sábado, 29 de agosto de 2015

Já são mais de 56 milhões de contas atrasadas.

Na publicação de 26.agosto.2015 do Jornal O Estado de São Paulo, Editorial Econômico, página B2, já são mais de 56 milhões de contas atrasadas, conforme apurou o Indicador de Inadimplência do Consumidor da Serasa Experian.

O número de dívidas não pagas aumentou 0,6% entre junho e julho.2015. Comparando os sete primeiros meses de 2014 em relação aos sete primeiros meses de 2015, houve um aumento de 16,8%.


Porém, analisando-se os meses de julho.2014 e julho.2015, aumentou em 19,4% o número de dívidas não pagas. 


Na comparação dos 7 primeiros meses de 2014 e 2015, o número de cheques sem fundos foi de 2,11% para 2,20%

Até o momento, é o pior resultado desde julho.2002

Em junho.2015, o número de consumidores inadimplentes foi de 56,4 milhões, superando em 4,8 milhões de junho.2014.



Na pessoa jurídica, a situação também é grave pois, em junho.2015, 3,9 milhões de empresas estavam em situação de inadimplência, ou seja, quase metade dos 7,9 milhões das empresas em operação, calcula a Serasa Experian. Segundo o Indicador, houve um aumento de 400 mil empresas inadimplentes, entre junho.2014 e junho.2015.


O comércio – bebidas, vestuário, veículos e peças, eletrônicos, entre outros – tem um peso de 46% na inadimplência, e os serviços – bares, restaurantes, salões de beleza e turismo – de 44%.


Conforme avaliação do Economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a principal causa da inadimplência era a inflação em alta, e agora, é o desemprego. Tanto Rabi quanto Flávio Calife, da Boa Vista SCPC, acreditam que os atrasos agravarão nos próximos meses.

Para Emílio Alfieri, da Associação Comercial de São Paulo, a inadimplência do consumidor só não cresceu mais no comércio, porque as vendas a prazo diminuíram.

A inadimplência dificulta a recuperação da economia, afetando a arrecadação, pois sem receber as faturas, muitas empresas não quitam seus fornecedores, além de serem impelidas de cortarem gastos e vagas.

Em alguns casos, adiam o pagamento de tributos, à espera de um novo programa de parcelamento da Receita Federal – até Companhias de grande porte têm-se utilizado deste recurso.

O atraso deve-se ao endividamento excessivo do consumidor, estimulado pelo Governo, nos últimos anos. Com a economia fragilizada e baixa oferta de vagas, os endividamentos têm de se inspirar no que fazem as empresas, reduzindo ativos e cortando a dívida cara.

Esta realidade é vivenciada pela ABE, conforme relatos de nossos funcionários que realizam negociações externas que, ao visitarem as empresas inadimplentes, constatam, in loco, a sua real situação, conciliando, de maneira factível, ambos os interesses – devedor e credor – viabilizando, dessa forma, a recuperação do crédito.

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