terça-feira, 8 de abril de 2014

Projeto que promove mídia impressa sustentável chega ao País

Foi lançada ontem a edição brasileira da 'Two Sides', campanha informativa sobre o uso do papel por publicações

08 de abril de 2014 |  O Estado de S.Paulo

Foi lançada ontem, em São Paulo, uma campanha da indústria gráfica que busca promover a imagem da mídia impressa como setor sustentável. A campanha, batizada de "Two Slides", nasceu no Reino Unido e já está presente em diversos países europeus, além de Estados Unidos, Austrália, Canadá e Nova Zelândia. 
Um dos principais objetivos do projeto é combater mitos e desinformações sobre o uso do papel na produção de jornais e revistas, em especial a crença de que a prática contribui com o desmatamento de florestas.
A Two Sides foi trazida ao Brasil pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf). No evento de lançamento, estiveram presentes Fernando Costa, primeiro vice-presidente da Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner); Martyn Eustace, diretor da Two Sides no Reino Unido; Fabio Arruda Mortara, presidente nacional da Associação Brasileira da Indústria Gráfica; e Christiano Nygaard, diretor de mercado leitor e operações do Estado, representando a ANJ.
Eustace falou sobre a importância de ter na campanha um país como o Brasil, o primeiro latino-americano a participar: "A inclusão do Brasil na iniciativa é fundamental por sua liderança mundial na área da silvicultura".
Em seu discurso no evento de lançamento, o presidente da Abigraf, Fabio Mortara, ressaltou que a iniciativa reforça a informação de que 100% do papel produzido no Brasil para atividades de impressão procede de florestas cultivadas. "Já vínhamos mostrando isso na campanha 'Imprimir é dar vida.'"
Eustace ressaltou que, no passado, jornais e revistas de fato respondiam por uma fatia elevada de recursos florestais. "Hoje, no entanto, a realidade é diferente e essa participação é muito pequena. Os veículos impressos não são cúmplices do desmatamento." Para Mortara, esse tipo de inverdade é espalhada muitas vezes por desinformação.
Adaptação. A campanha, segundo Mortara, pretende cumprir dois passos importantes nos próximos 45 a 60 dias.
O primeiro é a tradução e adaptação para o Brasil das peças da campanha original. O segundo é a realização de uma pesquisa nacional para avaliar a percepção que os brasileiros têm da mídia impressa, contemplando diferentes regiões do País e faixas etárias.
O levantamento seguirá pesquisa similar feita na Europa e que trouxe descobertas como o fato de que os entrevistados mais jovens avaliam o jornalismo impresso como sendo confiável e de credibilidade.
Eustace, da Two Sides britânica, disse que o envolvimento de jornais como o Estado na campanha é "absolutamente crucial": "São os jornais que fazem a ponte entre os negócios e os consumidores, eles têm um diálogo direto com o público para enviar nossa mensagem".
Segundo Mortara, um total de 42 entidades de classe de âmbito nacional estão "fortemente unidas nesse esforço."

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso%2cprojeto-que-promove-midia-impressa-sustentavel-chega-ao-pais%2c1150662%2c0.htm

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