com 1,9% no mesmo período um ano antes.

Ao contrário do ano passado, quando grande parte da fraqueza do primeiro trimestre foi atribuída ao inverno excepcionalmente rigoroso, o crescimento mais lento deste ano refletiu uma série de fatores, incluindo um dólar mais forte, o investimento empresarial lento e gastos dos consumidores mais fracos. No entanto, os dados divulgados hoje mostraram que algumas dessas pressões estão começando a diminuir.

A retomada nas exportações, consumo mais forte, desaceleração das importações e maiores gastos do governo Federal e local ajudaram a impulsionar o crescimento econômico no segundo trimestre.

Flutuações cambiais fizeram subir o custo dos produtos da indústria norte-americana para clientes no exterior, enquanto que os produtos estrangeiros ficaram mais baratos. No segundo trimestre, as exportações cresceram 5,3%, em comparação com a queda de 6% no primeiro trimestre. Já as importações aumentaram 3,5%, contra avanço de 7,1% nos primeiros três meses do ano.

O relatório também mostrou os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da produção econômica, aumentaram 2,9% no segundo trimestre, em comparação com 2,1% nos primeiros três meses do ano.

No entanto, no geral, os gastos dos consumidores têm ficado estáveis, sugerindo que alguns norte-americanos continuam cautelosos, apesar da melhora no mercado de emprego e aceleração dos salários.

Por outro lado, há sinais de que os consumidores podem estar começando a gastar em meio a um preço mais baixo da gasolina. A taxa de poupança caiu no segundo trimestre para 4,8%, de 5,2%.

Os gastos do governo subiram 0,8% no segundo trimestre, em comparação com o declínio de 0,1% no primeiro trimestre.

O mercado imobiliário também gerou impulso para a economia no segundo trimestre, em meio a sinais de fortes vendas durante a época da primavera. O investimento residencial avançou a um ritmo sólido de 6,5%. Esse ganho veio após dois trimestres de pelo menos 10% de crescimento.

Os gastos das empresas, outro fator-chave da economia, manteve-se fraco no segundo trimestre, o que levou para baixo o PIB pela primeira vez desde o terceiro trimestre de 2012. Os gastos das empresas com software, pesquisa e desenvolvimento, equipamentos e estruturas recuaram para +0,6%, em comparação com avanço de 1,6% no primeiro trimestre. Os números poderiam ser um sinal de que as empresas continuam cautelosas apesar de fortes gastos do consumidor, os ganhos de emprego e uma melhora no mercado imobiliário.

Excluindo o efeito de estoques das empresas, a demanda subjacente na economia recuperou no segundo trimestre. As vendas reais finais, uma medida que exclui mudanças nos estoques, aumentaram a um ritmo de 2,4%, em comparação com o declínio de 0,2% no primeiro trimestre.

Muitos economistas disseram que esperam que o crescimento acelere no segundo semestre. Antes da divulgação do PIB nesta quinta-feira, por exemplo, a Macroeconomic Advisers estimou crescimento de 2,7% no terceiro trimestre.

Os números mais recentes repetiram um padrão comum nos últimos anos: um resultado fraco no início do ano, seguido de um salto durante os meses de primavera e verão. Este modelo aconteceu nos últimos seis anos, o que mostra um crescimento sem força desde o fim da recessão em 2009.

Entre 2012 e 2014, o PIB cresceu a uma taxa média anual de 2%, rebaixamento de 0,3 ponto porcentual em relação aos resultados anteriores. Fonte: Dow Jones Newswires.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/internacional/pib-dos-eua-cresce-a-taxa-anualizada-de-2,3-no-2%C2%BA-tri-de-2015;-previsao-+2,7-id485375.html

quarta-feira, 29 de julho de 2015

S&P revisa perspectiva de 30 empresas brasileiras de estável para negativa.

Entre as empresas estão AmBev, Braskem, Cesp, Eletrobras, Votorantim, Ultrapar, Samarco e Net; decisão veio após agência ter alterado ontem a perspectiva do rating BBB- do Brasil.
S&P revisa perspectiva de 30 empresas brasileiras de estável para negativa
S&P revisa perspectiva de 30 empresas brasileiras de estável para negativa
Foto: Agência Ansa
SÃO PAULO - A agência de classificação de risco Standard & Poor's revisou de estável para negativa a perspectiva dos ratings de 30 empresas brasileiras. As notas de crédito foram reafirmadas. A decisão veio após a S&P ter alterado ontem a perspectiva do rating BBB- do Brasil, também de estável para negativa. Entre as empresas que tiveram a perspectiva rebaixada estão AmBev, Braskem, Cesp, Eletrobras, Votorantim, Ultrapar, Samarco e Net.

Segue abaixo a lista completa das empresas que tiveram a perspectiva alterada para negativa:
-- AmBev - Companhia de Bebidas das Américas (AmBev);
-- Atlantia Bertin Concessões S.A. (AB Concessões) e suas subsidiárias, Rodovia das Colinas S.A. e Triângulo do Sol Auto-Estradas S.A.;
-- Arteris S.A. e sua subsidiária, Autopista Planalto Sul S/A.;
-- Braskem S.A.;
-- CCR S.A. e suas subsidiárias, Autoban - Concessionária do Sistema Anhanguera Bandeirantes S.A., Concessionária da Rodovia Presidente Dutra S.A., e Rodonorte Concessionária de Rodovias Integradas S.A.;
-- CESP-Companhia Energética de São Paulo;
-- Companhia de Gás de São Paulo - Comgás;
-- Companhia Energética do Ceará - Coelce;
-- Duke Energy International Geração Paranapanema S.A. (Duke);
-- Ecorodovias Concessões e Serviços S.A. e Concessionária Ecovias dos Imigrantes S.A.;
-- Elektro Eletricidade e Serviços S.A. (Elektro);
-- Eletrobras-Centrais Elétricas Brasileiras S.A.;
-- Globo Comunicação e Participações S.A. (Globo);
-- Itaipu Binacional;
-- Multiplan Empreendimentos Imobiliários S.A. (Multiplan);
-- Net Serviços de Comunicação S.A. (Net);
-- Samarco Mineração S.A.;
-- Tractebel Energia S.A.;
-- Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (TAESA);
-- Ultrapar Participações S.A. (Ultrapar); e
-- Votorantim Participações S.A. e suas subsidiárias, Votorantim Industrial S.A. e Votorantim Cimentos S.A.

Abaixo segue a lista das empresas que tiveram mantidas as notas de crédito e a perspectiva, em estável:
-- Aché Laboratórios Farmacêuticos S.A.;
-- BRF S.A.;
-- Embraer S.A.;
-- Fibria Celulose S.A.; and
-- Raízen

Abaixo seguem as empresas que tiveram mantidas as notas de crédito e a perspectiva, em negativa:
-- Natura Cosméticos S.A.; e
-- Vale S.A. e sua subsidiária, Vale Canadá Ltd.
Abaixo segue a lista das empresas que não foram afetadas pela ação envolvendo o rating do Brasil:
-- Klabin S.A.;
-- Neoenergia S.A.;
-- Odebrecht Engenharia e Construção S.A.; and
-- Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/financas/s&p-revisa-perspectiva-de-30-empresas-brasileiras-para-negativa-id484985.html

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Confiança da indústria interrompe série de 5 quedas e sobe 1,5% em julho.

Mesmo com melhora, nível do indicador é o segundo mais baixo da série histórica.
FGV: confiança da indústria sobe 1,5% em julho
FGV: confiança da indústria sobe 1,5% em julho
Foto: Estadão Conteúdo  
          
SÃO PAULO - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) brasileira subiu 1,5 por cento em julho sobre o mês anterior, após cinco meses seguidos de perdas, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.
Com isso, o ICI foi a 69,1 pontos em julho, contra 68,1 pontos em junho, quando caiu 4,9 por cento. Mesmo assim, o patamar visto em julho ainda é o segundo menor da série histórica.
"Em relação ao momento presente, a indústria continua avaliando de forma extremamente desfavorável o ambiente de negócios. No âmbito das expectativas, o avanço... é bem-vindo, mas de magnitude ainda insuficiente para ser identificado como uma reversão de tendência", disse o superintendente-adjunto para ciclos econômicos da FGV/IBRE, Aloisio Campelo Jr.
Segundo a FGV, o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 0,1 por cento e foi a 70,3 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) teve alta de 3,2 por cento, a 67,9 pontos.
Ambos os índices estão no segundo menor valor da série.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada, por sua vez, ficou estável em julho, em 78,2 por cento, o menor patamar desde abril de 2009 (78,0 por cento).
A indústria vem sendo um dos maiores pesos sobre a economia brasileira como um todo, fortemente impactada pela fraqueza da confiança do setor e em meio a um cenário econômico de inflação e juros elevados e perspectiva de contração do Produto Interno Bruto no ano.

(Por Camila Moreira)
Reuters

http://www.dci.com.br/industria/confianca-da-industria-interrompe-quedas-e-sobe-1,5-em-julho-id484416.html

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Mais 'realista', governo reduz meta fiscal para 0,15% do PIB neste ano.

Economia a ser feita pelo setor público neste ano deverá ser de R$ 8,75 bilhões e não mais de R$ 63,3 bilhões, previsto anteriormente; além disso, corte adicional no orçamento é de R$ 8,6 bilhões.


São Paulo - Para especialistas, as mudanças feitas pelo governo ontem no Orçamento da União estão mais realistas e permitem resgatar a confiança nas contas públicas do País.
A meta de superávit primário foi reduzida de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) para 0,15%. O que significa que a economia a ser feita pelos governos para pagar os juros da dívida pública deverá ser de R$ 8,75 bilhões neste ano, e não mais de R$ 63,3 bilhões, como previsto anteriormente, em maio.
Do total de R$ 8,75 bilhões, a União deverá economizar R$ 5,8 bilhões (0,10% do PIB), enquanto os estados e municípios precisam atingir a meta de R$ 2,9 bilhões (0,05% do PIB). Os ministros Joaquim Levy, da Fazenda e Nelson Barbosa, do Planejamento, anunciaram ainda um corte adicional de R$ 8,6 bilhões no orçamento, além dos R$ 69,9 bilhões, anunciados na última avaliação das receitas e despesas públicas.
O economista Alexandre Andrade, da GO Associados, avalia que as novas metas estão mais realistas em relação ao desempenho das receitas, e mostram mais transparência na condução da política econômica do País.
"O corte no orçamento e a redução da meta de superávit não devem causar problemas com as agências de rating [agências de avaliação de risco de crédito]. Isso porque o mais importante é se a meta estabelecida poderá ser alcançada e se o governo vem conduzindo a política econômica de forma mais transparente, postura que o Levy está adotando", analisa Andrade.
O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, concorda com Andrade e diz que a decisão do governo mostra que Levy "quer fazer o resultado fiscal de maneira limpa, ou seja, sem contar com nenhuma manobra".
"É preferível fazer de maneira clara a administração fiscal e resgatar assim um pouco da credibilidade dos números oficiais do que recorrer a expedientes não usuais", afirmou ele, por meio de nota.
Infração
Além disso, o economista da Gradual pontua que, caso o governo não revisasse o orçamento para este ano, o não cumprimento das metas estabelecidas representaria uma infração da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) criando problemas com o Tribunal de Contas da União (TCU).
"Esta alteração não representa um retrocesso ou leniência fiscal. Pelo contrário, representa trabalhar com parâmetros mais realistas e isso é um sinal de maturidade e responsabilidade da equipe econômica. Muitos vão reclamar que não vamos alcançar a meta, e as agências podem ameaçar rebaixamento, mas acreditar que seria possível fazer um esforço fiscal maior é ignorar o ajuste econômico já em curso", acrescenta o economista-chefe da Gradual.
Frustração de receita
Tanto os economistas ouvidos pelo DCI, como o próprio ministro Levy admitiu em coletiva de imprensa, a "frustração de receita" foi o principal motivo que levou ao corte no orçamento e redução das metas. "O governo federal levou ao Congresso diversas medidas para elevar a receita que ainda não foram votadas, mas que, no início do ano, tinha esperança que de que isso ocorresse, como a votação em torno da desoneração da folha de pagamentos, por exemplo", afirma o economista Róridan Duarte, do Conselho Federal de Economia (Cofecon).
Para ele, a decisão do Executivo tem ainda outro caráter político: "Se o governo federal não alterasse as metas do orçamento, poderia perder a dianteira para o Congresso", avalia.
Durante a apresentação do Relatório de Despesas e Receitas Primárias, os ministros anunciaram ainda que a estimativa das receitas da União apresentou redução de R$ 46,7 bilhões, em relação à avaliação do bimestre anterior. O decréscimo está concentrado nas receitas administradas pela Receita Federal do Brasil (-R$ 29,5 bilhões) e Previdenciárias (-R$ 14,7 bilhões).
Já o valor das despesas obrigatórias para o ano de 2015 foi reestimado para R$ 11,4 bilhões, concentrados principalmente em benefícios previdenciários (R$ 1,4 bilhão), abono e seguro desemprego (R$ 3,9 bilhões), créditos extraordinários (R$ 3,5 bilhões), além de sentenças judiciais e precatórios (R$ 1,4 bilhão).
O governo espera ainda elevar receita através da abertura de capital da Caixa Econômica Federal, além de medidas que possibilitem repatriação de recursos de brasileiros que estão no exterior e que não foram declarados à Receita Federal.
Até agora
Os últimos dados divulgados pelo Tesouro Nacional mostram que as receitas da União tiveram queda real de 3,5% (para R$ 539,5 bilhões) até maio deste ano, em relação ao mesmo período de 2014. Isso significou cerca de R$ 19,4 bilhões a menos para os cofres públicos no período.
Já as despesas do governo central cresceram 0,2% (R$ 924,9 milhões) entre janeiro a maio, mantendo-se no mesmo patamar do acumulado até maio de 2014. O resultado primário, por sua vez, teve retração de 65,6%, passando de um superávit de R$ 19,3 bilhões, para R$ 6,6 bilhões em 2015.

Paula Salati
http://www.dci.com.br/economia/mais-realista%2C-governo-reduz-meta-fiscal--para-0%2C15-do-pib-neste-ano--id483662.html

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Inadimplência dos consumidores cresce em julho, diz CNC.

A proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso alcançou 21,5%, ante 21,3% em junho.
compras spc consumo consumismo
Compras spc consumo consumismo. Foto: Marcelo Camargo/ABr
RIO - Cresceu a inadimplência dos consumidores, aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quarta-feira, 22, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A proporção de famílias com dívidas ou contas em atraso alcançou 21,5%, ante 21,3% em junho e 18,9% em julho de 2014.
Segundo nota distribuída pela CNC, "apesar da moderação no crescimento do crédito, a alta das taxas de juros, a persistência inflacionária e a queda na renda real do trabalhador provocaram impactos negativos nos indicadores de inadimplência".
A Peic mostrou que, em julho, o porcentual de famílias endividadas alcançou 61,9%, queda em relação aos 62,0% observados em junho e em relação aos 63,0% de julho de 2014. É a segunda queda consecutiva este ano, informou a CNC.
O porcentual das famílias que deverão permanecer inadimplentes atingiu 8,1% em julho - uma alta tanto na comparação com junho (7,9%) quanto na comparação com julho do ano passado (6,65). Segundo a CNC, é o maior patamar já registrado desde outubro de 2011. A proporção de famílias muito endividadas também aumentou nas comparações mensal e anual, alcançando 12,9% do total.
Segundo a Peic, o tempo médio de adiamento do pagamento de contas ou dívidas em atraso foi de 59,8 dias em julho - abaixo dos 61,3 registrados no mesmo período do ano passado. O período médio de comprometimento de renda com as dívidas foi de 7,1 meses.
A Peic considera todas as formas de endividamento e não apenas as dívidas financeiras, com bancos. O cartão de crédito, que é contabilizado como dívida mesmo quando pago em dia, é o principal motivo de débito para 77,4% das famílias endividadas, seguido por carnês (16,3%) e, em terceiro, por financiamento de carro (13,5%).

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/economia/inadimplencia-dos-consumidores-cresce-em-julho,-diz-cnc-id483422.html

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Quando a dívida ameaça o negócio, é hora de ajuste.

Recuperação judicial é medida cara e excepcional, mas capaz de dar fôlego enquanto a empresa negocia com credores uma última saída contra falência.

Foto: Dreamstime
São Paulo - O que fazer quando as dívidas se tornam impagáveis? Essa foi a dúvida com a qual a fabricante de equipamentos de energia Adelco teve de lidar. Com um endividamento acima de R$ 110 milhões, a empresa tentou o último recurso antes de requerer falência: a recuperação judicial.
A alternativa, estabelecida pela Lei 11.101/2005, tem se disseminado no atual cenário de desaceleração. De acordo com a Serasa Experian, de janeiro a maio, 387 companhias entraram na Justiça com pedidos de recuperação. O número é recorde e supera em 12% os 345 pedidos requeridos no mesmo período de 2014.
No Brasil, o caminho judicial para a empresa se proteger enquanto busca se reerguer é uma opção recente. Até 2005, as companhias que não conseguiam honrar compromissos tinham de pedir concordata. Apesar de ter a mesma premissa da recuperação judicial - evitar que a companhia requerente se veja forçada a pedir falência -, a concordata oferecia prazos menores para que o devedor saldasse suas dívidas. Essa limitação acarretava mais falências que retomadas. Por isso, a modalidade foi extinta e substituída pela Lei 11.101.
"A recuperação [judicial] é um grande acordo realizado entre devedor e credores, autorizados pelo Poder Judiciário mediante uma solicitação da companhia que não consegue pagar suas dívidas. É um plano para que a empresa evite o fim da sua operação e que possa, no prazo estipulado pela Justiça, regularizar seus débitos", explica o economista Luiz Rabi, da Serasa Experian.
No caso da Adelco, a crise na Petrobras, um de seus principais clientes, reduziu o número de contratos. O faturamento caiu drasticamente. "A Adelco investiu nos últimos anos em maquinário e equipamentos. Isso acabou gerando uma conta para pagar. Apesar disso, com os contratos em andamento, essa dívida era solúvel. A crise na Petrobras fez com esses contratos fossem cancelados e a receita diminuísse muito. O endividamento proporcional ficou muito grande e a única solução foi entrar com a recuperação judicial", afirma Douglas Duek, sócio da Quist Investimentos, que lidera a reestruturação da empresa.
Para ter seu pedido aceito pela Justiça, a Adelco elaborou um plano para se reorganizar, cortar custos e sanar as dívidas em longo prazo, e o apresentou para uma comissão formada pelos credores. Se aprovado, a companhia ganha tempo para quitar os débitos e evita a falência. Com grandes empresas, o prazo pode chegar a 60 meses. "No caso da Adelco, esse período deve variar entre 180 e 360 dias. Nesse tempo, as dívidas ficarão congeladas. A partir daí podemos revisar o modelo de negócios e trabalhar para que a empresa volte a ser rentável", diz Duek.
Para o consultor, as chances de recuperação são altas. "A empresa tem mais de 50 anos de mercado e detém tecnologia no seu setor. A crise que o País está enfrentando afetou muito, mas qualquer companhia está sujeita a ter esse tipo de problema", afirma.
Procurada pela reportagem, a Adelco não se pronunciou. Por e-mail, informou apenas que é assessorada pela Quist e pela Dasa Advogados, responsáveis pelo plano.
Outra indústria afetada pela crise é o Grupo Proema, fabricante de componentes automotivos. O faturamento do setor automotivo despencou no ano passado e arrastou o segmento de autopeças. Com dívidas superiores a R$ 1 bilhão, a empresa também teve de apelar para a via judicial. A medida foi aprovada pela Justiça de São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista.
Até meados de 2013, o grupo registrava faturamento anual superior a R$ 750 milhões. A companhia trabalha diretamente com montadoras como Fiat, General Motors e Honda. No ano passado, a retração fez com que os negócios encolhessem 65%, colocando em risco as nove fábricas espalhadas por São Paulo e Minas Gerais.
Fôlego para as menores
Para empresas enquadradas como micro ou pequenas, o regime é diferenciado. Além de ser mais barato, o plano para a recuperação judicial tem um prazo máximo de 36 meses. "Dependendo do tamanho da empresa e da crise, ela pode optar por esse regime menor, que é mais limitado, porém mais em conta no sentido financeiro. Se for o suficiente para realizar um plano saudável, é o regime ideal", analisa Ronaldo Vasconcelos, especialista em recuperações judiciais da Lucon Advogados.
"É importante ressaltar que, em qualquer caso, a recuperação é uma medida excepcional, e que não é barata. Ela só deve ser considerada em último caso", destaca Vasconcelos.
De maneira geral, diz, os honorários e outros custos envolvidos no plano de recuperação equivalem a algo entre 8% e 10% do passivo que será renegociado com os credores. Nem todas as dívidas da empresa precisam entrar no plano.
Segundo Vasconcelos, aproximadamente 70% dos planos apresentados são aprovados pelas comissões de credores e autorizados pela Justiça.

Sammy Eduardo
http://www.dci.com.br/gestao-&-carreira/quando-a-divida-ameaca-o-negocio,-e-hora-de-ajuste-id474739.html

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Busca de empresas por crédito cai 0,5% no país em junho, aponta Serasa.

Entre os principais motivos para o enfraquecimento da procura por crédito estariam as seguidas altas de juros e a queda dos níveis de confiança empresarial.

dinheiro cédulas crédito inflação financiamento
Dinheiro cédulas crédito inflação financiamento
Foto: Vinicius Tupinamba/Dreamstime
SÃO PAULO - A busca das empresas por crédito caiu 0,5 por cento na comparação entre junho e maio, marcando a terceira queda mensal consecutiva, em mais um sinal que indica queda da atividade econômica no segundo trimestre de 2015, informou a Serasa Experian nesta segunda-feira.
Segundo escreveram economistas da Serasa em nota, as seguidas altas de juros e a queda dos níveis de confiança empresarial são alguns dos fatores que ajudam a explicar a fraqueza na procura por crédito pelas empresas nos últimos meses.
No entanto, a busca por crédito subiu 1,9 por cento em junho ante igual mês do ano passado, e no acumulado do primeiro semestre de 2015 a procura expandiu-se 3,8 por cento em comparação ao mesmo período de 2014.
No detalhamento por porte de empresa, o recuo mais forte na busca por crédito foi registrado entre aquelas de médio porte, com queda de 1,6 por cento na comparação entre junho e maio deste ano. Tanto empresas de micro e pequeno porte quanto grandes companhias tiveram queda de 0,5 por cento na procura por crédito, de acordo com dados da Serasa.

(Por Renan Fagalde)
Reuters

http://www.dci.com.br/financas/busca-de-empresas-por-credito-cai-0,5-em-junho,-diz-serasa-id482816.html
Grécia inicia pagamento de 6,25 bi de euros ao BCE e ao FMI, dizem autoridades.

Parte do valor envolve a parcela que estava em atraso com o FMI desde 30 de junho.
Bandeira nacional grega no topo do Parlamento, em Atenas
Bandeira nacional grega no topo do Parlamento, em Atenas
Foto: Reuters
ATENAS - A Grécia iniciou o processo para o pagamento de um total de 6,25 bilhões de euros ao Banco Central Europeu (BCE) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), afirmaram à Reuters nesta segunda-feira autoridades do Ministério das Finanças.

A Grécia está pagando 4,2 bilhões de euros em principal e juros ao BCE que vencem nesta segunda-feira e 2,05 bilhões de euros ao FMI que estava atraso desde 30 de junho, disseram as autoridades. Também está pagando um empréstimo de 500 milhões de euros ao banco central grego.

O país conseguiu um empréstimo-ponte de 7,16 bilhões de euros junto ao Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira (EFSM) na semana passada, o suficiente para sobreviver durante julho.

(Reportagem de Lefteris Papadimas)
Reuters

http://www.dci.com.br/internacional/grecia-inicia-pagamento-de-6,25-bi-de-euros-ao-bce-e-ao-fmi-id482754.html

sexta-feira, 17 de julho de 2015

IBC-Br sobe 0,03% em maio sobre mês anterior, aponta BC.

Resultado do indicador, considerado um sinalizados do PIB, ficou abaixo da mediana das expectativas de analistas, de alta de 0,20%.

IBC-Br sobe 0,03% em maio
IBC-Br sobe 0,03% em maio. Foto: Dreamstime             
BRASÍLIA - O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,03 por cento em maio ante abril, de acordo com dados dessazonalizados divulgados pelo BC nesta sexta-feira.
A leitura ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de alta de 0,20 por cento segundo a mediana de 20 projeções que variaram de queda de 0,70 por cento a alta de 0,92 por cento.
O IBC-Br incorpora estimativas para a produção nos três setores básicos da economia: serviços, indústria e agropecuária, assim como os impostos sobre os produtos.
(Por Marcela Ayres)

Reuters
http://www.dci.com.br/economia/ibcbr-fica-praticamente-estavel-em-maio,-com-alta-de-0,03-id482325.html

terça-feira, 14 de julho de 2015

Inadimplência sobe 4,52% em junho de 2015 ante junho de 2014, diz CNDL.

As consecutivas altas da inadimplência coincidem com a piora dos indicadores macroeconômicos, como inflação, renda e emprego.
inadimplência falência endividamento dívidas contas
Inadimplência falência endividamento dívidas contas
Foto: Forest Path/Dreamstime
BRASÍLIA - O número de consumidores inadimplentes aumentou 4,52% em junho de 2015 em relação ao mesmo mês do ano passado. De acordo com dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgados nesta terça-feira, 14, a alta foi menor do que a registrada em maio, de 4,79%. Em abril, o número de consumidores com contas em atraso havia subido 5,02% nessa mesma base de comparação.

Com o resultado do mês passado, a inadimplência acumulada nos primeiros seis meses do ano está em 4,60%. As entidades informaram também que o crescimento observado em junho indica uma acomodação do indicador. Na comparação com maio deste ano, a inadimplência em junho apresentou uma queda 0,03%. No mês passado, havia cerca de 56,5 milhões de consumidores com o nome inscrito no SPC.

De acordo com a confederação, as consecutivas altas da inadimplência no segundo trimestre deste ano coincidem com a piora dos indicadores macroeconômicos, como inflação, renda e emprego, que estariam afetando a capacidade de pagamento das famílias. A CNDL lembra que, ao longo do segundo semestre de 2014, o indicador vinha sendo puxado para baixo por conta da menor disponibilidade de crédito na economia. A partir de março, no entanto, passou a ser verificado um novo repique da inadimplência.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/investimentos-&-financas-pessoais/inadimplencia-sobe-4,52-em-junho-ante-mesmo-mes-de-2014-id481309.html

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Participação do FMI em resgate à Grécia depende de pagamento de dívida.

BRUXELAS - A participação do Fundo Monetário Internacional (FMI) no possível novo programa de ajuda financeira à Grécia está condicionada ao pagamento do que o país deve ao fundo, informou nesta segunda-feira a Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia.

Na manhã de hoje, líderes dos países membros da zona do euro concordaram em oferecer 86 bilhões de euros em um novo programa de ajuda financeira à Grécia, o terceiro desde a crise internacional de 2008, sob a condição de que o governo grego, liderado pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras, anuncie medidas de austeridade nos próximos dias.

"Quanto à participação do FMI no programa, está claro que ela só ocorrerá se a Grécia pagar o que deve ao fundo", disse o porta-voz da Comissão Europeia, Margaritis Schinas. No último dia 30 de junho, a Grécia deveria ter pagado 1,55 bilhão de euros ao fundo, mas acabou dando o calote. Fonte: Dow Jones Newswires.

Estadão Conteúdo

http://www.dci.com.br/internacional/participacao-do-fmi-em-resgate-a-grecia-depende-de-pagamento-de-divida-id480977.html

sexta-feira, 10 de julho de 2015

No 1º semestre, dívidas protestadas têm alta de 25%.

Álvaro Campos, do Estadão Conteúdo

Dívidas, cartões de crédito
Dívidas: Na subdivisão por tipo de cliente protestado, as empresas subiram 20,9%, enquanto os consumidores tiveram alta de 30,7%
São Paulo - O volume total de dívidas protestadas no País registrou alta de 25% no primeiro semestre de 2015, ante igual intervalo de 2014, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC. 
Na subdivisão por tipo de cliente protestado, as empresas subiram 20,9%, enquanto os consumidores tiveram alta de 30,7%. 
Somente em junho, os protestos subiram 46,4% em relação a junho do ano passado (+41,0% para empresas e +55,5% para consumidores), mas caíram 3,5% na comparação com maio deste ano (-3,2% para empresas e -3,9% para consumidores).O valor médio dos títulos protestados para o mês de junho foi de R$ 3.733,00. Para as pessoas físicas, o valor correspondeu a R$ 2.054 e, para as jurídicas, a R$ 4.836,00. 
Na divisão por regiões, os títulos de empresas protestados em junho subiram 49,0% no Centro-Oeste na comparação anual, 47,2% no Sul, 43,4% no Sudeste, 36,5% no Norte e 18,1% no Nordeste.
O indicador da Boa Vista de títulos protestados mostra a evolução da quantidade de anotações negativas referentes a protestos de títulos, informados por cartórios de protestos no referido mês.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/no-1o-semestre-dividas-protestadas-tem-alta-de-25

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Inadimplência do consumidor sobe 0,3% em junho ante maio.

No acumulado de 12 meses, índice de calotes apresenta alta de 1,5%, aponta Boa Vista SCPC.
No setor varejista, inadimplência dos consumidores aumentou 1,9% em junho contra maio
No setor varejista, inadimplência dos consumidores aumentou 1,9% em junho contra maio
Foto: Angel Vasilev/Dreamstime  
          
SÃO PAULO - A inadimplência ao consumidor subiu 0,3% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, de acordo com pesquisa da Boa Vista SCPC. Na comparação com junho do ano passado, o avanço foi de 1,2%. Já no acumulado em 12 meses até junho, ante igual intervalo de 2014, a inadimplência subiu 1,5%.
Segundo os economistas da Boa Vista, mesmo com a piora de diversos indicadores macroeconômicos nos últimos meses, como o aumento da desocupação no mercado de trabalho e elevação dos juros e tributos, o consumidor se mantém cauteloso e isso contribui para que ainda não seja observada uma maior deterioração na inadimplência das famílias. Com isso, a empresa estima que o indicador encerre 2015 com crescimento em torno de 3,0%.
Na análise geográfica, todas as regiões apresentaram queda da inadimplência na margem, exceto o Sudeste, onde os números registraram alta de 1,9%. No Norte houve retração de 3,4%, seguido do Centro-Oeste (-1,8%), Nordeste (-1,2%) e Sul (-1,2%).
Considerando apenas o setor varejista, a inadimplência avançou 1,9% em junho ante maio no âmbito nacional. Na comparação com junho do ano passado houve queda de 0,5%. E no acumulado em 12 meses ante igual intervalo de 2014 a retração é de 9,2%.
O indicador de inadimplência do consumidor é elaborado a partir da quantidade de novos registros de dívidas vencidas e não pagas informados à Boa Vista pelas empresas credoras. As séries têm como ano base a média de 2011=100 e passam por ajuste sazonal para avaliação da variação mensal.
Estadão Conteúdo

http://www.dci.com.br/economia/inadimplencia-do-consumidor-sobe-0,3-em-junho-ante-maio-id480113.html

terça-feira, 7 de julho de 2015

Atividade do comércio tem pior 1º semestre desde 2003, aponta Serasa.

Índice avançou apenas 2,6 em relação à primeira metade do ano passado.

Serasa: atividade do comércio tem pior 1º semestre desde 2003
Serasa: atividade do comércio tem pior 1º semestre desde 2003
Foto: Fotos Públicas
SÃO PAULO - A atividade no comércio registrou nos seis primeiros meses de 2015 o pior primeiro semestre desde 2003, segundo pesquisa da Serasa Experian, com alta de apenas 2,6% em relação à primeira metade do ano anterior. Além disso, trata-se do segundo pior resultado da série histórica, melhor apenas que a queda de 6,9% observada no primeiro semestre de 2002.
Segundo os economistas da Serasa, a queda dos níveis de confiança dos consumidores, a alta da inflação, a elevação das taxas de juros e, mais recentemente, o aumento do desemprego, prejudicaram a atividade varejista no primeiro semestre de 2015, determinando o fraco desempenho observado na movimentação dos consumidores nas lojas de todo o País.
Em junho, a atividade do comércio subiu 0,3% ante maio e avançou 7,8% na comparação com junho do ano passado. Na margem, o melhor resultado foi de materiais de construção, que subiu 1,1%. Combustíveis e lubrificantes avançaram 0,4% e supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas tiveram alta de 0,2%. Já veículos, motos e peças despencaram 7,2%, móveis, eletroeletrônicos e informática recuaram 2,3% e tecidos, vestuário, calçados e acessórios encolheram 1,0%.
O indicador da Serasa de atividade no comércio é construído, exclusivamente, pelo volume de consultas mensais realizadas por estabelecimentos comerciais à base de dados da companhia. As consultas (nas formas de taxas de crescimentos) são tratadas estatisticamente pelo método das médias aparadas com corte de 20% nas extremidades superiores e inferiores. A amostra é composta de cerca de 6 mil empresas comerciais e o indicador, com início em janeiro de 2000, é segmentado em seis ramos de atividade.

Estadão Conteúdo

http://www.dci.com.br/comercio/atividade-do-comercio-tem-pior-1%C2%BA-semestre-desde-2003-id479715.html

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Biodiesel evita importação de US$ 166 milhões em petróleo.

Aumento na mistura do biocombustível ao diesel mineral, de 5% para 7%, gera economia de 325 mi de litros que seriam comprados no exterior até maio.

Capacidade ociosa das usinas diminuiu 20% com o aumento da demanda desde o ano passado
Capacidade ociosa das usinas diminuiu 20% com o aumento da demanda desde o ano passado
Foto: Divulgação
São Paulo - A elevação na mistura de biodiesel ao diesel mineral, de 5% para 7%, aprovada em 2014, gerou uma economia milionária ao País até maio. Para 2015, estima-se que cerca de US$ 250 milhões deixem de ser gastos com importações do combustível fóssil.
Levantamento divulgado ontem (2) pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) mostra que, só nos cinco primeiros meses do ano, o uso do biocombustível produzido no Brasil evitou a entrada de 325 milhões de litros em combustíveis. Isso significa uma redução de US$ 166 milhões na conta petróleo.
De acordo com a entidade, apesar da queda, o País ainda importou 3,6 bilhões de litros no período, tamanha a dependência do mercado externo para este segmento.
Cenário
O assessor econômico da Abiove, Leonardo Zilio, disse ao DCI que o setor encerrou 2014 com 19% de dependência das importações. Entretanto, após anos de estagnação, a produção de biodiesel teve aumento de 26% nos quatro primeiros meses de 2015, em relação ao mesmo período do ano passado, ao atingir 1,27 bilhão de litros.
"Para o ano, estimamos que a produção pode ficar entre 4 e 4,2 bilhões de litros, tudo vai depender de como vai se comportar o mercado. Porém, o volume representa um incremento próximo de 20% sobre os 3,42 bilhões produzidos em 2014", diz.
Fatores como a demanda, composição de preços e estimativa de produção também estão fortemente atrelados ao andamento do câmbio e do comportamento de valores para o barril de petróleo.
Em linhas gerais, a situação econômica do País tem puxado para baixa o consumo de todos os combustíveis. Neste contexto, os biocombustíveis ganharam espaço diante dos fósseis. Um exemplo claro é o etanol hidratado, que sentiu aumento na demanda como alternativa ao abastecimento com gasolina mais cara.
No caso do biodiesel, o único fator que gera ganho de demanda é o aumento na mistura, o que já é suficiente para beneficiar toda a cadeia produtiva que passa, inclusive, pelo pequeno produtor.
"Entre 20% e 30% de toda a matéria-prima para a produção de biodiesel vem da agricultura familiar, são mais de 100 mil famílias envolvidas. Essa melhoria de cenário os beneficia diretamente", conta o especialista da Abiove. Segundo a entidade, o Centro-Oeste mantém-se como região responsável pela maior parte da produção nacional do biocombustível (43%), seguida das regiões Sul (38%), Nordeste (8%), Sudeste (8%) e Norte (3%).

Impacto industrial
Um benefício ao segmento agroindustrial foi o crescimento no uso da capacidade instalada. Zilio destaca que o setor trabalhava com níveis altíssimos de ociosidade, entre 60% e 65%. Atualmente, este percentual caiu para 40%, ainda elevado, porém houve avanço.
O biodiesel é vendido pelas usinas, em média, a R$ 2,01/ litro. O diesel B atingiu R$ 2,49/litro em junho, alta de 13% na variação anual.
Já o diesel S-10 - que responde por cerca de 25% do mercado nacional de diesel - custa para as distribuidoras R$ 2,62/ litro.

Nayara Figueiredo

http://www.dci.com.br/agronegocios/biodiesel-evita-importacao-de-us$-166-milhoes-em-petroleo-id478933.html

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Dólar desvaloriza 0,34% para R$ 3,10.

Moeda acumula queda de 2,46% em junho e de 2,57% no segundo trimestre.

Segundo a BM&FBovespa, giro financeiro ficou em torno de US$ 1,3 bilhões
Segundo a BM&FBovespa, giro financeiro ficou em torno de US$ 1,3 bilhões
Foto: Reuters
SÃO PAULO - O dólar fechou em queda frente ao real nesta terça-feira e encerrou junho em baixa, devido a expectativas de entradas de recursos diante de perspectivas de juros altos no Brasil, movimento que deve continuar no curtíssimo prazo e sustentar a divisa perto do atual patamar, um pouco acima de 3 reais.
A moeda norte-americana caiu 0,34 por cento nesta sessão, a 3,1089 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 1,3 bilhão de dólares.
Em junho, o dólar acumulou queda de 2,46 por cento e, no segundo trimestre, de 2,57 por cento, a primeira queda trimestral em um ano. Mas, no ano, a moeda norte-americana ainda mostra importante valorização sobre o real, de 16,93 por cento.
"O dólar estabilizou perto desses patamares, um pouco acima de 3 reais, e tudo leva a crer que, na ausência de grandes surpresas, ele continue por aí", disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues, ressaltando que os juros oferecidos pelo Brasil são "muito atraentes" a investidores estrangeiros.
Hoje, a Selic está em 13,75 por cento ao ano e a expectativa do mercado é de que mais altas venham para segurar a inflação.
Rodrigues ressaltou, no entanto, que no longo prazo a perspectiva ainda é de avanço da moeda norte-americana ante o real, refletindo as expectativas de alta de juros do Federal Reserve, banco central norte-americano, dificuldades relacionadas ao ajuste fiscal no Brasil e a apreensão com as investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
"Acreditamos que os riscos no Brasil são abundantes: associados a possíveis revisões de ratings e aos muitos riscos políticos relacionados às investigações de corrupção e ao ambiente político instável", escreveu o analista do Nomura João Pedro Ribeiro em nota a clientes.
Nesta sessão, a queda do dólar teve como pano de fundo também a briga pela formação da Ptax, taxa calculada pelo BC que serve de referência para diversos contratos cambiais. Nos últimos pregões do mês, operadores costumam disputar para deslocar a taxa para patamares mais favoráveis a suas posições cambiais.
A moeda norte-americana marcou a mínima da sessão durante uma das janelas de cálculo da Ptax, pouco depois das 10h, apresentando queda de mais de 1 por cento e atingindo a cotação de 3,0861 reais na venda.

GRÉCIA
O noticiário relacionado à Grécia também continuou ocupando os holofotes. Mas investidores têm ponderado que o impacto da eventual saída do país da zona do euro seria pequeno em economias como o Brasil, o que ajudou a amortecer as preocupações com o impasse em torno de Atenas.
A Grécia fez novas propostas nesta tarde para romper o impasse sobre o acordo com seus credores que se aproximariam mais das demandas das instituições, segundo uma fonte da União Europeia.
Outro ponto focal é a estratégia de intervenção no câmbio do BC. A autoridade monetária sinalizou que deve rolar 70 por cento dos swaps cambiais --que equivalem a venda futura de dólares-- a vencer em agosto, proporção aproximadamente igual à rolagem dos contratos para julho.
"Está dentro do esperado. Se vir oportunidade, o BC deve reduzir a oferta ainda mais", disse o operador de um banco internacional, sob condição de anonimato.

Reuters
http://www.dci.com.br/financas/dolar-desvaloriza-0,34-para-r$-3,10-id478142.html