sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Confiança do comércio tem 6ª queda seguida em outubro e renova mínima histórica.

Índice caiu a 80,6 pontos, após marcar 82,5 pontos no mês anterior, informou a FGV.

Desembolsos do BNDES às pequenas empresas do comércio tiveram queda de 10%, entre 2013 e 2014
Desembolsos do BNDES às pequenas empresas do comércio tiveram queda de 10%, entre 2013 e 2014
Foto: Estadão Conteúdo/Felipe Rau

SÃO PAULO - O Índice de Confiança de Comércio (Icom) recuou pela sexta vez consecutiva em outubro, perdendo 2,3 por cento e renovando a mínima histórica.
O Icom caiu a 80,6 pontos, após marcar 82,5 pontos no mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira.

"O comércio entra no quarto trimestre do ano ainda bastante insatisfeito com os níveis de demanda e prevendo vendas fracas ao final do ano", afirmou o superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV/Ibre, Aloisio Campelo Jr., em comunicado.

O que pesou principalmente sobre o resultado foi o Índice de Expectativas (IE), com recuo de 3,7 por cento, para 110,3 pontos, o menor valor da série histórica.
A queda do IE foi mais do que suficiente para ofuscar o avanço de 0,8 por cento do Índice da Situação Atual (ISA), a 50,8 pontos, após duas fortes quedas consecutivas. Mesmo com o avanço, o ISA ainda se encontra no segundo menor nível nos registros da FGV.

Reuters
http://www.dci.com.br/comercio/confianca-do-comercio-tem-6%C2%AA-queda-e-renova-minima-historica-id506052.html

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Inadimplência em setembro fica estável e juros sobem, diz BC.

No período, dívidas do consumidor se mantiveram em 4,9%, mesmo patamar registrado em agosto.
inadimplência
Inadimplência
Foto: Dreamstime
BRASÍLIA - A inadimplência no mercado de crédito no país no segmento de recursos livres ficou estável em setembro, mantendo-se no nível mais alto em mais de dois anos, num mês em que o spread bancário caiu apesar do aumento dos juros médios em meio ao cenário de recessão e inflação e desemprego em alta.

No segmento de recursos livres, que conta com taxas definidas livremente pelas instituições financeiras, a inadimplência foi de 4,9 por cento em setembro, repetindo patamar de agosto, informou o Banco Central nesta terça-feira. Trata-se do nível mais alto desde maio de 2013, quando havia alcançado 5,1 por cento
Anteriormente, a autoridade monetária havia divulgado inadimplência de 4,8 por cento para agosto, estável sobre julho.

Seguindo a dinâmica dos meses anteriores, os juros médios no segmento de recursos livres subiram a 46,2 por cento em setembro, renovando o recorde da série histórica iniciada em março de 2011 apesar de a Selic seguir estável em 14,25 por cento ao ano há cerca de três meses. Por outro lado, o spread bancário --diferença entre o custo de captação e a taxa efetivamente cobrada pelos bancos ao consumidor final-- caiu a 31,5 pontos percentuais em setembro, contra 32 pontos percentuais em agosto.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na semana passada, o BC optou mais uma vez pela manutenção da taxa básica de juros, após elevá-la em 3,25 pontos percentuais de outubro do ano passado a julho deste ano.
O aperto monetário buscou combater a alta da inflação, que em 12 meses se aproxima de 10 por cento pelo IPCA, acima do teto da meta do governo, de 4,5 por cento, com margem de dois pontos para mais ou para menos.

Apesar de não mexer nos juros básicos, o BC deixou claro que a convergência da inflação para o centro da meta ficará não mais para 2016, mas para 2017, em meio ao cenário de indefinições fiscais e turbulências políticas no país.
Com isso, parte do mercado crê que a Selic vá permanecer no atual patamar por um tempo mais prolongado que o projetado anteriormente.

O BC informou ainda que, em setembro, o estoque total de crédito no Brasil, incluindo recursos livres e direcionados, subiu 0,8 por cento sobre agosto, a 3,160 trilhões de reais, ou 55,0 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).
No acumulado do ano, o avanço foi de 4,7 por cento, sendo que o BC estima crescimento de 9 por cento no saldo total do crédito em 2015, desacelerando na comparação com o ritmo observado nos últimos anos.

Leia mais em:
Financiamento imobiliário sustenta expansão do crédito direcionado, diz BC
Reuters

http://www.dci.com.br/financas/inadimplencia-em-setembro-fica-estavel-e-juros-sobem,-diz-bc-id505105.html

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Confiança do consumidor cai 0,8% em outubro ante setembro, revela FGV. 

Índice de Confiança do Consumidor (ICC) fechou o mês em 75,7 pontos e renovou a mínima histórica da série.

Cenário só será revertido com maior confiança na economia
Cenário só será revertido com maior confiança na economia
Foto: Fotos Públicas
RIO - A confiança do consumidor recuou 0,8% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, informou na manhã desta segunda-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) fechou o mês em 75,7 pontos, renovando a mínima histórica da série, iniciada em setembro de 2005. No mês passado, o indicador havia cedido 5,3% contra agosto.

"A falta de sinalizações positivas no front econômico associada às incertezas políticas mantêm a confiança no mínimo histórico. Os consumidores continuam bastante insatisfeitos com o presente e pessimistas em relação ao futuro. Houve estabilidade do índice que mede as expectativas mas, após recuo de 5,4% no mês anterior, este movimento é ainda insuficiente para sugerir a possibilidade de uma mudança de tendência", avalia a economista Viviane Seda, coordenadora da Sondagem, em nota oficial.

O resultado de outubro foi influenciado pela percepção sobre o momento corrente. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 2,1 pontos ante setembro, ao passar de 67,1 pontos para 65,7 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) ficou estável (0,0%) no período, em 81,1 pontos. Ambos os indicadores estão em mínimas históricas.

Na comparação de outubro com igual mês de 2014, o ICC recuou 24,6%. O índice, calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), está desde novembro do ano passado abaixo dos 100 pontos, zona considerada desfavorável. Já a média histórica, que considera os últimos cinco anos, está em 109,4 pontos.
Segundo a FGV, o levantamento abrange amostra de mais de 2,1 mil domicílios em sete capitais, com entrevistas realizadas entre os dias 1 e 21 deste mês.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/economia/confianca-do-consumidor-cai-0,8-em-outubro-ante-setembro,-revela-fgv-id504776.html 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Déficit brasileiro em transações correntes é de US$3,076 bi.
 
Déficit
Déficit: o resultado de setembro veio pior que a estimativa
Da REUTERS
 
Brasília - O Brasil registrou déficit em transações correntes de 3,076 bilhões de dólares em setembro, somando em 12 meses um saldo negativo correspondente a 4,18 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central nesta sexta-feira.
O resultado de setembro veio pior que a estimativa de um déficit de 2,3 bilhões de dólares em pesquisa Reuters. Já os investimentos diretos no país (IDP) no mês somaram 6,037 bilhões de dólares, acima da expectativa de 4,5 bilhões de dólares.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/deficit-brasileiro-em-transacoes-correntes-e-de-us-3-076-bi

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Confiança da indústria sobe 2,4% em outubro ante setembro, aponta prévia da FGV.

Se confirmado, resultado vai interromper sequência de duas quedas em agosto (-1,6%) e setembro (-2,9%).
Confiança da indústria sobe 2,4% em outubro ante setembro
Confiança da indústria sobe 2,4% em outubro ante setembro
Foto: Divulgação
RIO - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de outubro subiu 2,4% na comparação com o resultado final de setembro, para 67,6 pontos, informou na manhã desta quinta-feira, 22, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado positivo, se confirmado no fim do mês, vai interromper a sequência de duas quedas em agosto (-1,6%) e setembro (-2,9%).
"O resultado da prévia de outubro foi determinado pela melhora das expectativas em relação aos meses seguintes", informou a FGV, em nota oficial.
A prévia de outubro mostra que o Índice de Expectativas (IE) subiu 7,2% ante setembro, para 68,6 pontos, o maior nível desde maio deste ano. Já o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 1,9% no período, para 66,6 pontos, o menor nível da série histórica.
Na comparação com outubro de 2014, sem ajuste, a prévia anunciada nesta manhã aponta recuo de 18,0% na confiança da indústria. Com o resultado, a média histórica recente do indicador está em 96,2 pontos.

Nuci
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria atingiu 76,8% em outubro, segundo a prévia da Sondagem da Indústria divulgada pela FGV. O resultado, já livre de influências sazonais, é maior do que o apurado no dado final da sondagem de setembro, que foi de 76,5%. Contudo, ainda é inferior ao observado em outubro de 2014 (82,0%).
A prévia dos resultados da Sondagem da Indústria abrange a consulta a 782 empresas entre os dias 1 e 19 deste mês. O resultado final da pesquisa referente a outubro será divulgado no próximo dia 28.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/industria/confianca-da-industria-sobe-2,4-em-outubro-ante-setembro-id504114.html

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Queda na taxa básica de juros deve ficar para 2016, Copom se reúne hoje.

Com câmbio elevado, preocupação com a inflação cresce, mas Selic deve seguir em 14,25% até dezembro. Para conter dívida e aquecer economia, mudança pode ocorrer no ano que vem.



São Paulo - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) termina hoje a penúltima reunião do ano para definir sobre a taxa básica de juros (Selic). Mas especialistas acreditam que mudanças devem ocorrer somente em 2016 - e com viés negativo.
O resultado do encontro desta quarta-feira será divulgado após o fechamento dos mercados. E a principal expectativa, segundo especialistas entrevistados pelo DCI, é sobre a manutenção da taxa básica em 14,25% ao ano.
"É necessária certa cautela por parte do Banco Central" , disse Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria. "A atividade econômica está se deteriorando e um novo aumento da taxa de juros poderia complicar ainda mais a situação", concluiu.
Para Mauro Rochlin, professor de economia da FGV, "a alta dos preços não é motivada, hoje, pelo descasamento entre oferta e demanda. O que mantem a inflação são duas fontes: o "fim" dos preços administrados e a pressão do dólar".
Agostinho Pascalicchio, professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, também ressaltou o impacto do real desvalorizado. "Realmente o dólar está causando a alta inflação, principalmente nos índices de preços de alimentos e de vestuário, influenciados pelo custo de importados", disse.

Estimativas
Se os especialistas entrevistados são unânimes sobre a manutenção da taxa Selic em 14,25% até o final de 2015, para o ano que vem, entretanto, as projeções são diferentes. Rochlin acredita que "se não houver novo rally do dólar, talvez cheguemos a 13% até o fim de 2016". Ribeiro também disse que a Selic pode baixar aos 13% no ano que vem, "começando a cair em setembro". Pascalicchio, por outro lado, acredita que a taxa pode chegar a 16,5% em 2016, "para conter a tendência da inflação, que deve continuar".
O relatório Focus, levantamento feito pelo BC com especialistas do mercado, aponta, para 2016, Selic em 12,75%.
As expectativas para o IPCA também foram abordadas. Rochlin disse que a inflação deve cair em 2016, mas não o suficiente para atingir a meta do governo, de 4,5%. Para ele, a alta dos preços pode ficar em 6% no ano que vem. Ribeiro tem opinião semelhante: "a inflação deve ficar em 6,5%, diferente do que o Banco Central está falando, de que haverá convergência para a meta". A economista acredita que o IPCA deve se aproximar dos 4,5% apenas em 2017.
Os especialistas do relatório Focus esperam IPCA em 6,12% até o final de 2016. 

Renato Ghelfi
http://www.dci.com.br/economia/-queda-na-taxa-basica-de-juros-deve-ficar-para-2016%2C-copom-se-reune-hoje-id503738.html

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Retração do PIB em 2015 passa de 2,97% para 3,00%, prevê Focus.

Para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,20% para -1,22%; quatro semanas atrás estava negativa em 0,80%.


moeda dinheiro crédito inflação contas públicas endividamento dívidas Tesouro Banco Central
Moeda dinheiro crédito inflação contas públicas endividamento dívidas Tesouro Banco Central
Foto: Sergio Moraes/Reuters
BRASÍLIA - Depois do terceiro recuo consecutivo na margem do IBC-Br de agosto, o Relatório de Mercado Focus trouxe mais uma revisão para o Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o documento divulgado nesta segunda-feira, 19, pelo Banco Central, a perspectiva de retração da economia este ano passou de 2,97% para 3,00% - um mês antes estava em queda de 2,70%. Para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,20% para -1,22%. Quatro semanas atrás estava negativa em 0,80%.
Segundo o IBGE, o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante o mesmo período de 2014. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano.
No caso da produção industrial, não houve mudanças nas previsões: a mediana das expectativas seguiu em baixa de 7,00% para 2015 e se manteve em queda de 1,00% para 2016. Há quatro semanas, as medianas destas previsões eram de, respectivamente, -6,45% e +0,20%.
Já a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, a projeção dos analistas passou por ajustes. Para 2015, caiu de 35,90% para 35,65% - quatro edições antes estava em 36,30%. Para 2016, a taxa saiu de 39,50% para 39,20%, mesma taxa vista quatro semanas atrás.

Superávit comercial
O Relatório de Mercado traz boas notícias do setor externo. De acordo com o documento, a mediana das estimativas para o superávit da balança comercial de 2015 subiu de US$ 12,99 bilhões para US$ 13,20 bilhões de uma semana para outra.
Quatro boletins atrás, estava em US$ 10 bilhões. Para 2016, houve estabilidade da estimativa mediana de US$ 25 bilhões de uma semana para outra - quatro edições atrás do documento, estava em US$ 21,30 bilhões.
No caso das previsões para a conta corrente, o mercado financeiro também seguiu com a tendência de ajustes para melhor: a expectativa de um déficit de US$ 65,50 bilhões foi substituída pela previsão de um rombo menor, de US$ 65 bilhões. Quatro semanas atrás, a projeção era de déficit de US$ 71 bilhões.
Já para 2016, a perspectiva de saldo negativo deu mais um passo largo esta semana, passando de US$ 50 bilhões para US$ 47,75 bilhões - um mês antes estava em US$ 65 bilhões.
Com esse movimento de redução, os analistas consultados semanalmente pelo BC estimam que o ingresso de investimentos para o setor produtivo já poderá cobrir integralmente o resultado deficitário em 2016, como já prevê o Banco Central para este ano.
Nos últimos meses, segundo participantes, os analistas tentam reestimar as projeções levando em consideração a mudança de metodologia da nota do setor externo, em abril. A mediana das previsões para o novo Investimento Direto no País (IDP) saiu de US$ 61,50 bilhões para US$ 62,50 bilhões para 2015. Para 2016, prosseguiu em US$ 60 bilhões de uma semana para outra.

IGPs
As projeções do mercado financeiro para os IGPs foram as que mais subiram em termos de inflação no Relatório de Mercado Focus. Para o IGP-DI de 2015, a mediana das estimativas passou de 9,15% para 9,46% - um mês atrás estava em 8,25%. Para 2016, a previsão central da pesquisa Focus avançou de 5,86% para 5,89% - quatro semanas atrás, estava em 5,75%.
No caso do IGP-M de 2015, a taxa mediana saltou de 9,15% para 9,33%, bem acima da expectativa apresentada um mês atrás, de 7,86%. Para 2016, o ponto central da pesquisa saiu de 5,93% para 5,96% - quatro edições anteriores estava em 5,76%.
Sobre o IPC-Fipe, que mede a inflação para as famílias de São Paulo, a estimativa para 2015 foi mantida em 9,86% de uma semana para outra. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 9,46%. Para 2016, a expectativa seguiu em 5,06% de uma semana para outra. Um mês antes, estava em 5,09%.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/economia/retracao-do-pib-em-2015-passa-de-2,97-para-3,-preve-focus-id503256.html