terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Confiança de serviços sobe 1,3% em dezembro com melhora da situação atual, diz FGV.
 

Sinais recentes abrem espaço para estabilização ao longo dos próximos meses, avalia consultor.

Reuters

FGV: confiança de serviços sobe 1,3% em dezembro
FGV: confiança de serviços sobe 1,3% em dezembro
Foto: Divulgação
SÃO PAULO - O Índice de Confiança de Serviços (ICS) subiu 1,3 por cento em dezembro na comparação com novembro, com melhora principalmente das avaliações sobre o momento atual, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.
Neste mês, o indicador foi a 101,1 pontos, contra 99,8 pontos em novembro, quando havia recuado 2,1 por cento. Em outubro, o indicador havia registrado o primeiro resultado mensal positivo no ano.
Segundo a FGV, o Índice da Situação Atual (ISA-S) registrou ganho de 2,5 por cento em dezembro sobre novembro, após ter recuado 3,8 por cento anteriormente, chegando a 78,2 pontos.
Já o Índice de Expectativas (IE-S) subiu 0,6 por cento em dezembro, após queda de 1,1 por cento no mês anterior, indo a 124,0 pontos.
"A persistência da inflação elevada e a fragilidade das condições econômicas têm reflexos negativos na percepção das empresas, atuando simultaneamente nas avaliações do momento atual e das expectativas. Apesar disso, os sinais recentes de suavização da queda e o patamar baixo do indicador abrem espaço à estabilização da curva de confiança ao longo dos próximos meses", avalia o consultor da FGV/IBRE Silvio Sales em nota.
(Por Camila Moreira)

http://www.dci.com.br/servicos/confianca-de-servicos-sobe-1,3-em-dezembro,-diz-fgv-id435774.html

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Shoppings têm alta de 3% nas vendas de Natal de 2014.
 
Shopping Frei Caneca 

Dayanne Sousa, do Estadão Conteúdo
 
São Paulo - As vendas nas lojas de shoppings cresceram 3% neste Natal na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 26, pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). O número leva em conta o crescimento real, já descontada a inflação.
O presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, considerou que o crescimento registrado no período está atrelado à abertura de novos shoppings e de projetos de expansão. "É um crescimento vegetativo que está relacionado a abertura de lojas novas, mas considerando as lojas já existentes não houve crescimento", afirmou.
No critério mesmas lojas, que leva em conta apenas as unidades abertas há mais de um ano, o executivo afirmou que as vendas ficaram estáveis, no mesmo patamar de 2013.
"Sem dúvida, o ano de 2014 foi ruim para o comércio, temos um cenário de crédito mais restrito para as populações de menor poder aquisitivo, insegurança com relação às mudanças na economia e a alta do dólar gerando aumentos de preço", disse Sahyoun.
O presidente da Alshop afirmou ainda que o movimento nos shoppings foi baixo sobretudo na véspera de Natal, dia 24 de dezembro. "Parece haver uma mudança de comportamento, não se vê mais os shoppings cheios no último dia antes do Natal, mas sim o movimento de um dia normal, sem filas", comentou.
Entre os fatores que contribuíram para essa mudança, Sahyoun destacou o crescimento das vendas via internet e uma antecipação das compras de Natal na Black Friday, em novembro.
De janeiro a dezembro de 2014, as vendas cresceram em termos reais 1,5%, segundo a Alshop. O indicador também foi considerado fraco pela entidade.
Para Sahyoun, os números podem indicar que os shoppings tenderão a enfrentar mais problemas com alta de vacância. Na avaliação dele, lojistas de menor porte (lojas satélite) não sentem incentivos para investir em lojas novas. A Alshop estima que hoje a média da vacância em shoppings em operação esteja em 10% e Sahyoun estima que esse número pode se aproximar de 12% em breve.
Em 2014, foram abertos 25 novos shoppings e dois encerraram as atividades, chegando ao final do ano a um total de 889 centros de compras. A Alshop conta ainda que há 134 shoppings em construção, a serem inaugurados entre três e quatro anos.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/shoppings-tem-alta-de-3-nas-vendas-de-natal-de-2014

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Número de empresas inadimplentes sobe 7% em novembro, informa SPC Brasil.

Esta é a maior alta mensal desde abril deste ano.


Estadão Conteúdo
Número de empresas inadimplentes sobe 7% em novembro, aponta SPC Brasi
Número de empresas inadimplentes sobe 7% em novembro, aponta SPC Brasi
SÃO PAULO - O impacto baixa atividade econômica contribuiu para o crescimento de 7,44% no número de empresas inadimplentes em novembro na comparação com idêntico mês em 2013, aponta o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Na comparação com outubro, sem ajuste sazonal, houve crescimento de 1,1% na quantidade de pessoas jurídicas inadimplentes. É a maior alta mensal desde abril deste ano. Em outubro, o aumento tinha sido de 6,23% sobre o mesmo mês de 2013.
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a dificuldade dos empresários em manter em dia os compromissos financeiros está diretamente relacionada à inflação persistente, ao encarecimento do crédito e a estagnação da economia. "A piora da confiança dos empresários e o crescimento da inadimplência da pessoa física também são fatores que influenciam a deterioração da capacidade de pagamento das empresas", destaca a economista.
A abertura do indicador por ramo da economia mostra que as empresas do setor de serviços foram as que mais atrasaram o pagamento de contas: alta de 11% na comparação entre novembro de 2014 com o mesmo mês de 2013. A segunda maior alta ficou por conta das indústrias (6,93%), seguida por aquelas que pertencem ao comércio (6,32%) e também pelas empresas que formam o ramo da agricultura (3,16%).
As dívidas mais antigas, que venceram há um prazo entre três e cinco anos, apresentaram a maior variação: alta de 10,95% em relação a novembro de 2013. Já as dívidas atrasadas num período entre 181 e 360 dias mostraram o segundo maior crescimento, com variação positiva de 7,55%. Em seguida aparecem as pendências mais novas, atrasadas em até 90 dias, com alta de 7,53%.
O maior crescimento no número de empresas inadimplentes foi registrado no Sudeste, onde a quantidade de devedores cresceu 8,07%, seguido pelo Nordeste, cuja alta anual foi de 7,42%. A menor alta ficou por conta do Sul, cuja variação apresentada no período foi de 3,79%. As regiões Centro-Oeste e Norte apresentaram crescimento de 5,09% e 4,70%, respectivamente, na quantidade de empresas que não honraram compromissos financeiros. O Sudeste é a região que concentra a maior parte das pessoas jurídicas inadimplentes (43,81%), seguido pelo Nordeste (19,24%) e pelo Sul (17,17%).

http://www.dci.com.br/economia/numero-de-empresas-inadimplentes-sobe-7-em-novembro-id434801.html
Juro do cheque especial chegou a 191,6% ao ano em novembro.

Célia Froufe e Adriana Fernandes, do Estadão Conteúdo. 

Extrato bancário:
Cheque especial: taxa subiu de 187,8% ao ano para 191,6% ao ano na mesma comparação
Brasília - As taxas de juros para crédito com recursos livres voltaram a subir em novembro e chegaram a 33% no mês passado. Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 44,0% ao ano para 44,2% ao ano, atingindo o valor recorde para a série do Banco Central que começou em 2011. Já os juros para pessoa jurídica aumentou de 23,4% ao ano para 23,5%. A alta é resultado da elevação da taxa Selic.
Em outubro, quando subiram pela primeira vez desde junho, as taxas de juros totais (pessoa física e pessoa jurídica) atingiram o maior porcentual desde março de 2011, ficando em 32,9% ao ano.
A tendência é de continuidade das altas dos juros como reflexo do atual ciclo de aperto monetário promovido pelo Banco Central. Atualmente, a Selic está em 11,75% ao ano e a expectativa divulgada pela pesquisa Focus nesta segunda-feira, 22, é de que a taxa suba para 12,25% na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2015.
Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa subiu de 187,8% ao ano para 191,6% ao ano na mesma comparação - uma alta de 3,8 pontos porcentuais no mês. Em 12 meses, essa modalidade acumula alta de 45,2 pontos porcentuais. Para o crédito pessoal, a taxa subiu de 45,9% ao ano para 46,1% ao ano. Para veículos adquiridos por pessoa física, o juro médio passou de 23,0% em outubro para 22,7% em novembro.
A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas, ficou estável em 21,3% ao ano em novembro. O juro médio do crédito direcionado permaneceu em 7,9% ao ano na mesma comparação.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/juro-do-cheque-especial-chegou-a-191-6-ao-ano-em-novembro

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Inadimplência das empresas diminui em novembro, diz Serasa.

SÃO PAULO - Os atrasos acima de três meses nos pagamentos das empresas tiveram queda de 5,3% em novembro, na comparação com outubro. Em relação a novembro do ano passado, também houve redução, de 3,3%, segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas. No acumulado de janeiro a novembro, a inadimplência aumentou 6,1%.

Em nota técnica, a Serasa Experian justificou que o mês de novembro teve 20 dias úteis, número menor que outubro (23), o que causou, principalmente, queda expressiva na emição de cheques sem fundos (-12,1%) e de títulos protestados (-6,7%).

A nota destaca que o recuo na inadimplência também é reflexo da entrada da primeira parcela do décimo terceiro salário na economia. Com mais dinheiro em circulação, melhorou o fluxo de pagamentos de consumidores e de empresas.

Os atrasos de pagamentos das dívidas não bancárias tiveram queda (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água etc.) de 3,4%. A inadimplência com os bancos foi 1,9% inferior à de outubro.

No acumulado de janeiro a novembro, o valor médio dos títulos protestados aumentou 13,8% (de R$ 2.050,41 para R$ 2.333,80). Em relação ao valor das dívidas não bancárias, houve um acréscimo de 6,7% (de R$ 814,11 para R$ 868,68). O valor da inadimplência com os bancos teve queda de 7,3% (de R$ 5.296,09 para R$ 4.908,07) e o valor dos cheques sem fundos caiu 4,3% (de R$ 2.426,79 para R$ 2.322,01).

(Agência Brasil)

http://www.valor.com.br/brasil/3825356/inadimplencia-das-empresas-diminui-em-novembro-diz-serasa#ixzz3MAUzXJT5

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Receita paga último lote do IRPF 2014 nesta segunda-feira. 

Da AGÊNCIA BRASIL
Prédio da Receita Federal em Brasília Brasília — A Receita Federal deposita nesta segunda-feira (15) o último lote da restituição do Imposto de Renda de 2014. O contribuinte que ficou de fora dos sete lotes regulares de restituições deve acessar o Centro de Atendimento Virtual (e-CAC), da Receita Federal para saber os motivos da retenção em malha. O serviço é acessível com a utilização de certificado digital válido ou código de acesso, que pode ser gerado seguindo instruções na própria página. A consulta ao último lote está disponível na nova página da Receita Federal desde o último dia 8.
Detectado o problema, o contribuinte deve corrigi-lo enviando, na maioria dos casos, uma declaração retificadora. O primeiro lote residual, dependendo das disponibilidades do Tesouro Nacional, deve ser liberado em janeiro de 2015. Se não houver erro na declaração apresentada, o contribuinte deve reunir os documentos que comprovem os valores declarados e agendar um atendimento presencial em uma unidade da Receita.
Nos sistemas informatizados da Receita Federal constam 937.939 declarações retidas em malha fiscal, com 740.760 declarações com imposto a restituir; 174.301 declarações com imposto a pagar e 22.878 sem imposto a pagar ou a restituir.
O maior motivo de retenção em malha, informou a Receita, foi omissão de rendimentos, presente em 52% das retenções. Em segundo lugar, aperecem despesas médicas, respondendo por 20% das retenções. Depois, com 10% das retenções, está a ausência de Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf), que ocorre quando a pessoa física declara um valor, mas o patrão não apresenta essa declaração, ou falta informações no documento.
Pelas normas da Receita, a restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá requerê-la por meio da internet, mediante o Formulário Eletrônico - Pedido de Pagamento de Restituição ou diretamente no e-CAC, no serviço Extrato do Processamento da DIRPF.
Caso o valor não seja creditado, o contribuinte poderá contatar pessoalmente qualquer agência do Banco do Brasil ou ligar para a Central de Atendimento por meio do telefone 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos) para agendar o crédito em conta-corrente ou poupança, em seu nome, em qualquer banco.

http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/noticias/receita-paga-ultimo-lote-do-irpf-2014-nesta-segunda-feira

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Novos aumentos de juros serão aplicados com parcimônia, indica BC.

Por Alex Ribeiro e Eduardo Campos | Valor

Getty Images

BRASÍLIA  -  O Comitê de Política Monetária (Copom) mantém a postura “especialmente vigilante” diante das pressões inflacionárias, mas renovou a indicação de que novos aumentos de juros tendem a ser implementados com parcimônia daqui por diante.
As mensagens estão na ata do encontro da semana passada do colegiado, divulgada nesta manhã, que explica por que o Banco Central optou por intensificar o ritmo de elevação da meta da taxa Selic para 0,5 ponto percentual, elevando-a de 11,25% ao ano para 11,75% ao ano, de forma unânime.
Os modelos do BC, segundo o documento,  projetam inflação relativamente estável em 2015, na comparação com os valores estimados na reunião do Copom de outubro, mas acima da meta de 4,5%. Para os três primeiros trimestres de 2016, diz o BC, a expectativa é de que a inflação vai entrar em trajetória de convergência para a meta, definida em 4,5%, mas “as projeções também apontam inflação acima da mesma, tanto no cenário de referência quanto no de mercado”.
A postura “especialmente vigilante” já constava de documento anterior do Copom, de outubro. Mas  a ata divulgada nesta manhã  emenda, logo em seguida: “Entretanto, considerando os efeitos cumulativos e defasados da política monetária, entre outros fatores, o Comitê avalia que o esforço adicional de política monetária tende a ser implementado com parcimônia”.

Longo declínio da inflação
A ata incorpora em seu texto a avaliação feita pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, de que a inflação deve ficar mais alta no curto prazo, mas entrar em um período de longo declínio ainda em 2015. “Nesse contexto, o Comitê não descarta a ocorrência de cenário que contempla elevação da inflação no curto prazo, e antecipa que a inflação tende a permanecer elevada em 2015, mas ainda no próximo ano entrar em longo período de declínio”, diz o parágrafo 27 da ata.
O documento também soma indicação dada por Tombini de que o Copom trabalha com um horizonte de convergência da inflação para o centro da meta, de 4,5%, até o fim de 2016. A ata informa que as ações futuras de política monetária “serão tomadas com vistas a assegurar a convergência da inflação para a trajetória de metas, que, na visão do Comitê, tende a ocorrer em 2016”. Até então o BC falava apenas em assegurar a convergência “tempestiva” da inflação.

Recuperação da economia
No lado produtivo, o BC acredita que a atividade econômica tende a entrar em trajetória de recuperação em 2015, mas apenas no segundo semestre do ano.
O BC mantém a tese de que o consumo tende a crescer em ritmo moderado e os investimentos tendem a ganhar impulso. No entanto, “a velocidade de materialização das mudanças acima citadas e dos ganhos delas decorrentes depende do fortalecimento da confiança de firmas e famílias”.
O BC também repete a avaliação de que um cenário de maior crescimento global, combinado com a depreciação do real, militam no sentido de torná-lo mais favorável ao crescimento da economia brasileira. O quadro externo, porém, segue complexo, com riscos elevados para a estabilidade decorrente do comportamento dos juros de economias maduras. 

Política fiscal
O documento também traz importante reavaliação sobe a política fiscal. O colegiado dá um voto de confiança ao compromisso fiscal assumido pelo ministro indicado da Fazenda, Joaquim Levy. Ele se comprometeu com um superávit primário de 1,2% do PIB em 2015 e resultados não inferiores a 2% do PIB nos dois anos subsequentes. O Copom diz que a entrega dos superávits primários prometidos “contribuirá” para criar uma percepção positiva sobre o ambiente macroeconômico e estimulará “o investimento privado”.
Pela primeira vez, a ata menciona a possibilidade de a política fiscal se descolar para a zona de contenção no horizonte relevante da política monetária. O comitê também vê boas chances de haver uma retração do crédito oficial subsidiado - e é mais positivo sobre as chances de a política fiscal estimular o investimento privado.
O BC também cita na ata que são grandes as probabilidades de moderação na concessão de crédito subsidiado, incorporando, assim, mais um aceno de Levy sobre a política parafiscal, que engloba a expansão da carteira de bancos públicos e programas de crédito a custos inferiores aos praticados pelo mercado.
“O Comitê considera oportunas iniciativas no sentido de moderar concessões de subsídios por intermédio de operações de crédito. Além disso, atribui elevada probabilidade a que ações nesse sentido sejam implementadas no horizonte relevante para a política monetária”, diz o texto.
 
http://www.valor.com.br/financas/3812948/novos-aumentos-de-juros-serao-aplicados-com-parcimonia-indica-bc#ixzz3Lbl13gBa