segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Confiança do consumidor cai 0,8% em outubro ante setembro, revela FGV. 

Índice de Confiança do Consumidor (ICC) fechou o mês em 75,7 pontos e renovou a mínima histórica da série.

Cenário só será revertido com maior confiança na economia
Cenário só será revertido com maior confiança na economia
Foto: Fotos Públicas
RIO - A confiança do consumidor recuou 0,8% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, informou na manhã desta segunda-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) fechou o mês em 75,7 pontos, renovando a mínima histórica da série, iniciada em setembro de 2005. No mês passado, o indicador havia cedido 5,3% contra agosto.

"A falta de sinalizações positivas no front econômico associada às incertezas políticas mantêm a confiança no mínimo histórico. Os consumidores continuam bastante insatisfeitos com o presente e pessimistas em relação ao futuro. Houve estabilidade do índice que mede as expectativas mas, após recuo de 5,4% no mês anterior, este movimento é ainda insuficiente para sugerir a possibilidade de uma mudança de tendência", avalia a economista Viviane Seda, coordenadora da Sondagem, em nota oficial.

O resultado de outubro foi influenciado pela percepção sobre o momento corrente. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 2,1 pontos ante setembro, ao passar de 67,1 pontos para 65,7 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) ficou estável (0,0%) no período, em 81,1 pontos. Ambos os indicadores estão em mínimas históricas.

Na comparação de outubro com igual mês de 2014, o ICC recuou 24,6%. O índice, calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), está desde novembro do ano passado abaixo dos 100 pontos, zona considerada desfavorável. Já a média histórica, que considera os últimos cinco anos, está em 109,4 pontos.
Segundo a FGV, o levantamento abrange amostra de mais de 2,1 mil domicílios em sete capitais, com entrevistas realizadas entre os dias 1 e 21 deste mês.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/economia/confianca-do-consumidor-cai-0,8-em-outubro-ante-setembro,-revela-fgv-id504776.html 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Déficit brasileiro em transações correntes é de US$3,076 bi.
 
Déficit
Déficit: o resultado de setembro veio pior que a estimativa
Da REUTERS
 
Brasília - O Brasil registrou déficit em transações correntes de 3,076 bilhões de dólares em setembro, somando em 12 meses um saldo negativo correspondente a 4,18 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central nesta sexta-feira.
O resultado de setembro veio pior que a estimativa de um déficit de 2,3 bilhões de dólares em pesquisa Reuters. Já os investimentos diretos no país (IDP) no mês somaram 6,037 bilhões de dólares, acima da expectativa de 4,5 bilhões de dólares.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/deficit-brasileiro-em-transacoes-correntes-e-de-us-3-076-bi

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Confiança da indústria sobe 2,4% em outubro ante setembro, aponta prévia da FGV.

Se confirmado, resultado vai interromper sequência de duas quedas em agosto (-1,6%) e setembro (-2,9%).
Confiança da indústria sobe 2,4% em outubro ante setembro
Confiança da indústria sobe 2,4% em outubro ante setembro
Foto: Divulgação
RIO - O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de outubro subiu 2,4% na comparação com o resultado final de setembro, para 67,6 pontos, informou na manhã desta quinta-feira, 22, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado positivo, se confirmado no fim do mês, vai interromper a sequência de duas quedas em agosto (-1,6%) e setembro (-2,9%).
"O resultado da prévia de outubro foi determinado pela melhora das expectativas em relação aos meses seguintes", informou a FGV, em nota oficial.
A prévia de outubro mostra que o Índice de Expectativas (IE) subiu 7,2% ante setembro, para 68,6 pontos, o maior nível desde maio deste ano. Já o Índice da Situação Atual (ISA) recuou 1,9% no período, para 66,6 pontos, o menor nível da série histórica.
Na comparação com outubro de 2014, sem ajuste, a prévia anunciada nesta manhã aponta recuo de 18,0% na confiança da indústria. Com o resultado, a média histórica recente do indicador está em 96,2 pontos.

Nuci
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria atingiu 76,8% em outubro, segundo a prévia da Sondagem da Indústria divulgada pela FGV. O resultado, já livre de influências sazonais, é maior do que o apurado no dado final da sondagem de setembro, que foi de 76,5%. Contudo, ainda é inferior ao observado em outubro de 2014 (82,0%).
A prévia dos resultados da Sondagem da Indústria abrange a consulta a 782 empresas entre os dias 1 e 19 deste mês. O resultado final da pesquisa referente a outubro será divulgado no próximo dia 28.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/industria/confianca-da-industria-sobe-2,4-em-outubro-ante-setembro-id504114.html

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Queda na taxa básica de juros deve ficar para 2016, Copom se reúne hoje.

Com câmbio elevado, preocupação com a inflação cresce, mas Selic deve seguir em 14,25% até dezembro. Para conter dívida e aquecer economia, mudança pode ocorrer no ano que vem.



São Paulo - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) termina hoje a penúltima reunião do ano para definir sobre a taxa básica de juros (Selic). Mas especialistas acreditam que mudanças devem ocorrer somente em 2016 - e com viés negativo.
O resultado do encontro desta quarta-feira será divulgado após o fechamento dos mercados. E a principal expectativa, segundo especialistas entrevistados pelo DCI, é sobre a manutenção da taxa básica em 14,25% ao ano.
"É necessária certa cautela por parte do Banco Central" , disse Alessandra Ribeiro, economista da Tendências Consultoria. "A atividade econômica está se deteriorando e um novo aumento da taxa de juros poderia complicar ainda mais a situação", concluiu.
Para Mauro Rochlin, professor de economia da FGV, "a alta dos preços não é motivada, hoje, pelo descasamento entre oferta e demanda. O que mantem a inflação são duas fontes: o "fim" dos preços administrados e a pressão do dólar".
Agostinho Pascalicchio, professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, também ressaltou o impacto do real desvalorizado. "Realmente o dólar está causando a alta inflação, principalmente nos índices de preços de alimentos e de vestuário, influenciados pelo custo de importados", disse.

Estimativas
Se os especialistas entrevistados são unânimes sobre a manutenção da taxa Selic em 14,25% até o final de 2015, para o ano que vem, entretanto, as projeções são diferentes. Rochlin acredita que "se não houver novo rally do dólar, talvez cheguemos a 13% até o fim de 2016". Ribeiro também disse que a Selic pode baixar aos 13% no ano que vem, "começando a cair em setembro". Pascalicchio, por outro lado, acredita que a taxa pode chegar a 16,5% em 2016, "para conter a tendência da inflação, que deve continuar".
O relatório Focus, levantamento feito pelo BC com especialistas do mercado, aponta, para 2016, Selic em 12,75%.
As expectativas para o IPCA também foram abordadas. Rochlin disse que a inflação deve cair em 2016, mas não o suficiente para atingir a meta do governo, de 4,5%. Para ele, a alta dos preços pode ficar em 6% no ano que vem. Ribeiro tem opinião semelhante: "a inflação deve ficar em 6,5%, diferente do que o Banco Central está falando, de que haverá convergência para a meta". A economista acredita que o IPCA deve se aproximar dos 4,5% apenas em 2017.
Os especialistas do relatório Focus esperam IPCA em 6,12% até o final de 2016. 

Renato Ghelfi
http://www.dci.com.br/economia/-queda-na-taxa-basica-de-juros-deve-ficar-para-2016%2C-copom-se-reune-hoje-id503738.html

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Retração do PIB em 2015 passa de 2,97% para 3,00%, prevê Focus.

Para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,20% para -1,22%; quatro semanas atrás estava negativa em 0,80%.


moeda dinheiro crédito inflação contas públicas endividamento dívidas Tesouro Banco Central
Moeda dinheiro crédito inflação contas públicas endividamento dívidas Tesouro Banco Central
Foto: Sergio Moraes/Reuters
BRASÍLIA - Depois do terceiro recuo consecutivo na margem do IBC-Br de agosto, o Relatório de Mercado Focus trouxe mais uma revisão para o Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o documento divulgado nesta segunda-feira, 19, pelo Banco Central, a perspectiva de retração da economia este ano passou de 2,97% para 3,00% - um mês antes estava em queda de 2,70%. Para 2016, a mediana das previsões saiu de -1,20% para -1,22%. Quatro semanas atrás estava negativa em 0,80%.
Segundo o IBGE, o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante o mesmo período de 2014. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano.
No caso da produção industrial, não houve mudanças nas previsões: a mediana das expectativas seguiu em baixa de 7,00% para 2015 e se manteve em queda de 1,00% para 2016. Há quatro semanas, as medianas destas previsões eram de, respectivamente, -6,45% e +0,20%.
Já a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB, a projeção dos analistas passou por ajustes. Para 2015, caiu de 35,90% para 35,65% - quatro edições antes estava em 36,30%. Para 2016, a taxa saiu de 39,50% para 39,20%, mesma taxa vista quatro semanas atrás.

Superávit comercial
O Relatório de Mercado traz boas notícias do setor externo. De acordo com o documento, a mediana das estimativas para o superávit da balança comercial de 2015 subiu de US$ 12,99 bilhões para US$ 13,20 bilhões de uma semana para outra.
Quatro boletins atrás, estava em US$ 10 bilhões. Para 2016, houve estabilidade da estimativa mediana de US$ 25 bilhões de uma semana para outra - quatro edições atrás do documento, estava em US$ 21,30 bilhões.
No caso das previsões para a conta corrente, o mercado financeiro também seguiu com a tendência de ajustes para melhor: a expectativa de um déficit de US$ 65,50 bilhões foi substituída pela previsão de um rombo menor, de US$ 65 bilhões. Quatro semanas atrás, a projeção era de déficit de US$ 71 bilhões.
Já para 2016, a perspectiva de saldo negativo deu mais um passo largo esta semana, passando de US$ 50 bilhões para US$ 47,75 bilhões - um mês antes estava em US$ 65 bilhões.
Com esse movimento de redução, os analistas consultados semanalmente pelo BC estimam que o ingresso de investimentos para o setor produtivo já poderá cobrir integralmente o resultado deficitário em 2016, como já prevê o Banco Central para este ano.
Nos últimos meses, segundo participantes, os analistas tentam reestimar as projeções levando em consideração a mudança de metodologia da nota do setor externo, em abril. A mediana das previsões para o novo Investimento Direto no País (IDP) saiu de US$ 61,50 bilhões para US$ 62,50 bilhões para 2015. Para 2016, prosseguiu em US$ 60 bilhões de uma semana para outra.

IGPs
As projeções do mercado financeiro para os IGPs foram as que mais subiram em termos de inflação no Relatório de Mercado Focus. Para o IGP-DI de 2015, a mediana das estimativas passou de 9,15% para 9,46% - um mês atrás estava em 8,25%. Para 2016, a previsão central da pesquisa Focus avançou de 5,86% para 5,89% - quatro semanas atrás, estava em 5,75%.
No caso do IGP-M de 2015, a taxa mediana saltou de 9,15% para 9,33%, bem acima da expectativa apresentada um mês atrás, de 7,86%. Para 2016, o ponto central da pesquisa saiu de 5,93% para 5,96% - quatro edições anteriores estava em 5,76%.
Sobre o IPC-Fipe, que mede a inflação para as famílias de São Paulo, a estimativa para 2015 foi mantida em 9,86% de uma semana para outra. Um mês antes, a mediana das projeções do mercado para o IPC era de 9,46%. Para 2016, a expectativa seguiu em 5,06% de uma semana para outra. Um mês antes, estava em 5,09%.

Estadão Conteúdo
http://www.dci.com.br/economia/retracao-do-pib-em-2015-passa-de-2,97-para-3,-preve-focus-id503256.html

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Inadimplência na educação dispara.

No primeiro semestre, avanço dos mau pagadores foi de 22%. Crescimento foi verificado nas instituições de ensino fundamental, médio e superior.

Cabisbaixa: poder de compra corroído pressionou os estudantes
Cabisbaixa: poder de compra corroído pressionou os estudantes
Foto: Dreamstime
São Paulo - A economia desafiadora, somada à diminuição do poder de compra do brasileiro, atingiu em cheio as instituições educacionais. Segundo o Serasa Experian, de janeiro a julho, houve alta de 22% no número de inadimplentes.
O estudo, que abrange instituições de ensino fundamental, médio e superior de todo o Brasil aponta um cenário nebuloso. Segundo o estudo, no primeiro semestre de 2014, sobre um ano antes, a inadimplência no setor havia apresentado queda de 1,3%. Levando em conta apenas as escolas de ensino fundamental e médio, o aumento no primeiro semestre foi ainda maior: 25,9%. No primeiro semestre de 2014, comparado a 2013, a inadimplência nas escolas havia apresentado queda de 10,7%. Já nas universidades, o crescimento da inadimplência dos alunos foi de 22,4% no primeiro semestre de 2015.
No mesmo período de 2014, em comparação com o primeiro semestre de 2013, houve ligeira queda de 0,9%. Em nota, os economistas da Serasa creditam os dados ao momento desfavorável da economia brasileira.

Escolas
O movimento de alta na inadimplência dos alunos com as instituições de ensino no primeiro semestre teve impacto nas contas das escolas, que também ficaram inadimplentes. O estudo apontou que a inadimplência das escolas aumentou 26,7% no período em comparação com o primeiro semestre de 2014. Levando em conta só as escolas de ensino fundamental e médio, a situação piora: alta de 27,2% nos primeiros seis meses de 2015, sobre um ano antes. O crescimento da inadimplência das universidades no mesmo período foi de 25,3%.

Da redação
http://www.dci.com.br/servicos/inadimplencia-na-educacao-dispara--id502506.html
Monte de empréstimos inadimplentes mostra problema econômico. 

Filipe Pacheco, da Bloomberg

Dívidas, cartões de crédito
Dívidas: a pior recessão em 25 anos tem reduzido a capacidade de endividados em honrar com suas obrigações
O Brasil nunca teve tantos cidadãos e empresas com pagamentos de dívidas em atraso.
A Serasa Experian mostrou em um relatório na semana passada que o número de indivíduos e empresas inadimplentes por todo o país subiu para um recorde de 61,2 milhões no final de agosto.
Os bancos locais, por sua vez, registraram em agosto um volume total de R$ 96,2 bilhões (US$ 24,7 bilhões) em empréstimos com atraso, segundo dados do Banco Central.
ADVERTISEMENT
A pior recessão em 25 anos tem reduzido a capacidade de endividados em honrar com suas obrigações no maior país da América Latina.

É provável que a situação piore: analistas projetam que a contração se estenderá para 2016 e será a mais longa desde a Grande Depressão.
“Os índices de inadimplência explodiram recentemente”, disse Salvatore Milanese, que investe em carteiras de créditos inadimplentes no Brasil como sócio da CRS Investments.
“E essa tendência crescente não deverá mudar tão cedo. Os bancos verão a fatia desse tipo de crédito que tem dentro de seus portfólios crescer daqui para frente”.
Milanese, que anteriormente trabalhou na divisão de reestruturação e empréstimos inadimplentes da KPMG no Brasil, disse que os bancos poderiam ter até R$ 400 bilhões em empréstimos inadimplentes e que poderiam ser vendidos em seus portfólios.
Alguns bancos já estão tentando negociar tais carteiras.

O Itaú Unibanco Holding SA, maior banco da América Latina em valor de mercado, planeja vender uma carteira de empréstimos inadimplentes com um valor nominal de até R$ 3 bilhões antes do final do ano, segundo três fontes que pediram anonimato porque não estão autorizadas a falar sobre o assunto.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, poderia vender até R$ 6 bilhões, disseram as fontes.
 
Cenário difícil
A assessoria de imprensa do Itaú preferiu não comentar sobre a venda. A assessoria de imprensa do BNDES disse que não há um cronograma que defina quando o banco venderá parte de seu portfólio.
A economia do Brasil vai se contrair 2,97 por cento neste ano e 1,2 por cento em 2016, segundo analistas participantes de uma pesquisa do BC.
“O aumento da inadimplência de todos os tipos é totalmente consequência do cenário difícil atual no Brasil”, disse Carlos Castanho, que ajuda a gerenciar R$ 9 bilhões em ativos como sócio da firma de crédito focada em créditos inadimplentes Ipanema Credit Management, com sede em São Paulo.
“Não prevemos uma melhora no cenário a curto prazo, o que apresenta uma oportunidade para que os investidores se concentrem em ativos de liquidação duvidosa”.

http://exame.abril.com.br/economia/noticias/monte-de-emprestimos-inadimplentes-mostra-problema-economico