Já são mais de 56 milhões de contas atrasadas.
Na publicação de
26.agosto.2015 do Jornal O Estado de São Paulo, Editorial
Econômico, página B2, já são mais de 56 milhões de contas atrasadas,
conforme apurou o Indicador de
Inadimplência do Consumidor da Serasa Experian.
O número de dívidas não pagas aumentou
0,6% entre junho e julho.2015. Comparando os sete primeiros meses de 2014 em
relação aos sete primeiros meses de 2015, houve um aumento de 16,8%.
Porém, analisando-se os meses
de julho.2014 e julho.2015, aumentou em 19,4% o número de dívidas não pagas.
Na comparação dos 7 primeiros
meses de 2014 e 2015, o número de cheques sem fundos foi de 2,11% para 2,20%
Até o momento, é o pior
resultado desde julho.2002
Em junho.2015, o número de
consumidores inadimplentes foi de 56,4 milhões, superando em 4,8 milhões de
junho.2014.
Na pessoa jurídica, a situação
também é grave pois, em junho.2015, 3,9 milhões de empresas estavam em situação
de inadimplência, ou seja, quase metade dos 7,9 milhões das empresas em
operação, calcula a Serasa Experian. Segundo o Indicador, houve um aumento de 400
mil empresas inadimplentes, entre junho.2014 e junho.2015.
O comércio – bebidas,
vestuário, veículos e peças, eletrônicos, entre outros – tem um peso de 46% na
inadimplência, e os serviços – bares, restaurantes, salões de beleza e turismo
– de 44%.
Conforme avaliação do Economista
da Serasa
Experian, Luiz Rabi, a principal causa da inadimplência era a inflação em
alta, e agora, é o desemprego. Tanto Rabi quanto Flávio Calife, da Boa
Vista SCPC, acreditam que os atrasos agravarão nos próximos meses.
Para Emílio Alfieri, da Associação
Comercial de São Paulo, a inadimplência do consumidor só não cresceu
mais no comércio, porque as vendas a prazo diminuíram.
A inadimplência dificulta a
recuperação da economia, afetando a arrecadação, pois sem receber as faturas,
muitas empresas não quitam seus fornecedores, além de serem impelidas de
cortarem gastos e vagas.
Em alguns casos, adiam o
pagamento de tributos, à espera de um novo programa de parcelamento da Receita
Federal – até Companhias de grande porte têm-se utilizado deste recurso.
O atraso deve-se ao
endividamento excessivo do consumidor, estimulado pelo Governo, nos últimos
anos. Com a economia fragilizada e baixa oferta de vagas, os endividamentos têm
de se inspirar no que fazem as empresas, reduzindo ativos e cortando a dívida
cara.
Esta realidade é vivenciada
pela ABE,
conforme relatos de nossos funcionários que realizam negociações externas que,
ao visitarem as empresas inadimplentes, constatam, in loco, a sua real situação, conciliando, de maneira factível,
ambos os interesses – devedor e credor – viabilizando, dessa forma, a
recuperação do crédito.
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