quinta-feira, 29 de maio de 2014

GM faz recall de 238 mil carros no País.

Empresa vai providenciar substituição do filtro de combustível dos veículos; defeito pode levar a vazamentos e provocar incêndios.

21 de maio de 2014 |  Cleide Silva - O Estado de S.Paulo 
 
 

A General Motors do Brasil iniciou ontem recall de 238.360 modelos Agile, Celta, Classic, Cobalt, Cruze, Montana, Onix, Prisma e Spin por risco de incêndio. Desse total, 16.706 unidades do Classic, Cobalt, Montana e Spin já tinham sido objeto de convocação em fevereiro em razão do mesmo problema.
Os modelos envolvidos foram fabricados no período de 15 de outubro de 2013 a 23 de abril deste ano, todos com motores flex. A empresa vai providenciar a substituição do filtro de combustível. Ela não divulgou o nome da fabricante do componente.
Segundo a GM, foi constatada uma não conformidade na fabricação do filtro, o que pode ocasionar vazamento de combustível e causar incêndios. "Há também a possibilidade de desligamento repentino do motor por falta de combustível, com risco de colisão e lesões graves ou até fatais aos ocupantes e terceiros", informa a nota da fabricante.
Em razão de envolver veículos que já foram alvo de campanha anterior, o Procon-SP notificou a GM a prestar esclarecimentos. "Já encaminhamos a notificação e a empresa tem prazo de sete dias para responder", informa Márcio Marcucci, diretor de fiscalização do órgão. O não atendimento à notificação do Procon é passível de multa, que pode variar de R$ 480 a R$ 7,2 milhões, conforme estabelece o Código de Defesa do Consumidor.

O recall anunciado ontem envolve 1.750 unidades do Agile, 29.736 do Celta, 23.548 do Classic, 21.326 do Cobalt, 7.351 do Cruze Sport6, 6.249 do Cruze, 19.124 da Montana, 69.350 do Onix, 41.575 do Prisma e 18.351 da Spin.  
As concessionárias da marca farão a substituição da peça gratuitamente, mas a empresa sugere aos consumidores que agendem o serviço.

Segurança. Só neste ano, cerca de 300 mil veículos de diversas montadoras foram alvo de recall. A convocação em massa é feita quando o defeito de fabricação envolve a segurança dos usuários. No mesmo período do ano passado, as campanhas de recall envolveram 217,3 mil veículos, segundo o Procon.
Em 2010, a GM fez um recall para 59,7 mil unidades do Agile, cujo defeito na bomba de combustível também poderia ocasionar incêndio.
A GM já enfrenta ações na Justiça em razão de incêndios em modelos Vectra, que já saíram de linha. Há registros de acidentes ocorridos nos anos de 1999, 2008 e 2009 que resultaram em cinco mortes.
Desde aquela época, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) avalia o caso, mas não determinou a realização de recall. Nos Estados Unidos, a companhia também responde a diversas ações por acidentes causados por defeitos que teriam sido detectados há dez anos (veja mais informações ao lado).
O maior recall já realizado no Brasil foi feito pela GM em 2000, envolvendo cerca de 1,3 milhão de unidades do Corsa. O problema estava no cinto de segurança, que se soltava quando submetido a impactos. Nesse caso também há a confirmação de duas vítimas fatais.
Em 2008, a Volkswagen fez recall de 511 mil unidades dos modelos da linha Fox em razão de problemas no sistema de rebatimento dos bancos.

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,gm-faz-recall-de-238-mil-carros-no-pais,1169357,0.htm

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Pão de Açúcar, Via Varejo e Casino anunciam fusão de e-commerce.

Operação, que ainda precisa ser aprovada pelos conselhos de administração das empresas, deverá resultar em uma das maiores companhias de comércio eletrônico do mundo.

06 de maio de 2014 | 19h 12 | Mônica Scaramuzzo, de O Estado de S. Paulo.
 
SÃO PAULO - O Grupo Pão de Açúcar (GPA) e a Via Varejo anunciaram nesta terça-feira, 6, que estudam com o Grupo Casino a criação de uma plataforma que reunirá as atividades de e-commerce da Nova Pontocom no Brasil e do Cdiscount na França, Colômbia e Ásia. 

 
Essa operação deverá resultar em uma das maiores companhias de comércio eletrônico do mundo, ao considerar a receita líquida em 2013 de US$ 4,1 bilhões das companhias.
A Cdiscount, controlada pelo Casino, é uma das líderes de comércio eletrônico na França, com volume de negócios da ordem de U$ 2,1 bilhões em 2013 (incluindo o marketplace). No primeiro trimestre deste ano, três novos sites sob a marca Cdiscount foram lançados na Colômbia, Tailândia e Vietnã. Na Colômbia, o grupo é sócio da Exito. Na Ásia, atua em parceria com o grupo Big C Tailândia e Big C Vietnã.
A Nova Pontocom obteve no ano passado volume de negócios da ordem de US$ 2 bilhões.
Projeto. Em estudo, o projeto passará pela aprovação dos órgãos de governança das companhias envolvidas e foi submetido aos conselhos de administração da GPA e Via Varejo após ser discutido com o acionista controlador, o grupo francês Casino.
No projeto levado aos conselhos, está prevista a criação de uma única sociedade holding internacional, a NewCo, e considera a possível abertura de capital nos Estados Unidos, com o objetivo de acelerar o desenvolvimento da empresa e aumentar sua visibilidade.
Para analisar, discutir e emitir uma recomendação sobre o projeto, inclusive quanto à relação de troca de ações da qual resultará a divisão do capital social de Newco entre seus sócios fundadores, o conselho de administração da CBD, deliberou constituir Comitê Especial formado em sua maioria por conselheiros independentes, e composto pelos conselheiros Eleazar de Carvalho Filho, Luiz Aranha Corrêa do Lago e Maria Helena dos Santos Fernandes Santana. O mesmo foi deliberado pelo conselho de administração da Via Varejo. O comitê especial da ViaVarejo será composto pelos conselheiros Alberto Guth, Christophe Hidalgo e Renato Carvalho.

http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios-comercio,pao-de-acucar-via-varejo-e-casino-anunciam-fusao-de-e-commerce,183949,0.htm

quinta-feira, 22 de maio de 2014

AT&T vai pagar US$ 48,5 bilhões pela DirecTV.

O negócio pode ter repercussão no Brasil, uma vez que a DirecTV é a controladora da operadora Sky no País.

18 de maio de 2014
 
A operadora norte-americana AT&T concordou neste domingo, 18, em pagar US$ 48,5 bilhões para comprar a empresa de TV por assinatura DirecTV nos Estados Unidos. O valor do negócio anunciado representa um "prêmio" de 30% sobre o valor das ações da DirecTV antes de os primeiros rumores sobre as conversas começarem a aparecer no mercado.
O negócio pode ter repercussão no Brasil, uma vez que a DirecTV é a controladora da operadora Sky no País, com participação de 93%. De acordo com reportagem do The New York Times, a AT&T ganharia um número importante de consumidores na América Latina com a DirecTV, onde a operadora de televisão via satélite contabiliza hoje cerca de 18 milhões de consumidores.
A DirecTV é líder no mercado de televisão via satélite nos Estados Unidos. De acordo com fontes de mercado, o acordo de venda vai provocar uma "revolução" no mercado americano de TV por assinatura.
O apetite por este setor fica claro na decisão da AT&T de pagar US$ 95 por ação pela DirecTV, acima das estimativas já arrojadas do mercado, que antecipava um valor entre US$ 92 e US$ 94. Consideradas as dívidas envolvidas na operação, a compra da DirecTV – líder do setor no mercado americano – custaria US$ 67,1 bilhões à operadora de telefonia.
Ao comprar a DirecTV, a AT&T aumenta em muito sua aposta no setor de TV por assinatura, no qual hoje tem uma presença considerada discreta. A compra da DirecTV é o maior negócio do setor de televisão por assinatura nos Estados Unidos desde a tentativa frustrada da própria AT&T de adquirir a T-Mobile por US$ 39 bilhões há três anos.

Concorrência. Especialistas no setor dizem que a compra da DirecTV pela AT&T deverá enfrentar alguma resistência dentro dos órgãos americanos de controle da concorrência. Isso porque atualmente esses órgãos já estão avaliando o negócio de US$ 45 bilhões envolvendo a compra da Time Warner Cable pela Comcast. Parte do mercado vê a compra da DirecTV pela AT&T como uma resposta direta ao movimento da Comcast.
Em um comunicado, a AT&T anunciou que o negócio com a DirecTV deverá "redefinir a indústria do entretenimento de vídeo" e que o objetivo da compra é oferecer conteúdo aos clientes "em diversos tipos de telas, como dispositivos móveis, TVs, laptops, carros e até em aviões". "Ao mesmo tempo, (o acordo) cria valor imediato e de longo prazo aos nossos acionistas", afirmou Randall Stephenson na mesma nota.
Embora o acordo com a DirecTV realmente leve a presença da AT&T em televisão a um novo patamar, analistas do mercado de comunicação dizem que há desafios à frente.
No mercado americano, a DirecTV tem de enfrentar a redução do crescimento das assinaturas ao tipo de serviço que ela oferece à medida que outros serviços ganham força – por lá, além do Netflix, a Amazon também tem um forte serviço de streaming, em que os clientes podem escolher conteúdos e assisti-los diretamente na internet.
Para os analistas do segmento, as operadoras de TV a cabo – que geralmente também ofertam o serviço de internet aos clientes – têm a chance de pegar carona nessa mudança de mercado, algo que, dado o desenho atual de seu negócio, não estaria ao alcance da DirecTV.

Organização. Ao concordar em comprar a DirecTV, a AT&T anunciou que vai vender sua participação de aproximadamente 8% na America Movil, empresa do bilionário mexicano Carlos Slim. A companhia de Slim tem forte presença no mercado brasileiro, onde é dona da Claro, da Embratel e da operadora de TV por assinatura NET. / AGÊNCIAS INTERNACONAIS

http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,atet-vai-pagar-us-48-5-bilhoes-pela-directv,185210,0.htm

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Zuckerberg, do Facebook, é o executivo mais bem pago dos EUA.

Ele recebeu US$ 2,28 bilhões em 2012, o dobro do segundo colocado da lista dos dirigentes de empresas mais bem pagos

23 de outubro de 2013
 
LOS ANGELES - O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, foi o executivo mais bem pago dos Estados Unidos em 2012.

 - Reuters
Reuters
 
Ele recebeu US$ 2,28 bilhões, entre salários e outras remunerações indiretas, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira, 23, pela consultoria GMI Ratings.
  
Em segundo lugar, com a metade do ganho de Zuckerberg, está Richard D. Kinder, chefe da gigante de energia Kinder Morgan, que recebeu um salário de US$ 1,1 bilhão.

Em terceiro lugar, bem atrás, aparece Mel Karmazin, que até dezembro estava no comando da empresa de rádio pago via satélite Sirius XM Radio.
  
Karmazin acumulou um ganho anual de US$ 255 milhões. Segundo dados da consultoria GMI Ratings, os executivos mais bem pagos tiveram aumento de 8,4 % em média em 2012.

Pela primeira vez, todos os dez primeiros colocados da lista dos mais bem pagos receberam valores acima de US$ 100 milhões ao longo do ano.
O líder do grupo investidor em empresas de comunicação Liberty Media, Gregory B. Maffei, recebeu US$ 254 milhões, enquanto Tim Cook, da Apple, teve rendimentos de US$ 143 milhões.
Na lista também estão os comandantes da Starbucks e da empresa de serviços de internet Salesforce.com. 

http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios-tecnologia,zuckerberg-do-facebook-e-o-executivo-mais-bem-pago-dos-eua,168305,0.htm

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Cade aprova negócio entre Alison Bidco e Alstom

A operação foi aprovada sem restrições

Luci Ribeiro, do Estadão Conteúdo
Alstom
Para a Alstom, a operação é parte de um projeto de alienação de ativos não essenciais
Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, operação entre Alison Bidco e Alstom. A operação consiste na aquisição, pela Triton Managers IV Limited e pela TFF IV Limited, por meio da subsidiária Alison Bidco, do controle exclusivo do chamado 'Negócio Oak', hoje detido pela Alstom Holding.

O Negócio Oak atua no fornecimento de equipamentos auxiliares de energia termoelétrica, como preaquecedores de ar e moinhos de minerais.
A aprovação do ato de concentração entre as empresas está em despacho da Superintendência-Geral do Cade publicado nesta segunda-feira, 19, no Diário Oficial da União (DOU).
Segundo documento do órgão antitruste sobre a operação, para a Triton, a aquisição do Oak é uma oportunidade de investimento atrativa que coincide com sua estratégia de investir em negócios de médio porte com bom potencial de desenvolvimento.
Para a Alstom, a operação é parte de um projeto de alienação de ativos não essenciais, anunciado pelo Grupo em 2013.

http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/cade-aprova-negocio-entre-alison-bidco-e-alstom

sexta-feira, 16 de maio de 2014

PDG Realty vê espaço para diminuir despesas no ano.

Companhia mostrou recuo na linha de despesas gerais e administrativas entre janeiro e março

Reuters - EDUARDO MONTEIRO
PDG Realty
PDG Realty: desafio de rolagem da dívida passa a ser marginal

São Paulo - A PDG Realty enxerga espaço para redução adicional das despesas gerais e administrativas nos próximos trimestres após mostrar recuo nessa linha entre janeiro e março, afirmou o diretor presidente da construtora e incorporadora, Carlos Piani.
Em teleconferência com analistas nesta quinta-feira, o vice-presidente financeiro da empresa, Marco Kheirallah, afirmou que o desafio de rolagem da dívida passa a ser marginal diante das renegociações que a companhia vem fazendo.
"As linhas que temos abertos são excedentes e superam os vencimentos. Podemos começar a parar de falar do risco de rolagem", disse.

http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/pdg-realty-ve-espaco-para-diminuir-despesas-no-ano--2

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Eneva fará aumento privado de capital de até R$1,5 bi.

Na primeira fase será feito um aumento de até R$316,5 milhões, e na segunda um aumento de capital em dinheiro e em bens de até R$1,5 bilhão.

REUTERS

Eneva: companhia irá alienar entre 50% e 100% das ações de emissão da Pecém II
São Paulo - A empresa de energia Eneva, ex-MPX, irá promover um aumento privado de capital de até 1,5 bilhão de reais, parte de um acordo para fortalecimento da sua estrutura de capital que também envolve a renegociação de dívidas e a venda da térmica Pecém II.
O acordo foi celebrado entre a companhia e a DD Brazil Holdings S.a.r.l., E.ON SE, e os bancos Itaú Unibanco, BTG Pactual, Citibank e HSBC Bank Brasil, conforme fato relevante divulgado nesta segunda-feira.
No documento, a companhia informou que a injeção de recursos será feita em duas fases. Na primeira, será feito um aumento privado de capital de até 316,5 milhões de reais, a um valor de 1,27 real por ação - preço de fechamento do papel na sexta-feira, quando a proposta foi aprovada pelo Conselho de Administração.
A E.ON se comprometeu a subscrever novas ações da Eneva no valor de 120 milhões de reais nessa etapa, numa investida sujeita a determinadas condições suspensivas.
Na segunda fase da operação, será feito um aumento privado de capital em dinheiro e bens de até 1,5 bilhão de reais, descontado o montante emitido na primeira etapa.
A transação da segunda fase será submetida à aprovação da Assembleia Geral da Eneva. A E.ON se comprometeu a subscrever até 450 milhões de reais em novas ações de emissão da companhia nessa etapa, sendo que o compromisso "poderá ser realizado mediante a contribuição de parte, ou a totalidade, das ações diretas ou indiretas detidas pela E.ON e de emissão da Pecém II Geração de Energia, decorrente da potencial venda de ações do capital social da Pecém II à E.ON".
Antes da segunda fase do aumento de capital, a Eneva irá vender entre 50 e 100 por cento das ações de emissão da termelétrica Pecém II, localizada no município de São Gonçalo do Amarante, no Ceará, segundo informado pela empresa nesta segunda.
A Eneva acrescentou ainda que o compromisso de subscrição por parte da E.ON está sujeito à condição de que a participação da empresa alemã no capital social da Eneva não passe de 49,9 por cento.
Ainda de acordo com o comunicado, a E.ON concordou em dar uma garantia, sujeita a determinadas condições suspensivas, pela qual incorporará indiretamente até 50 por cento da totalidade das ações de emissão da Pecém II, assim como um empréstimo concedido pela Eneva à termelétrica, por meio de uma sociedade de propósito específico a qual terá E.ON e Eneva como acionistas.
"A Venda de Pecém II será feita a condições e por um preço justo de mercado a ser determinado ao fim do processo competitivo e confirmado por um laudo de avaliação preparado pela Deloitte Touche Tohmatsu, sendo que o compromisso da E.ON com relação a Pecém II não deve exceder o valor de 400 milhões de reais", disse a Eneva.
Além do aumento de capital, a companhia também fechou um empréstimo ponte com as instituições financeiras no valor de 100 milhões de reais, uma reestruturação de seu endividamento e de suas subsidiárias no valor de 600 milhões de reais, e a prorrogação de cinco anos no prazo de vencimento dos empréstimos ainda existentes, com início do prazo para amortização a partir de junho de 2017.
"O aumento de capital, o reperfilamento das dívidas e a venda de Pecém II objetivam aumentar a disponibilidade de caixa do grupo Eneva e fortalecer sua estrutura de capital e seu balanço", disse a companhia.
Às 11h, a empresa fará uma teleconferência com o mercado sobre o anúncio.
Atualizado às 9h48

http://exame.abril.com.br/mercados/noticias/eneva-fara-aumento-privado-de-capital-de-ate-r-1-5-bi