terça-feira, 3 de julho de 2018

Olá, tudo bem ?

A greve dos Caminhoneiros, que paralisou o País por mais de 10 (dez) dias, causando diversos problemas não somente na ocasião dos fatos, mas na continuidade de nossas vidas, pessoais e profissionais, contribuiu também para o aumento da inadimplência, conforme demonstra pesquisa da Serasa Experian.

Em 28.junho.2018, o jornal O Estado de São Paulo publicou no Caderno B4 – Economia, matéria da repórter Márcia de Chiara com título “Inadimplência de empresas cresce com a greve”, relatando que em maio.2018, 5,5 milhões de companhias estavam na lista de inadimplentes, sendo este o maior número de empresas com pagamentos em atraso desde março.2016, quando o levantamento começou a ser feito.

Para se ter uma noção deste aumento, em maio.2017, 5,1 milhão de empresas encontravam-se inadimplentes; em janeiro.2018, este número saltou para 5,4 milhões, porém, em maio.2018, registrou-se aumento de 7,8%, em comparação há um ano atrás, ou seja, os 5,5 milhões registrados pela Pesquisa.




 

Conforme afirmação do economista Luiz Rabi, da Serasa Experian, “a greve dos caminhoneiros impactou as cadeias produtivas e as empresas pararam de produzir e vender”. Claro que, por consequência, sem girar os estoques, não há capital de giro para honrar seus pagamentos, como contas básicas até dívidas com fornecedores e sistema financeiro.

Esta pesquisa mostrou que o aumento da inadimplência ocorreu em maior parte nas empresas de prestação de serviços. Em maio.2017, este setor representava 46,7% do total e, em maio.2018, correspondeu a 48%, ou seja, quase a metade das empresas com pagamentos atrasados.

Rabi explica que este setor foi o mais afetado pela greve pois reúne um número maior de pequenas e microempresas, que normalmente já enfrentam dificuldades de capital de giro, piorando em consequência da greve. E ressalta que a tendência para os próximos meses não é a estabilização, pois a situação financeira das companhias está muito ligada ao ritmo e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que possivelmente continuará desacelerando.

Na ABE já sentimos os efeitos provocados pela greve. Nossos Negociadores internos e, principalmente, os externos, sensibilizados com a situação, analisam as instalações da empresa devedora, propondo acordos plausíveis de cumprimento que, mesmo tendo como objetivo o recebimento à vista, em muitos casos o parcelamento é o melhor, evitando-se a quebra do acordo e garantindo o recebimento do débito.

E sempre estamos à disposição para discutirmos este ou outros temas ligados à inadimplência.

Cordialmente,

Roberto Grejo Jr.
Diretor

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